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A Marfrig alega que a unidade se tornou inviável por conta da baixa oferta de gado na região. | Henry Milléo /Agência de Notícias Gazeta do Povo
A Marfrig alega que a unidade se tornou inviável por conta da baixa oferta de gado na região.| Foto: Henry Milléo /Agência de Notícias Gazeta do Povo

São 648 empregados que, há quase um mês, não sabem como será o futuro depois que a Marfrig, gigante mundial do setor de carnes, confirmou o fechamento de seu frigorífico em Alegrete (RS).

Nesta quinta-feira (19), foi realizada, em Porto Alegre, a primeira audiência na Justiça do Trabalho para mediar a situação, porém não houve acordo.

Uma nova reunião está marcada para o dia 30 de janeiro. O encontro desta quinta teve a participação de representantes da Marfrig, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Alimentação do Alegrete (STIAA) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação e Afins.

Por cerca de quatro horas, as partes discutiram possibilidades para evitar as demissões, que foram suspensas após uma decisão liminar da juíza Fabiana Gallon (titular da Vara do Trabalho de Alegrete) no dia 26 de dezembro, até que ocorra negociação coletiva entre a empresa e os trabalhadores. A Marfrig alega que a unidade se tornou inviável por conta da baixa oferta de gado na região.

Durante a mediação, foi agendada uma vistoria na unidade em Alegrete, para verificar se o frigorífico se encontra em condições de operação. A vistoria ocorrerá no dia 23 de janeiro, às 9h, e contará com a presença de dois representantes do sindicato. A medida foi sugerida pelo juiz auxiliar de conciliação do TRT-RS, Luís Henrique Bisso Tatsch, como uma forma de levantar informações que possibilitem o avanço da negociação coletiva.

Entenda o caso

A Marfrig havia agendado a demissão em massa dos trabalhadores em Alegrete para o dia 2 de janeiro de 2017, devido ao encerramento de suas atividades na planta por motivos econômicos. A medida foi suspensa por uma liminar na Justiça, atendendo ao pedido do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Alegrete, mas a planta continua fechada. Ao deferir a liminar, a juíza explicou que a dispensa coletiva demanda prévia negociação com o sindicato dos trabalhadores. O objetivo da negociação é viabilizar alternativas aos empregados, como programas de demissão voluntária e de incentivo à qualificação profissional, entre outras. A multa em caso de descumprimento da decisão foi fixada em R$ 100 milhões. O processo foi encaminhado pela magistrada ao Juízo Auxiliar de Concilição do TRT-RS para que a unidade conduza as tratativas de acordo.

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