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O ministro afirmou respeitar as investigações. | Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro afirmou respeitar as investigações.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que o Brasil deve responder ainda neste domingo, 19, o pedido de esclarecimentos feito pela União Europeia e pela China sobre as fraudes no comércio de carnes, reveladas pela Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal na sexta feira, 17. “É absolutamente natural que os países peçam informações. Estamos prontos para responder”, disse.

Maggi afirmou haver “fantasias” em relação a dados divulgados sobre as investigações, como irregularidades no uso de cabeças de porco na formulação de embutidos, o que, de acordo com ele, é permitido. “Não estou dizendo que não tenha sentido a investigação. Com toda certeza tem”, disse. Ele, no entanto, afirmou ser preciso separar as questões.

O ministro afirmou respeitar as investigações. “Mas questionamos a Polícia Federal da ausência na investigação de integrantes da sua pasta.” Como resposta, ouviu que havia funcionários suspeitos de participar da fraude. “A partir de agora a investigação continuará, mas com um aparato técnico que até agora não havia. A investigação daqui para frente tomará um novo rumo.”

Levantamento

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que a pasta está fazendo os levantamentos necessários para ter informações mais precisas e tranquilizar brasileiros e consumidores de outro países de que os problemas apontados pela Operação Carne Fraca não são generalizados.

“Temos um sistema muito forte, robusto e reconhecido no mercado internacional. Ao chegar aos países de destino, todas as mercadorias são novamente fiscalizadas”, afirmou. “Vamos aproveitar para mandar a mensagem para os consumidores internos brasileiros de que não há problema nenhum nos produtos.”

De acordo com o ministro, o sistema não é infalível porque é composto por pessoas. Ele ressaltou que das 4.837 unidades de abate animal, apenas 21 estão sob suspeita, das quais três foram interditadas pela Agricultura preventivamente e as outras estão em um regime especial de fiscalização. “Isso significa que qualquer expedição dessas plantas só sairá com a presença de fiscais do Ministério da Agricultura”, afirmou.

Ele ressaltou que o governo está priorizando a transparência. Segundo Maggi, as associações pediram rapidez nas punições. “Ninguém quer passar a mão na cabeça de quem fez coisa errada”, completou.

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