A invasão chinesa de carros no mercado brasileiro, tão propagada em 2011, por ora está contida com o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os modelos importados fora da região do Uruguai, Argentina e México. A medida freou o ímpeto de JAC, Chery e Lifan, que viram a média mensal de vendas em 2012 cair em até 56,8% em relação a 2011.
A JAC sofreu o golpe mais duro. Seus dois carros-chefes de vendas, o hatch e sedã J3, não conseguiram repetir os bons resultados verificados antes da intervenção do governo federal.
Comparando a média mensal de 2011 (meses cheios, a partir da data de lançamento dos modelos, em março) com a média dos dois primeiros meses de 2012, houve uma queda entre 45,7% e 45,8% nas vendas desses modelos. No entanto, foi a minivan J6 quem mais perdeu participação na JAC, caindo 54,2% em relação ao ano passado.
Outra que acusou o baque foi a Chery. Com exceção do Face, que praticamente não sentiu o impacto da retração (-1,6%), os demais modelos da linha, como Cielo hatch e o utilitário esportivo Tiggo, viram suas vendas diminuírem entre 44,1% e 41,6%, respectivamente.
Apesar de manter um volume de vendas baixo no mercado, o hatch Effa M100 foi o que mais perdeu mercado no confronto dos dois períodos: -56,8%. No outro extremo, o hatch Lifan 320, montado no Uruguai e livre do IPI extra, foi o que menos perdeu, registrando uma variação de apenas -1,2%.
Preços
O curioso neste cenário chinês é que boa parte dos modelos, por enquanto, não teve os preços reajustados conforme a majoração de 30 pontos percentuais estipulados pelo novo regime automotivo. Pelo contrário, alguns ganharam descontos de até R$ 3.000, como é o caso do Chery Face, que baixou de R$ 32.990 para R$ 29.990. A JAC também mexeu para baixo na tabela, reduzindo R$ 1 mil na linha J3 e R$ 1.700 na J6. As promoções devem durar até o fim do estoque das unidades que entraram no Brasil sem pagar o imposto extra.
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