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Moderfrota e feiras agrícolas impulsionaram as vendas. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Moderfrota e feiras agrícolas impulsionaram as vendas.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Apesar da safra recorde, dos altos preços das commodities e de linhas de crédito razoavelmente vantajosas, o mercado de máquinas agrícolas continua patinando no Brasil. No acumulado do ano, as montadoras amargaram com uma queda de 36% no volume de vendas em comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado.

No entanto, mesmo com um cenário desfavorável, as empresas estão confiantes. De acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em maio, pela primeira vez neste ano, as empresas registraram um crescimento de 19,3%. Ao todo, foram vendidas 3.444 unidades.

3.444

unidades foram vendidas em maio. Embora seja um volume maior do que no mês anterior. O dado representa uma queda de 16,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Segundo as empresas, o resultado de maio é um reflexo dos negócios fechados em feiras agrícolas espalhadas pelo país e do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), em que a taxa de juros era de 7,5% ao ano, abaixo da taxa Selic (14,15%) e da inflação de 2015 (10,67%). “Esperamos um cenário de estabilidade até o final do ano e acreditamos que o crescimento do agronegócio deve ser retomado no final do ano e início de 2017. Também acreditamos que teremos safras recordes”, afirma o diretor Comercial da Case IH, César Di Luca.

Segundo o diretor comercial da Massey Ferguson, Rodrigo Junqueira, os produtores rurais estão cautelosos, mas eles sabem que para garantir a boa rentabilidade de suas lavouras será necessário manter o planejamento. “E consequentemente a renovação da frota e as novas aquisições, principalmente optando por produtos mais tecnológicos”, diz.

Na opinião de Alexandre Blasi, diretor Comercial da New Holland para o Brasil, as perspectivas para o segundo semestre são boas. “Mesmo com o reajuste na taxa de juros da Moderfrota, ela ainda será menor que a Selic e a inflação. Esperamos com otimismo as definições do novo governo. Não teremos alguns problemas climáticos que afetaram algumas regiões nesta safra que passou. Acho que tudo tende a melhorar”, torce Blasi.

O gerente de vendas da Valtra, Luiz Cambuhy, também está otimista com o segundo semestre. “O plano agrícola do governo para o biênio 2016/2017 prevê que mais de R$ 200 bilhões sejam destinados ao crédito para produtores rurais, número 8% maior em relação à safra anterior”, afirma.

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