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“Posso garantir à população brasileira que não há nenhum risco no consumo de aves produzidas por qualquer uma das empresas citadas ou não”, disse Blairo Maggi. | SERGIO LIMA/AFP
“Posso garantir à população brasileira que não há nenhum risco no consumo de aves produzidas por qualquer uma das empresas citadas ou não”, disse Blairo Maggi.| Foto: SERGIO LIMA/AFP

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou nesta segunda-feira (5) que a terceira fase da Operação Carne Fraca não tem relação com o momento atual e que não há risco para a população brasileira de consumir aves. “É uma operação controlada, que ainda é reflexo da Carne Fraca, de março de 2017. Não tem nada a ver com o momento que estamos vivendo”, disse Maggi em vídeo divulgado pela sua assessoria de imprensa.

De acordo com Maggi, o ministério está trabalhando em conjunto com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal para resolver o problema.

“Posso garantir à população brasileira que não há nenhum risco no consumo de aves produzidas por qualquer uma das empresas citadas ou não”, disse. “Até porque o problema discutido é de salmonela, e como todos nós sabemos a salmonela desaparece quando cozida ou quando frita a 60 graus.”

O ministro frisou no vídeo que as regras brasileiras sobre a presença de salmonela são diferentes de alguns países estrangeiros. “O regulamento brasileiro é diferente do regulamento estrangeiro de alguns países, que não permite a presença alguma de salmonela. O nosso regulamento permite, e a discussão dessa investigação é de exportação para alguns países que não permitem nenhum tipo de salmonela e que o certificado, segundo as denúncias, foi adulterado.”

O ex-presidente do grupo BRF, Pedro de Andrade Faria foi preso na manhã desta segunda pela Polícia Federal. Ele teve mandado de prisão temporária decretado pelo juiz André Wasilewski Duszczak, da 1ª Vara Federal de Ponta Grossa (PR), e será transferido para Curitiba.

A empresa, maior processadora de alimentos do Brasil, foi alvo da Operação Trapaça. As investigações demonstraram que setores de análises do grupo e cinco laboratórios fraudavam resultados de exames em amostras do processo industrial, informando dados fictícios ao Serviço de Inspeção Federal.

O objetivo era diminuir os níveis da bactéria salmonela, que impediriam a exportação dos produtos para mercados externos de controle mais rígido.

Outro lado

Em comunicado ao mercado, a BRF disse que está se inteirando dos detalhes da operação e está colaborando com as investigações para esclarecimento dos fatos.

Em nota, a empresa afirma que “segue as normas e regulamentos brasileiros e internacionais referentes à produção e comercialização de seus produtos, e há mais de 80 anos a BRF demonstra seus compromissos com a qualidade e segurança alimentar, os quais estão presentes em todas as suas operações no Brasil e no mundo.”

O comunicado é assinado por Lorival Nogueira Luz Jr., diretor vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores.

A BRF afirmou que permanece inteiramente à disposição das autoridades, mantendo total transparência na interlocução com seus clientes, consumidores, acionistas e o mercado em geral.

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