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Antes de comprar um carro verde, é importante que você saiba: veículos dessa cor tendem a se desvalorizar mais do que todos os outros.

A informação é de um estudo da KBB Brasil, que identificou o impacto médio das cores nos preços de automóveis usando o branco - segunda cor mais comum e que está contida em mais tipos de pintura (sólida, metálica e perolizada) - como referencial.

Nele, foram avaliados nove grupos de cores: branco, amarelo, azul, cinza, marrom, prata, preto, verde, vermelho e outras. Cores próximas dessas matrizes, como laranja, dourado, bege, roxo, vinho e bronze, foram incluídas nesses conjuntos.

Conforme o estudo, a tendência de desvalorização dos veículos verdes é verificada em quase todo o país - tanto que o índice geral é de -1,02%. As exceções são os estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, onde o verde chega a acrescentar valor aos carros - o acréscimo é de 0,72% e 0,91%, respectivamente.

O gerente de valuations da KBB Brasil, Ricardo Fischer, explica que essa variação pode estar relacionada a procura por veículos dessa cor nesses estados - e também à disponibilidade deles para compra.

“A desvalorização é sempre uma equação que envolve muitas variáveis. Uma delas, muito determinante, é a questão de oferta e demanda. A cor rosa, por exemplo, é uma das que mais valoriza o carro, porque tem tão poucos no mercado que, quem quer um, paga mais nele”, diz.

Top 5

Depois do verde, o segundo lugar entre as “campeãs” de desvalorização é do preto - que também está no top 3 das mais comercializadas, abaixo apenas de prata e branco. A cor faz o carro perder 0,99% de valor no país.

“Preto é uma cor que risca muito fácil, em que a sujeira aparece muito fácil. Quando está no sol, o carro esquenta muito. Então, ela desvaloriza pelo impacto que a cor provoca no uso cotidiano”, avalia Fischer.

Em seguida, estão azul, cinza e amarelo, com índices de desvalorização de 0,88%, 0,46% e 0,38%, respectivamente.

Entre os grupos observados, o vermelho é o que tende a desvalorizar menos os carros - 0,11%. Para Fischer, isso pode estar relacionado ao fato de a cor ser frequentemente associada à esportividade.

O representante da KBB Brasil explica ainda que o estudo indica que não há relação entre o preço do veículo e o tipo de pintura (sólida, metálica e perolizada). “No carro zero, as montadoras cobram uma nota nisso, mas, a não ser que seja uma pintura muito específica, muito customizada, isso não parece ter qualquer impacto no preço dos veículos para revenda”, afirma.

Ele lembra ainda que a desvalorização associada à própria cor é muito pequena quando comparada a questões como o ano de fabricação e a quilometragem. Ainda assim, ela pode contribuir para a escolha de um veículo que possa ser revendido por um preço maior.

CorÍndice de desvalorização
1. Verde1,02%
2. Preto0,99%
3. Azul0,88%
4. Cinza0,46%
5. Amarelo0,38%
6. Prata0,33%
7. Marrom0,15%
8. Vermelho0,11%
9. Branco(referência)
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