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| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

A crise ainda intimida alguns consumidores, que preferem adiar a compra de um novo e partem para um seminovo. Se você também está com esta intenção, confira como se dar bem na hora de escolher um usado:

QUANTO CUSTA

Mais importante do que saber quanto tem para gastar, procure saber como estão os preços dos seminovos. Afinal, a grana que você tem no bolso pode comprar tanto aquele compacto 1.0 quanto um sedã 2.0, um pouco mais antigo que talvez se encaixe melhor nas suas necessidades.

A tabela FIPE é a principal referência, e é possível pesquisar os preços no seu site. Se o modelo escolhido estiver com valor em torno de 5%, para cima ou para baixo, negocie. Acima disso, você tem que pechinchar. E muito abaixo, pode desconfiar. Tem algo errado aí.

PARTICULAR OU REVENDA?

Henry Milleo/Gazeta do Povo

Essa é uma das principais dúvidas. Mas, geralmente, a decisão recai sobre o carro escolhido: se o modelo que você procura está na mão de um particular, não tem jeito. Nesse caso, procure visitar o carro de dia, para que as eventuais imperfeições não fiquem escondidas, e em lugar movimentado, para evitar surpresas desagradáveis, como assaltos. As feiras livres ainda são um bom lugar para pesquisar.

Nas revendas, você tem ao seu lado o Código de Defesa do Consumidor, que entre outras coisas protege o comprador com, no mínimo, três meses de garantia para o produto adquirido. Por outro lado, podem querer lhe empurrar um carro fora do seu alcance ou necessidades.

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À VISTA

Evite financiar modelos usados ou seminovos. Os juros geralmente são mais altos e não há vantagens como ‘taxa zero’ e financiamentos ‘sem entrada’, coisas típicas do mercado de novos.

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PENTE FINO

Você escolheu o carro, combinou com o dono e foi lá dar uma olhada. Quando chega... o veículo está sujo, empoeirado. Fique esperto! Alguns vendedores deixam o carro assim para você não perceber falhas na pintura, riscos ou possíveis batidas leves. Se for o caso e você quiser muito o automóvel, pague um lava-rápido. Vale o investimento.

MELHOR AMIGO DO HOMEM

Sabe aquele mecânico de confiança, que cuida dos carros da família desde o seu avô? Peça que ele te acompanhe na hora de fechar um negócio. Ele terá mais habilidade em descobrir uma válvula batendo, um radiador entupido ou problemas no sistema elétrico. Mesmo que ele cobre, consertar os problemas depois sairá mais caro.

PNEUS

Pneus gastos nem sempre significam carro mal cuidado. Eles devem apresentar algum desgaste por volta dos 40.000 ou 50.000 km, e isso deve bater com a quilometragem. Desconfie se o hodômetro apontar 30.000 km e os pneus ainda estiverem novos. Tente descobrir o porquê da disparidade.

PEDAIS

O hodômetro marca 10.000 km, mas o pedais e volantes estão gastos? Agradeça o vendedor e vá embora, pois ele certamente alterou a quilometragem do hodômetro. Esse tipo de peça começa a apresentar desgastes geralmente depois dos 100.000 km. O mesmo vale para as outras peças que ficam em contato com o motorista, como manopla do câmbio, bancos e os demais comandos.

NASCI ASSIM

Ter um carro equipado faz toda a diferença no dia a dia. Mas dê preferência a modelos que já venham com ar-condicionado, rádio, direção hidráulica ou bancos em couro de fábrica. Uma fabricante sempre montará esse tipo de item com mais rigor e controle de qualidade do que um lojista. Isso serve também para vidros e travas elétricas e, mais ainda, para o teto-solar.

CARA CRACHÁ

Talvez a dica mais importante. Na frente do carro, olhe os parafusos que juntam peças da carroceria ao monobloco. Se eles estiverem de cores diferentes do restante, possivelmente o carro foi batido. Na traseira é só tirar o tapete do porta-malas e conferir a cor.

Cheque sempre os números em baixo relevo que ficam no motor e no assoalho do carro. Confronte com os que aparecem nos vidros. Se algum deles não bater, anote a placa e chame a polícia. Mesmo que a seguradora se encarregue de fazer a vistoria, não vacile. Afinal, e se você decidir que o não fará seguro do carro?

VOLTINHA BÁSICA

Seja cara de pau, afinal você é o cliente do momento e sempre terá razão. Faça um test-drive. Cheque tudo, desde como o volante está alinhado, qual o barulho que a porta faz e se há os “grilos” quando se passa por buracos.

Tente, também, manter a aceleração em rotações mais altas por um tempo para ver se o motor não falha. Mesmo que estiver tudo em ordem, dirigir o carro o levará à certeza se era aquele modelo mesmo que você queria – ou decretará sua reprovação.

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