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Transporte de aves: aeroportos nacionais que recebem voos de outros países contam com profissionais do sistema de Vigilância Agropecuária Internacional  para colher amostras laboratoriais de pássaros. | Antônio More  
/  Gazeta do Povo
Transporte de aves: aeroportos nacionais que recebem voos de outros países contam com profissionais do sistema de Vigilância Agropecuária Internacional para colher amostras laboratoriais de pássaros.| Foto: Antônio More / Gazeta do Povo

Com a chegada do mês de julho, aumenta o trânsito de pessoas e pets nos aeroportos, assim como o estado de alerta da Coordenação de Trânsito e Quarentena Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A entidade alerta que alguns animais de estimação podem trazer doenças capazes de contaminar o plantel brasileiro, após o retorno de viagens ao exterior.

Apesar de o risco não se aplicar a cães e gatos, há quem leve a outros países papagaios, periquitos, canários e calopsitas.

Médica veterinária da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa, Fernanda Ferreira e Castro alerta que essas aves podem ser contaminadas pela influenza aviária (gripe aviária) e a doença de Newcastle (DNC). Ambas são ocasionadas por vírus altamente contagiosos para aves, sendo duas das principais enfermidades constantes no Programa Nacional de Sanidade Avícola - PNSA.

O Brasil ainda é um dos poucos grandes exportadores de carne de frango livre das doenças. “É um risco sanitário real o retorno desses ani mais para o território brasileiro”, alerta a veterinária. “É muito importante que seja bem pensada a necessidade de levar o animal de estimação, cuidar dos procedimentos com bastante antecedência, para depois trazê-lo. Os trâmites são complicados, mas necessários,” completa.

Quarentena obrigatória

Segundo a especialista, retornar com o animal de estimação do exterior pode ser mais difícil do que embarcar. No momento da entrada no Brasil, os fiscais do sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) colhem amostras para fazer testes laboratoriais.

O animal também deverá passar obrigatoriamente por avaliação da Superintendência Federal de Agricultura do estado para onde retorna e só é liberado após sair resultado negativo dos testes e ser designado um médico veterinário responsável para que a ave seja submetida a um período de quarentena.

“Um animal de companhia, especificamente uma ave pode ficar quarentenada na residência do proprietário, no caso em que não há caráter comercial envolvido”.

Se o local indicado para quarentena não for aprovado pelos fiscais do Vigiagro, a única alternativa será o isolamento na Estação de Cananéia, em São Paulo, quarentenário oficial do Ministério da Agricultura. Essa medida, contudo, não é indicada: Fernanda Castro alerta pode não haver vagas em Cananéia.

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