• Carregando...
O manual do proprietário indica o nível máximo de água que o carro suporta em alagamentos. | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
O manual do proprietário indica o nível máximo de água que o carro suporta em alagamentos.| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

Se um carro moderno, com sistemas eletrônicos, ficar parado no meio de uma enchente como as causadas pelas chuvas na Grande São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, muito provavelmente será condenado pela seguradora. A evolução tecnológica é avessa à água.

Os problemas ocorrem quando o alagamento chega na altura das janelas. Os componentes eletrônicos, que são instalados em partes elevadas, correm risco de entrar em colapso ao serem molhados.

Sensores e centrais eletrônicas comandam todas as funções dos carros, incluindo itens de segurança como airbags e controles de estabilidade.

>> Vídeos: temporal causa perda total em carros da GM e inunda fábrica da Mercedes.

De acordo com Emerson Feliciano, superintendente técnico do Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária), o acúmulo de água afeta também caixa de fusíveis, módulos, relês, conectores, faróis, conjuntos ópticos e lanternas.

Como o sistema elétrico é composto por peças caras, danos nas estruturas podem chegar a custos maiores que 75% do valor do carro, configurando perda total.

No passado, o maior problema enfrentado pelo dono de um automóvel que ficou estacionado no meio da água era o mau cheiro causado por esgoto ou mofo.

>> Fiat Toro muda em 2020 e estreia motor turbo antes de Renegade

De acordo com recomendação da Susep (Superintendência de Seguros Privados), as apólices de seguro devem cobrir danos causados por alagamentos.

Segundo Luiz Padial, diretor da área automotiva na seguradora Tokio Marine, a cobertura inclui a submersão parcial ou total do veículo em água doce proveniente de enchentes ou inundações, inclusive nos casos de veículos guardados no subsolo.

Ao atravessar uma via alagada, motorista deve seguir com a primeira marcha engatada, sem acelerar demais.
Atila Alberti / Tribuna do Parana

Desvalorização na revenda

Contudo, o dono do veículo pode ter problemas. Caso o proprietário tenha alegado que o veículo pernoita em garagem fechada, e o mesmo estiver parado na rua ao ser atingido, a seguradora pode negar a cobertura.

Outro problema ocorre depois da recuperação do veículo. Por maior que seja a qualidade do reparo, o fato de ter sido recuperado de enchente permanecerá no histórico do bem.

>> Nova picape da Fiat é flagrada nas ruas e ficará abaixo da Toro

Rodrigo Flores, supervisor de operações do Instacarro, empresa que faz a intermediação da venda de veículos, diz que pode haver maior desvalorização na revenda ou dificuldade em renovações futuras na apólice de seguro.

De acordo com Flores, lojistas tendem a desvalorizar carros que precisam de reparos por ter terem passado por enchentes, mesmo que sejam problemas aparentemente simples.

O supervisor do Instacarro explica que, a depender do modelo, os custos para reparar o interior afetado pela água podem variar de R$ 400 a R$ 2.000.

>> Renault derruba preços de carros em até R$ 14 mil para figurar no top 4 de vendas

"Por vezes recebemos para avaliação veículos que passaram por enchentes e não tiveram um serviço de recuperação bem feito, há mau cheiro e forrações estufadas, que indicam umidade", afirma Flores. "O ideal é desmontar tudo, retirar e lavar os revestimentos."

Cuidados ao passar por uma área alagada:

Capacidade do veículo

Os manuais do proprietário mostram qual é o nível de água que o carro suporta transpor.

Como atravessar com segurança

Se a água não estiver acima da margem de segurança estipulada pela montadora, o motorista deve seguir com a primeira marcha engatada, sem acelerar demais nem trocar a marcha dentro da poça. Isso evita a admissão de água para o interior do motor durante a travessia.

Câmbio automático

O cuidado ao atravessar alagamentos também vale para carros com câmbio automático. Nesse caso, o motorista deve selecionar a primeira marcha optando pelo modo manual ou, em carros sem essa função, colocando a alavanca na posição 1.

Não vire a chave

Se o carro parar de funcionar ao transpor uma área alagada, não se deve tentar religá-lo. Há risco de entrar água dentro do motor, o que pode causar calço hidráulico: o líquido ocupará espaço dentro das câmaras de combustão e, ao ser comprimido, irá danificar peças móveis.

Custo alto

Caso ocorra o calço hidráulico, há grande chance de o veículo ser condenado pela seguradora. O preço do reparo do motor, somado aos danos causados pela água em outras partes, pode até superar o valor de mercado do veículo.

Higienização e check up

Mesmo que continuam andando, carros que tiveram o interior encharcado após passar por trechos alagados precisam ser revisados. É necessário verificar a parte elétrica e também o sistema de ventilação: existe o risco de contaminação por fungos e bactérias.

SIGA O AUTO DA GAZETA NO INSTAGRAM
Visualizar esta foto no Instagram.

BRIGA EM VENDAS: ARGO X POLO O ano de 2019 começa aquecido para o mercado automotivo. As vendas no primeiro bimestre cresceram 16,3% em relação ao mesmo período do ano passado. E o destaque de fevereiro foi o Fiat Argo, que fechou como o quarto carro mais emplacado no país, com 6.674 unidades negociadas. Ele abriu quase 2 mil exemplares de distância do rival VW Polo, que fez 4.813, em nono no ranking geral. Em 2019, o Argo já soma 11.594 veículos emplacados e o Polo, 10.246. No segmento mais disputado do mercado, o de SUVs, o Jeep Renegade confirmou a boa performance de janeiro e chegou à frente dos concorrentes também em fevereiro. Com 4.706 unidades, ele fechou a lista dos 10 mais vendidos no país. O irmão maior Compass novamente foi o segundo entre os utilitários, com 4.371, seguido do Honda HR-V, 4.256, Nissan Kicks, 4.137 e Hyundai Creta, 3.984. CONFIRA O TOP 20 DE FEVEREIRO 1. Chevrolet Onix 18.392 2. Hyundai HB20 8.055 3. Ford Ka 7.633 4. Fiat Argo 6.674 5. Fiat Strada 6.553 6. GM Prisma 6.499 7. Renault Kwid 5.473 8. Fiat Mobi 4.855 9. VW Polo 4.813 10. Jeep Renegade 4.706 11. VW Gol 4.565 12. Jeep Compass 4.371 13. Honda HR-V 4.256 14. Nissan Kicks 4.137 15. Hyundai Creta 3.984 16. VW Fox 3.795 17. Renault Sandero 3.604 18. Fiat Toro 3.361 19. Toyota Corolla 3.359 20. VW Virtus 3.106 Fonte: Fenabrave #fiatargo #volkswagenpolo #hatch #vendas #fenabrave #ranking #mercadobrasil #jeeprenegade #jeepcompass #hondahrv #carros #automoveis #cargram #instacar #gazetadopovo 📷#fiatbrasil #renytrovao

Uma publicação compartilhada por Automóveis Gazeta do Povo (@autogazetadopovo) em

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]