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A compra da SLR foi concretizada em junho do ano passado e atrelada a um convite, por parte da DaimlerChrysler, para que o paranaense fosse conhecer o McLaren Technology Center, em Woking, na Inglaterra. Lá se concentra a linha de montagem dos carros de Fórmula 1 da escuderia e dos SLR Mercedes McLaren. A aquisição recebeu o número 988 e entrou na linha de produção em setembro – a série está limitada a 3.500 unidades e sua produção terá prazo de sete anos.

Acompanhado por dois executivos da marca – Marcos Martin e Philiph Derderian –, o paranaense viajou com a família para Londres. Suas emoções começaram logo que desembarcou. Teve à disposição um Maybach 62 (sedã capaz de destronar os padrões de luxo e conforto do Classe S) e uma Mercedes-Benz S65. Na fábrica conheceu a galeria de troféus (todos originais já que os pilotos ficam apenas com cópias) e os estágios do processo de construção do carro. A fivela do cinto e o relógio foram cobertos para evitar eventuais riscos naquelas obras de arte. Máquinas fotográficas e celulares nem em pensamento.

"A produção é artesanal e cada unidade da McLaren consome 200 horas contra apenas 8 horas para outros veículos da Mercedes", revela o paranaense, que teve as medidas tiradas para a confecção do banco do motorista. Dentre as opções de cores oferecidas, escolheu a prata (por sinal mais brilhante, diferente da prata dos demais modelos da marca) para o carro e o interior em couro vermelho e costuras pretas. Optou ainda pela pinça do freio no tom vermelho e rodas do tipo "turbina".

Após esta etapa, chegou o momento que mais aguardava. Com a família foi levado a uma pista que é utilizada para manutenção de aviões de grande porte. Numa longa reta (que supera as dos autódromos nacionais), e ao lado de um piloto de testes da Mercedes-Benz, explorou os limites da SLR, superando os 300 km/h – sonho de todo os amantes da velocidade.

"Este momento é de arrepiar", lembra com satisfação, sabendo, no entanto, que por aqui jamais poderá repetir essa experiência. Como já dirigiu os mais diversos modelos da fábrica alemã, revela não ter enfrentado dificuldades em segurar aquele bólido na pista. Levou impressionantes 3,8 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h. Na ocasião, seu filho também comprovou porque a SLR atinge números de desempenho que estão entre os melhores dos superesportivos. No final dos testes, o paranaense recebeu um certificado, assinado pelo piloto, aprovando-o para dirigir a supermáquina.

Após o retorno ao Brasil, a expectativa tomou conta quanto à chegada da McLaren. A primeira notícia do carro veio por intermédio da chave recebida via sedex – a reserva acompanhou o veículo embarcado em navio. Em São Paulo, a DaimlerChrysler chegou a preparar um evento especial para entregar ao paranaense a primeira SLR vendida no Brasil. O veículo seguiu para Curitiba de caminhão, protegido por escolta armada, e foi desembarcado na concessionária Divesa.

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