“Big brother” do carro terá etapas

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A partir de agosto de 2009, 20% dos veículos de passeio novos (incluindo picapes e utilitários) começarão a sair de fábrica com equipamento antifurto (com bloqueador para impedir a ligação direta e rastreadores para permitir a localização de um veículo roubado). No caso das motos, o percentual obrigatório na primeira fase cai para 5% e dos veículos pesados (caminhões e ônibus), sobe para 30% do total da produção. O cronograma termina em dezembro de 2010, quando 100% da frota zero-quilômetro terá de sair da linha de montagem com o equipamento (confira na tabela ao lado).

Inicialmente, a idéia do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) era que toda a produção começasse a sair com o equipamento no próximo ano. Mas por uma questão de custos, o órgão resolveu atender a um pedido dos fabricantes para que fosse estabelecido um cronograma. As montadoras ainda não falam em quanto os carros ficarão mais caros por conta da obrigatoriedade do dispositivo, mas o mercado estima que o preço final dos veículos irá subir entre R$ 500 e R$ 1,5 mil.

De acordo com a Resolução 245, o sistema antifurto deverá possuir as funções de bloqueio e rastreamento. Mas a ativação do monitoramento não será obrigatória. Ou seja, o proprietário do carro terá de contratar os serviços de uma empresa de monitoramento. Por outro lado, a ativação do bloqueio poderá ser feita pelo próprio dono, mas nunca com o veículo em movimento.

Marcelo Orsi, gerente de Marketing da Tracker, empresa que presta serviços de rastreamento em todo o Brasil e países do Mercosul, explica que a resolução 245 prevê que a tecnologia adotada no sistemas de monitoramento será a GPS, que usa satélites para a localização dos veículos. Segundo ele, o custo mensal de um serviço de rastreamento varia de R$ 45 a R$ 120, conforme os serviços oferecidos. "Dependendo do pacote contratado é possível, por exemplo, saber até a velocidade do carro e, caso um dos filhos esteja usando, acompanhar através de um computador em casa para onde ele está dirigindo", conta o executivo.