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A hidrovia tem 2,4 mil quilômetros de extensão e é uma importante rota para o escoamento de grãos dos estados de São Paulo, Mato Grosso Sul, Goiás, Paraná e Minas Gerais. | /
A hidrovia tem 2,4 mil quilômetros de extensão e é uma importante rota para o escoamento de grãos dos estados de São Paulo, Mato Grosso Sul, Goiás, Paraná e Minas Gerais.| Foto: /

A hidrovia Tietê-Paraná, no trecho do noroeste paulista, que passa entre o reservatório da Usina Hidrelétrica de Três Irmãos, em Andradina (SP) e a eclusa inferior de Nova Avanhandava, em Buritama (SP), será liberada nesta quarta-feira (27), segundo a Marinha do Brasil. A interdição durou dois anos. A hidrovia tem 2,4 mil quilômetros de extensão e é uma importante rota para o escoamento de grãos dos estados de São Paulo, Mato Grosso Sul, Goiás, Paraná e Minas Gerais.

De acordo com o departamento, a hidrovia está parada desde 2014, devido à estiagem que provocou o baixo nível dos reservatórios

De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a manutenção da hidrovia aberta durante todo o ano ainda depende do regime de chuvas até abril. Em nota, o Dnit informou que, “caso se mantenham os volumes atuais de chuva, os reservatórios devem se recuperar”. Segundo o órgão, o Operador Nacional do Sistema (ONS) ainda está fazendo estudos e projeções.

Segundo o presidente da Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária (Fenavega), Raimundo Holanda Cavalcante, a Agência Nacional de Águas (ANA) foi a responsável pela paralisação da hidrovia, ao priorizar o uso da água do reservatório Três Irmãos para a geração de energia elétrica. A decisão, na avaliação dele, levou à redução do calado (profundidade necessária para a navegação segura) do reservatório e à posterior suspensão das atividades na hidrovia. “Até então, se analisarmos o histórico da hidrovia nos últimos 30 anos, nunca houve problema algum”, declarou Cavalcante.

A Fenavega terá uma reunião nesta terça-feira (26) com representantes da ANA para discutir sobre os novos projetos de geração de energia no País. “Vamos pedir que, ao conceder outorga a novos consórcios, a ANA garanta um nível de água que não comprometa as atividades da hidrovia e que se cumpra a lei de uso múltiplo das águas”, declarou o presidente da Fenavega.

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