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| Foto: Jorge Woll/Jorge Woll/Seil

A Ferroeste mais que dobrou o trabalho de manutenção preventiva em vagões e trens. Nos últimos meses, os trabalhos de manutenção aumentaram de quatro checklist por dia para 12 avaliações. A cada 500 quilômetros, a oficina em Guarapuava faz uma vistoria completa, trocando, quando necessário, peças das grandes composições, com mais de três trens e 80 vagões, que trafegam formando filas de mais de um quilômetro de extensão no trajeto entre Cascavel e Guarapuava.

“A produção da Ferroeste aumentou em mais de 100% nestes primeiros meses do ano. Com a aquisição de cinco trens e 400 vagões, houve um ganho no escoamento da produção paranaense. Hoje temos duas composições diárias, com três trens e dezenas de vagões percorrendo a malha nos dois sentidos. O que é um fato inédito na história da Ferroeste”, disse o presidente João Vicente Bresolin Araújo.

O diretor de Produção, Rodrigo César de Oliveira, explica que a aquisição de novos trens tem possibilitado maior tempo para manutenção – ficando um trem parado, enquanto os demais puxam a carga. Ele explica que esta medida aumentou o nível de confiabilidade de todas as composições, reduzindo, quase a zero, as quebras nas viagens. Na sede da Ferroeste, em Guarapuava, existe uma oficina especializada na manutenção das locomotivas e vagões da empresa.

Recorde

A aquisição dos ativos já trouxe resultados positivos e mais que dobrou o transporte de grãos e o escoamento de produtos. Nos dois primeiros meses do ano, a empresa movimentou perto de 100 mil toneladas úteis. Em janeiro, a empresa já havia aumentado a produção em 143%, entre Guarapuava e Cascavel, em relação ao mesmo período do ano passado. O faturamento aumentou em 34%.

“Estamos aproveitando ao máximo a nossa capacidade, atendendo as demandas do setor produtivo do Oeste do Paraná. Com o aumento do transporte da safra, ajudamos a reduzir o custo Paraná, aumentando a renda do produtor paranaense”, disse Araújo.

Para que todo esse transporte siga de forma segura são feitas manutenções corretivas e preventivas, além de revisões trimestrais, semestrais e anuais em todas as locomotivas e vagões da Ferroeste. “Esse trabalho é fundamental para que tenhamos segurança para fazer o transporte dos produtores da região. Essa prevenção também diminui os custos da operação, pois antecipamos problemas”, afirmou Oliveira.

Todas as cinco novas locomotivas compradas pela Ferroeste no ano passado passaram por uma inspeção e revisão antes de começarem a operar. “Fizemos um checklist para verificar todos os componentes mecânicos, elétricos e pneumáticos. Todas estavam operacionais e em condições de tração, e já começaram a operar”, explicou o supervisor de Produção em Guarapuava, Nelson Ferreira, responsável pela oficina.

Segurança

A Ferroeste opera 24 horas por dia. Em média são quatro trens que trafegam na linha por dia, dois saindo sentido Guarapuava-Cascavel e outros dois no sentido contrário. Ao todo são 10 pátios de cruzamentos ao longo da linha férrea e dois de estacionamento, um em Guarapuava e outro em Cascavel.

O trajeto dos 248,6 quilômetros leva em torno de 8h a 8h30. A velocidade média é de 35 km/h, sendo 50 km/h a velocidade máxima. De Guarapuava, os trens normalmente levam combustível, cimento e fertilizante. Já de Cascavel são transportados frangos e suínos em contêineres frigorificados, grãos (soja, milho e trigo) e óleo vegetal.

Em Guarapuava sempre é feita uma inspeção de viagem. Todas as locomotivas que chegam de Cascavel passam por um checklist antes de voltar aos trilhos. “Verificamos as partes principais, nível de água, óleo, ruídos, aquecimento, a parte de truques, motor diesel, parte pneumática e elétrica. Estando tudo bem a locomotiva é liberada novamente. Se precisar de alguma intervenção essa locomotiva fica retida até o conserto”, disse Ferreira.

Em 2011, a Ferroeste tinha quatro locomotivas e 60 vagões graneleiros. Hoje estão em operação 15 locomotivas e 400 vagões.

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