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O grupo brasileiro de ferraristas é o 4.º maior do mundo em número de integrantes.  Foto: André Siloto /Divulgação |
O grupo brasileiro de ferraristas é o 4.º maior do mundo em número de integrantes. Foto: André Siloto /Divulgação| Foto:

A paixão pela Ferrari é um sentimento que não se vê na mesma proporção em outra marca automotiva. São milhares de ferraristas pelo planeta, organizados em grupos ou não, que fazem a idolatria pela fabricante italiana se perpetuar por gerações.

No Brasil, não é diferente. E boa parte deste fascínio está concentrado em Curitiba. A cidade abriga a sede do único clube oficial da marca na América do Sul, que tem mais de 400 tifosis (como são conhecidos os fãs, em italiano) e pelos menos 200 deles morando na capital paranaense.

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A Scuderia Ferrari Club Curitiba-Brazil é uma das 186 credenciadas pela Ferrari (146 na Itália e 40 em outros 19 países), sob o controle da divisão de gestão esportiva da Ferrari. “Atualmente somos o quarto clube mais numeroso. Fundamos o grupo no Brasil em 1983, quando existiam somente 23 no planeta”, diz o ítalo-brasileiro Walter Antonio Petruzziello, 66 anos, responsável pelo surgimento da entidade por aqui e que mora em Curitiba desde 1967.

Ele conta que a ideia veio depois de tentar fazer uma visita à fábrica em Maranello, na Itália, no início da década de 1980, quando voltava do Grande Prêmio de Ímola de Fórmula 1. “Cheguei à entrada da sede e o segurança me perguntou seu eu fazia parte do Clube Ferrari (como a associação de fãs era conhecida na época). Ele disse que o passeio era permitido apenas a membros da entidade. Resolvi então criar o clube para conseguir entrar numa outra oportunidade”, relembra Petruzziello.

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No início, usou apenas familiares para compor o quadro diretivo da entidade que acabara de criar e assim manter a agremiação ativa com a Ferrari. “O clube tem uma cota de 200 euros (R$ 875, em valores atuais) que precisa ser paga à Ferrari todos os anos. Para não tirar do bolso, fui atrás de interessados em participar”, explica o advogado e dono do restaurante italiano La Scuderia (é claro!), que também já exerceu o cargo de suplente no senado italiano.

Não demorou para ele conquistar novos adeptos. E o curioso é que muitos destes fervorosos fãs nem sequer têm ou tiveram um dia um modelo com emblema do cavalinho rampante na garagem. São simplesmente admiradores da marca. O próprio Petruzziello não tem uma Ferrari em tamanho real, mas 1,3 mil miniaturas de diferentes escalas.

Walter Petruzziello (de boné) já foi homenageado em encontro na fábrica da Ferrari, em Maranello. Ao lado dele o heptacampeão mundial de F-1, Michael Schumacher (centro) e Ross Brawn, ex-diretor da escuderia na F-1.

Coleção de Petruzziello com miniaturas de diferentes escalas. Ao todo, são 1,3 mil exemplares.

O sócio do Scuderia Club tem direito a fazer parte da ‘Família Ferrari’, com direito a carteira de identificação personalizada. Para se associar basta solicitar através do e-mail curitiba@scuderiaferrari.club e pagar uma taxa anual de R$ 150, que dá direito a um kit de mimos todos os anos e a uma série de benefícios (leia mais abaixo).

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Como a mulher ainda vive na Itália, em Roma, ocupando um cargo no consulado brasileiro, Petruzziello viaja com frequência para a Europa e aproveita para usufruir das vantagens garantidas pela carteirinha. Ele é nascido em Pratola Serra, na Província de Avellino, região da Campania.

O kit Ferrari é entregue todos os anos aos sócios com uma série de mimos.
Benefícios aos sócios

De kit Ferrari a visita à fábrica de Maranello

Todo ano, cada sócio do Scuderia Ferrari Club Curitiba-Brazil ganha um kit com diversos artigos da marca, como mochila, cachecol, bandeira, adesivos, chaveiro, canecas, bloco de anotações, entre outros.

“O sócio recebe ainda um carteirinha personalizada, que dá direito a visitar a fábrica na Itália, descontos em lojas da marca e aluguéis de Ferraris na Europa e até a assistir ao GP de Monza numa tribuna em frente ao boxes por 120 euros (R$ 525 na cotação atual)”, diz Walter Petruzziello, presidente da entidade no país.

Para visitar a sede da marca em Maranello é preciso antes fazer a inscrição no clube em Curitiba. “ Definimos uma data específica para o passeio na fábrica. Sendo sócio, ele paga uma taxa de 9 euros de entrada e mais 11 euros para o almoço no local”, explica o fundador do braço brasileiro da Scuderia Ferrari Club.

Imagem mostra a símbolo oficial do Scuderia Ferrari Club.

Scuderia Ferrari Club faz encontro anual em Curitiba

Só depois de 20 anos de fundação, o Scuderia Ferrari Club Curitiba-Brazil decidiu realizar um evento anual para celebrar a paixão pela marca. O Encontro Nacional de Ferrari em Curitiba começou em 2014 e neste sábado (14) acontecerá a sua 3ª edição. O local escolhido para expor os superesportivos será o Palácio Garibaldi, prédio inaugurado por imigrantes italianos em 1933 e que fica no Centro Histórico de Curitiba, no São Francisco.

Das 10h às 16h, sócios e simpatizantes poderão conferir as máquinas e também réplicas em miniatura de Ferraris, além de sentir a adrenalina de pilotar em um simulador o monoposto de F-1 na pista de Interlagos (SP). Haverá também almoço, sorteio de brindes, exposição de lojas de vários segmentos e espaço kids , além de shows musicais.

“É uma oportunidade de muitos conhecerem o funcionamento do clube e apreciarem modelos como 458, 355, 430, 512, entre outros”, diz Adriano Tornesi , diretor de Eventos do Scuderia Ferrari Club Curitiba-Brazil e sócio desde 2010. Ele conta que a ideia é tornar esses encontros mais frequentes e também reunir grupos para passeios e até viagens para acompanhar grande prêmios de F-1.

Para essa edição do encontro, todas as entradas já foram vendidas. Mais informações no Facebook da entidade.

Desde 2014, o clube organiza encontros anuais em Curitiba.Fotos: Scuderia Ferrari Club/Divulgação

O gosto pelas corridas aproxima brasileiros da marca italiana

O lugar de destaque que os pilotos brasileiros sempre ocuparam na Fórmula 1 fez com que crescesse a paixão pelo esporte e, consequentemente, pela Ferrari. O arquiteto e urbanista Adriano Carlos Tornesi, 31 anos, é um desses fãs da marca italiana e desde 2010 é sócio do Scuderia Ferrari Club Curitiba-Brazil.

Ele relata que em 2010 seus pais deram de presente a ele uma viagem para a Itália, para comemorar sua formatura. E foi lá em Roma que ele descobriu que em Curitiba funcionava o único clube reconhecido de admiradores da Ferrari no Brasil.

“O dono do hotel em que fiquei hospedado em Roma conhecia o presidente do clube. Assim que voltei para Curitiba, virei sócio”, lembra.

Tornesi diz que compra produtos com a marca Ferrari sempre que pode, inclusive pela internet. “Tenho miniaturas, roupas, peças de decoração, chaveiro, relógio e perfume”. O arquiteto guarda até sacolinhas de lojas. “Todos sabem da minha paixão, tanto que me chamam de Ferrari”, conta Tornesi.

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Tornesi em visitação ao box da Ferrari durante um GP de F-1.

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Adriano Tornesi, diretor de eventos do clube ferrarista no Brasil, diante da entrada da fábrica de Maranello, na Itália.

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