• Carregando...
Expedição ao Peru organizada pela Nomade, em 2011. A exigência do seguro Carta Verde é apresentada aos clientes já no check-list da viagem | Fotos: Arquivo pessoal/Gianfranco Guadagnin
Expedição ao Peru organizada pela Nomade, em 2011. A exigência do seguro Carta Verde é apresentada aos clientes já no check-list da viagem| Foto: Fotos: Arquivo pessoal/Gianfranco Guadagnin

Prevenção

Usuários sugerem que solicitação seja feita antecipadamente

O ideal é sair de casa com o seguro Carta Verde na mão e ter a cobertura garantida durante toda a viagem, sugere o advogado Alexandre Molteni, que mora em Curitiba. Ele fala com a experiência de quem viaja pelo menos duas vezes por ano de carro para fora do Brasil. Molteni lembra que na primeira viagem que fez descobriu na fronteira que precisava do documento e teve que providenciar lá mesmo.

Solução tem, mas é sempre mais complicado. O advogado lembra, por exemplo, que a apólice só tem validade depois do pagamento. Então, se você chega na fronteira sem o Carta Verde fora do horário de expediente bancário terá que aguardar até que possa ser realizado o pagamento.

Fronteira

O odontólogo João Alberto Simões, que mora em Santana do Livramento (RS), na fronteira com o Uruguai, usa muito essa modalidade de seguro. A cidade é dividida por uma avenida. De um lado, se está no Brasil e do outro, no Uruguai. Dentro dos limites da cidade o Carta Verde não é exigida pelas autoridades, mas se o motorista avançar um pouco mais para o país vizinho, o documento é solicitado.

Ele conta que vai com frequência para o Uruguai. Por isso, Simões optou pelo seguro de automóvel da Allianz, que tem o Carta Verde incluso automaticamente para os clientes que moram no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Esse benefício é oferecido desde outubro do ano passado, conta Eduardo Grillo, diretor Regional Sul da Allianz Seguros. Ele explica que o benefício é anual, acompanha a vigência da apólice de seguro do automóvel. E sem custo extra, garante o diretor.

Para ele, a oferta automática do Carta Verde tem colaborado para o bom desempenho da empresa no mercado. De 2011 para 2012, completa, a Allianz cresceu 36%, enquanto a expansão do mercado foi de 15,6%. Este ano, de janeiro a maio, o crescimento da seguradora foi de 38% em comparação com o mesmo período de 2012, enquanto o mercado cresceu 24%.

  • Gianfranco, da Nomade: corretores parceiros

Quem vive na Região Sul tem a facilidade de visitar os paí­ses vizinhos de carro. E não são poucas as famílias que optam por esses destinos nas férias ou nos finais de semana. Mas quem pretende cruzar a fronteira dos países que integram o Mercosul – Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela – precisa atender a uma exigência legal: portar o Carta Verde, seguro de responsabilidade civil que protege terceiros afetados por acidente de trânsito. O mesmo vale para motoristas dos países do bloco que entram no Brasil.

O Carta Verde foi instituído em 1994 e garante o reembolso ao segurado das quantias que tiver de pagar por ser civilmente responsável por acidente que causar: danos pessoais, morte, invalidez permanente e despesas médico-hospitalares, além de danos materiais.

A indenização mínima estabelecida para danos pessoais é de US$ 40 mil por pessoa, até o limite de US$ 200 mil (cinco ocupantes no carro), enquanto para danos materiais a indenização é de US$ 20 mil, limitado a US$ 40.000. A resolução que criou o Carta Verde abre a possibilidade da contratação de apólices com importância segurada maior, com o correspondente pagamento do prêmio adicional.

O seguro deve ser contratado pelo período de permanência do veículo no país estrangeiro. A vigência máxima é de um ano. Para contratar o Carta Verde, o turista deve procurar o seu corretor. Segundo levantamento da Federação Nacional de Seguros Gerais, até maio de 2013 eram seis as seguradoras atuando com essa modalidade: Allianz, Bradesco Auto Re, HDI, Porto Seguro, Liberty Seguros e Sul América.

Exigência

Gianfranco Guadagnin, proprietário da Nomade Expedições, empresa curitibana que organiza viagens de carro pelo Brasil e países vizinhos, conta que seus clientes são informados da exigência do Carta Verde assim que recebem o check-list da viagem. "Temos dois corretores parceiros que podem passar as cotações para os clientes e eles decidem qual vão contratar", diz ele. O viajante também pode recorrer ao seu corretor. Segundo Guadagnin, a recomendação dada ao cliente é que ele contrate o seguro por dois ou três dias a mais do que o tempo previsto da viagem para evitar problemas caso seja necessário ficar no outro país por mais tempo.

Eduardo Grillo, diretor Regional Sul da Allianz Seguros, explica que caso o viajante precise ficar fora mais tempo do que o prazo do seu Carta Verde, ele terá que pedir a emissão de novo seguro. Mas terá que recorrer a um correspondente no país estrangeiro para que ele solicite a emissão no seu país de origem.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]