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Febre suína africana  já obrigou sacrifício de quase 1 milhão de animais na China, desde agosto do ano passado | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Febre suína africana já obrigou sacrifício de quase 1 milhão de animais na China, desde agosto do ano passado| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A febre suína africana, doença infecciosa que afeta porcos e outros animais, está cada vez mais perto de se espalhar pelo Japão, o que fez o Ministério da Agricultura do país reforçar as medidas de quarentena nos portos e aeroportos.

A doença já foi registrada em 48 países. Sete exames deram positivos no Japão desde outubro do ano passado – todos os genes do vírus estavam em carne e derivados de suínos inspecionados em aeroportos domésticos. Apesar de os seres humanos não serem afetados pelo vírus, mesmo quando consomem a carne infectada, a doença tem potencial de forte impacto nas exportações de carne suína e outros produtos.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Floresta e Pesca do Japão, o primeiro caso oficial da presença do vírus no continente asiático ocorreu na China, em agosto do ano passado. Em janeiro, a doença chegou à Mongólia. Desde a chegada do vírus à China, as autoridades japonesas reforçaram as medidas de quarentena nos portos e aeroportos e nos centros de distribuição internacional dos correios.

Fiscalizações intensivas também são realizadas nas bagagens de mão dos viajantes. Cães farejadores foram treinados para detectar carne suína in natura e industrializada.

O gene do vírus foi encontrado em quatro inspeções no Japão entre 12 e 16 janeiro. Os casos envolveram bagagens vindas da China pelo aeroporto de Chubu, no município de Aichi, e no aeroporto Haneda, em Tokyo.

O vírus da febre suína africana se espalhou da África para a Europa e para a América Latina em 1957, com casos confirmados na Rússia e na Polônia a partir de 2007. (Nota do editor: no Brasil, a doença ocorreu a partir de 1978 e foi erradicada em 1984). Cerca de 916 mil suínos e javalis foram sacrificados na China desde a identificação do primeiro caso, em agosto de 2018.

A suspeita é de que o vírus atravessa as fronteiras, principalmente, através de encomendas postais e pelas bagagens de turistas. Restos de alimentos jogados pelos turistas acabam chegando à cadeia alimentar dos javalis e suínos, se espalhando pela água, ração e outras formas.

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