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No Paraná, investimentos de cooperativas como a C.Vale abriram centenas de postos de trabalho. | Divulgação/C.Vale
No Paraná, investimentos de cooperativas como a C.Vale abriram centenas de postos de trabalho.| Foto: Divulgação/C.Vale

Após fechar 2016 com saldo negativo na geração de empregos, o setor agropecuário não só voltou para o azul no ano passado, como se destacou entre as áreas da economia que mais criaram postos de trabalhos.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho (MTE) nesta sexta-feira (26), mostram que o segmento fechou 2017 com saldo de 37 mil postos de trabalho, contra os 14,2 mil negativos dos 12 meses anteriores. Do vermelho para o azul, evolução representa um saldo de 51,2 mil vagas.

O resultado ficou atrás, apenas, do obtido pelo comércio, cuja diferença entre contratações e demissões foi de aproximadamente 40 mil vagas.

“Em 2016 a safra foi pior, tivemos uma quebra. E também foi o ano em que tudo desandou, com turbulência política e muitos empresários perdendo a confiança para fazer investimentos”, explica Maiko Zanella, engenheiro agrônomo e analista técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). “Em 2017 o clima ajudou com uma boa safra de grãos, a demanda por trabalho na colheita aumentou. E isso também impactou na queda da inflação, na balança comercial, no reequilíbrio da parte econômica. É uma fase de retomada, com o pessoal voltando a ter confiança para investir.”

O Paraná seguiu a tendência do país e fechou o ano com saldo positivo de 478 empregos na agropecuária. Em 2016, o índice também havia fechado no vermelho, com 1,5 mil demissões a mais do que contratações.

“Do ponto de vista das cooperativas paranaenses, metade dos investimentos foi na agroindústria, totalizando aproximadamente R$ 1 bilhão”, salienta Zanella. “A gente tem exemplos no Oeste, com a C. Vale e o abatedouro de peixes, com 450 postos imediatamente, mas pode ampliar. Outro exemplo é o da Copacol, que investiu R$ 40 milhões em uma fábrica de rações.”

Para 2018, a perspectiva é positiva para o setor no Paraná. A Frimesa deve concluir ainda neste ano a construção de um frigorífico de suínos em Assis Chateaubriand, na região Oeste, que será o maior da América Latina. “Vão ser 3 mil empregos diretos e mais de 4 mil quando estiver completo. Isso devido aos investimentos na parte de agroinduústria e agregação de valor”, completa o analista da Ocepar.

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