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Os últimos dois meses do ano serão de incerteza para os produtores norte-americanos. Com os piores preços das commodities nos últimos oito anos, não cobrindo nem mesmo os custos de produção, os Estados Unidos seguram a produção na esperança de que a demanda aumente no início do próximo ano e impulsione as cotações, conferiu a equipe da Expedição Safra que percorreu, na última semana, 3 mil quilômetros pelo Corn Belt, cinturão de produção do país.

A matéria de capa da edição desta terça-feira do Agronegócio Gazeta do Povo mostra que os produtores estão estocando a produção. O reflexo é que apenas 25% da safra norte-americana 2015/16 foram comercializadas, enquanto a média dos outros ano é de 50%.

Mas a decisão de estocar a espera de melhores preços não é tão simples. Com capacidade para armazenar 640 milhões de toneladas, últimas duas super safras de quase meio bilhão de toneladas cada geram falta de espaço. Com armazéns lotados, o jeito foi apelar para silos-bolsa, algo não tão comum por lá. Porém, há registro de montanhas de grãos totalmente descobertas e a mercê das intempéries climáticas.

Por aqui, os produtores brasileiros sorriem à toa. Apesar da queda nas cotações, o “efeito dólar’ permite ótimos negócios. Tanto que metade da safra brasileira já está negociada, contra não mais que 30%, em média, nas temporadas passada.

Ambos os cenários ainda apresentam indefinição e muitas dúvidas ainda pairam nos dois hemisféricos. O jeito é acompanhar, como a Expedição Safra faz há dez temporadas, para saber os efeitos ao longo do desenrolar da atual safra.

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