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Pisar na embreagem com o carro parado é um dos hábitos mais comuns dos motoristas. Foto: AutoPapo
Pisar na embreagem com o carro parado é um dos hábitos mais comuns dos motoristas. Foto: AutoPapo| Foto:

Antes de mais nada, queremos dizer que não nos somos ases da pista nem os deuses da velocidade. Estamos todos suscetíveis a cometer estes erros ao volante.

Só tente mantê-los em menor número possível, porque muitos deles têm consequências graves que devem ser consideradas.

1. Não se proteger do airbag

Existem alguns erros que podemos cometer ao dirigir um carro equipado com airbag, que se tornou obrigatório no Brasil em 2015.

O primeiro deles é não manter uma distância segura da bolsa de ar. Isso pode causar ferimentos à pessoa com a tremenda violência com a qual ela infla.

Para o motorista, a distância mínima é de 20 centímetros do volante, e para o passageiro, de 40 cm do painel.

 Quando é ativado, o airbag sai de seu compartimento a cerca de 300 km/h. Foto: Internet/ reprodução
Quando é ativado, o airbag sai de seu compartimento a cerca de 300 km/h. Foto: Internet/ reprodução

Outro comportamento perigoso é o de portar objetos metálicos à frente do tórax, como uma caneta no bolso da camisa. Ela vai ser pressionada contra o corpo quando o airbag for ativado.

Também não é aconselhável o passageiro colocar os pés sobre o painel: quando a bolsa inflar, a violência pode até fraturar tornozelos e pernas, como mostra essa reportagem.

Por fim, as mãos do motorista devem estar posicionadas horizontalmente opostas sobre o volante, para não serem atingidas pela bolsa.

Quando é ativado, o airbag sai de seu compartimento a cerca de 300 km/h. Já houve, inclusive, um caso de morte como consequência desses erros ao volante.

2. Dirigir com os braços esticados

Outro erro bastante comum é deixar os braços esticados para segurar o volante. Da mesma forma que ficar muito perto dele, ficar longe demais, a ponto de ter de estirar os braços para segurá-lo, não é recomendado.

Posição correta de mãos e braços ao dirigir. Foto: Bigstock
Posição correta de mãos e braços ao dirigir. Foto: Bigstock

A posição correta deixa um leve ângulo de inclinação nos cotovelos, o que permite ao motorista maior controle sobre o volante.

Existe uma regra para saber se a distância está correta: o volante deve ficar na altura dos pulsos ao esticar todo o braço.

3. Abastecer até a boca

Outra mania de muitos donos de carro é pedir para encher o tanque de combustível até a boca. O que eles não sabem é que isso não é nenhuma economia, e sim, o contrário.

Não é à toa que as bombas de abastecimento travam automaticamente. Se antes o perigo era apenas de vazar combustível e manchar a pintura, hoje a coisa é mais complicada.

Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo| Daniel Castellano/Arquivo/Gazeta do Povo

Existe um sistema de coleta de gases do tanque para diminuir a emissão de poluentes.
Parte dele é um tubinho que fica no alto do tanque, puxando os gases, que são levados para um filtro chamado canister.

Por isso, é necessária uma bolha de ar na parte superior do tanque. Se o combustível ultrapassa esse limite, o canister será danificado, pois vai receber combustível em estado líquido e não seus gases.

O que também prejudica o funcionamento do motor, uma vez que o canister é conectado à central eletrônica.

4. Acelerar antes de desligar o veículo

Mais uma hábito corriqueiro e prejudicial: dar uma aceleradinha antes de desligar o carro. Diz a lenda que o hábito ajuda a manter a bateria carregada.

Na verdade, o combustível não queimado escorre para o cárter e contamina o óleo do motor.

Foto: Bigstock
Foto: Bigstock

A aceleradinha também não é recomendada logo que se liga o carro, pela manhã. Neste caso, a razão é que o óleo lubrificante ainda não chegou às partes superiores do motor, o que provoca um exagerado desgaste e redução de sua vida útil.

5. Usar o freio para segurar o carro em descidas

Sabe quando você está dirigindo por um declive longo e precisa limitar a velocidade do carro? Nessa hora, muitos condutores só usam o pedal de freio.

O recomendável é utilizar o freio a motor, reduzindo a velocidade cambiando para uma marcha mais baixa: a dica é de usar a mesma marcha para descer que você usaria para subir.

Recorrer só aos freios resulta em dois problemas: um desnecessário desgaste do sistema e até a possibilidade de perder os freios devido ao excesso de aquecimento de seus componentes. É o fenômeno muito comum do 'fading', ou seja, os freios vão sumindo.

Quem possui carro automático vai reparar que na descida, geralmente, as marchas que ficam engatadas são a segunda ou a terceira.

6. Usar a luz de neblina traseira sem neblina nem chuva forte

A luz traseira de neblina se tornou um requerimento legal, mas muitos motoristas não sabem usá-la de forma adequada.

Assim como os faróis dianteiros de neblina, o dispositivo foi pensado para uso exclusivo em momentos de baixa visibilidade: com neblina ou sob chuva forte.

A proposta é que a luz torne o carro mais visível para motoristas que vêm atrás. Sua cor é vermelha, assim como as lanternas e luz de freio, mas ela é mais forte.

Ou seja, se a visibilidade estiver normal, ela vai brilhar exageradamente, incomodando e até confundindo a visão do condutor que segue atrás.

Pode não parecer, mas entre os erros ao volante, este afeta a segurança e deve ser abolido.

7. Descansar o pé na embreagem

Para os que dirigem um carro com câmbio manual, um dos equívocos é o de deixar o pé no pedal da embreagem. Dá a impressão de facilitar a vida, especialmente nos congestionamentos urbanos.

Pisar na embreagem com o carro parado é um dos hábitos mais comuns dos motoristas. Foto: AutoPapo
Pisar na embreagem com o carro parado é um dos hábitos mais comuns dos motoristas. Foto: AutoPapo

Deixando o pé ali, ele já está pronto para engrenar a primeira e arrancar no sinal; ou fazer as infinitas reduções que um trânsito lento pede.

Contudo, o costume acelera o desgaste dos componentes do sistema, e deve ser evitado. A mesma dica também vale para descansar a mão sobre o pomo da alavanca de câmbio, porque também faz aumentar a conta da oficina.

8. Engatar o 'P' na hora de estacionar um carro automático

Já para os que dirigem um carro automático, a falha é outra. Na hora de estacionar o veículo numa ladeira, deve-se colocar o câmbio no 'P', de Parking.

Contudo, isso só deve ser feito depois que o freio de mão foi acionado. Caso contrário, submete-se o câmbio a um desnecessário esforço.

A sequência ideal ao parar o veículo, manter o pé no freio, colocar a alavanca na posição 'N', puxar o freio de mão e só depois colocar no 'P'.

Tal medida evita tranco na alavanca do câmbio, ou seja, sobrecarrega os componentes e com o tempo acabam apresentando desgastes prematuros.

Ao sair com o carro, primeiro tire a alavanca do “P” e depois solte o freio de estacionamento.

9. Puxar o freio de mão frouxamente

Na hora de estacionar, o freio de mão deve ser puxado com veemência. Puxar a alavanca de forma frouxa é um dos erros ao volante, e muito perigoso!

Se as pastilhas ou lonas não estiverem firmemente apertadas contra as discos e tambores, o veículo pode perder os freios e descer desgovernando ladeira abaixo!.

Isso acontece porque, quando o veículo está em movimento, os componentes do freio se aquecem, o que os leva a dilatar.

Na hora de estacionar, os componentes do freio de mão ficarão maiores. Quando o tempo passa, com o carro parado, as peças esfriam e voltam ao tamanho normal.

E é nessa hora que as pastilhas, antes sob pressão, deixam de pressionar os discos e “soltam” o carro.

No caso de freios elétricos, não existe esse problema. Mas, por via das dúvidas, é importante engatar o câmbio para evitar qualquer acidente.

10. Engate traseiro para proteger o carro

Instalar o engate-bola na traseira do veículo com o objetivo de proteger o carro de uma eventual batida traseira é um pensamento equivocado.

Ele até pode evitar danos no para-choque em caso de uma 'encostadinha' de leve. Mas no caso de um impacto mais forte, o dispositivo anula o amortecimento do para-choque e transmite as forças para a estrutura do carro, deformando-o.

Também pode transmitir o efeito da colisão para os ocupantes do carro. Traduzindo, o que seria uma traseira amassada, passível de correção com um bom lanterneiro, pode virar um caso clínico para um ortopedista.

11. Chave presencial exige atenção

Com a evolução tecnológica, a chave presencial tem se tornado um recurso cada vez mais comum. Elas trazem praticidade, pois dispensam a necessidade de o motorista destravar as portas e, depois, inserir a chave na ignição.

Contudo, o recurso também pode virar um problema, pois o motor continua funcionando mesmo sem a chave próxima.

Se o motorista liga o carro mas deixa a chave na garagem, ele só vai perceber que ela ficou distante quando desligar o motor: ao tentar acioná-lo novamente, ele não “pega”.

Outro perigo é o de o motorista chegar em casa, descer com a chave no bolso, e esquecer de desligar o carro no botão: o motor ficará funcionando por horas, às vezes a noite toda.

Em casas com a garagem integrada, já houve morte por intoxicação dos gases do escapamento à noite.

12. Deixar ligada a recirculação do ar

O ar-condicionado tem um comando que impede a troca do ar interno com o externo. Ele é acionado por um botão, identificado por uma seta como um “U” deitado.

Quando ela é ativada, o sistema aproveita o ar interno que já está mais frio que o externo para acelerar o processo de resfriamento da cabine.

Evita também, em determinadas situações, que uma fumaça externo e o mau cheiro entrem na cabine.

Não há problema em ativar esta função de recirculação. Contudo, deixá-la ativada por muitas horas vai tornar o ar contaminado devido aos gases expelidos pelos próprios ocupantes.

Os efeitos malignos deste ar vão desde o sono e a fadiga, até o próprio envenenamento dos ocupantes, caracterizando o último desses erros ao volante.

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