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| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

A paranaense Frimesa, uma das maiores indústrias de suínos e lácteos do país, fechou 2016 com um faturamento de R$ 2,56 bilhões. O resultado é 15% maior do que o obtido em 2015 e foi registrada mesmo em um cenário econômico negativo para as agroindústrias da pecuária. A crise econômica reduziu o consumo interno no Brasil e o preço recorde do milho aumentou os custos de produção. Agora, com a queda no preço dos grãos e a perspectiva de retomada da economia, a marca já experimenta um 2017 que tem tudo para ser um ano ainda melhor.

“Nós conseguimos vender tudo o que produzimos em 2016 e isso deu vazão dentro de uma certa normalidade, mesmo em um ano atípico”, diz o presidente da Frimesa Valter VanzellaFrimesa/Divulgação

Em entrevista exclusiva ao Agronegócio Gazeta do Povo, o presidente da Frimesa, Valter Vanzella, enfatizou que além do faturamento maior, um dos resultados mais importantes do ano passado para a empresa foi ter mantido todos os seus associados em pé. “O resultado econômico como um todo não foi exatamente que o planejamos porque pegamos desde o produtor, a cooperativa singular e a central. Mas nós conseguimos manter nossa rota de crescimento e com esforço ninguém quebrou no nosso sistema de integração”, disse.

Crise não abala planejamento da Frimesa

O presidente da Frimesa enfatizou durante a conversa que nos últimos anos o crescimento médio da empresa tem ficado em torno de 15%. A intenção, segundo ele, é seguir em ritmo de ascensão e concretizar os investimentos previstos. A empresa pretende começar a construir em maio o maior frigorífico de suínos do Brasil, com capacidade para abater 15 mil por dia. Somente nesse complexo serão investidos R$ 2,5 bilhões. Atualmente a Frimesa reúne 8 filiais de vendas, 10 centros de distribuição, duas unidades de captação, 34,6 mil pontos de vendas ativos e emprega 6.755 pessoas. Até 2030, a intenção da empresa é gerar mais 5,5 mil vagas.

Vanzella revela que com a estratégia bem alinhada da empresa foi possível manter o planejamento de seguir em franco crescimento. “Nós não terminamos o ano com excessos de estoque na área de carne. No leite, sim, mas por uma questão estratégica. Nós conseguimos vender tudo o que produzimos em 2016 e isso deu vazão dentro de uma certa normalidade, mesmo em um ano atípico como foi o que passou”, pontua.

Expectativa para 2017

Para o presidente da Frimesa, os dois primeiros meses de 2017 já demonstram uma condição de mercado mais favorável à pecuária de modo geral. Os custos de produção de suínos caíram com o recuo do preço do milho. Enquanto no ano passado a saca custava acima de R$ 40 nessa época do ano, agora está cotada em torno de R$ 23.

Mas há um fator determinante a ser observado nos próximos meses: o dólar. “Embora a Frimesa tenha apenas 14% do faturamento no mercado internacional, esse dólar é preocupante. Se outros players não exportarem, isso pode gerar uma super oferta no mercado e influenciar no preço interno”, sinaliza Vanzella.

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