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Placa com o nome da empresa no Pós-Guerra: Wolfsburg Motor Works. | Volkswagen/Divulgação
Placa com o nome da empresa no Pós-Guerra: Wolfsburg Motor Works.| Foto:

O Fusca foi um fator-chave no desenvolvimento da democracia e da mobilidade na Alemanha após a Segunda Guerra Mundial, sendo acolhido em muitos outros países e atuando como um importante embaixador na promoção de uma imagem positiva do país de origem.

E essa reconstrução começou pouco depois do primeiro Natal após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Neste período saía da linha de produção na Alemanha o primeiro modelo feito em larga escala. Fora batizado de Volkswagen Tipo 1, que mais tarde se tornaria conhecido internacionalmente como o Beetle.

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Mundialmente, o Dia do Fusca é comemorado em 22 de junho, data em que o engenheiro austríaco Ferdinand Porsche assinou o contrato que deu início ao desenvolvimento e fabricação do Sedan, em 1934.

Ferdinand Porsche (à esq.) exibe a maquete do Fusca para Adolfo Hitler. Volkswagen/Divulgação

A marca Volkswagen (nome que significa, em alemão, “carro do povo”) teve a missão de popularizar o automóvel. O início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, impediu que a produção do carro começasse, mas durante o conflito a fábrica fez milhares de veículos militares leves utilizando sua plataforma mecânica, com motor traseiro refrigerado a ar.

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O carro atingiria no futuro vendas de mais de 21 milhões de unidades. No final de 1945, porém, apenas 55 veículos haviam sido produzidos. O início da fabricação em larga escala foi um feito envolvendo grande nível de improvisação. A escassez de materiais prejudicou as operações durante os meses seguintes. Mesmo assim, os primeiros carros eram símbolos visíveis de esperança. Um novo início para a indústria de automóveis, sob controle britânico.

Hitler e Porsche no lançamento do Fusca na Alemanha. Volkswagen/Divulgação

Ao final da Segunda Guerra Mundial, apenas 630 unidades do ‘Carro do Povo’, conhecido como “KdF-Wagen”, haviam sido construídas. A avançada planta fabril, no local que se tornaria a atual Wolfsburg, construída especialmente para produzir o veículo, foi integrada à indústria de armamentos da Alemanha durante a guerra, produzindo principalmente materiais militares. O local foi ocupado por soldados americanos em 11 de abril de 1945.

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Em junho de 1945, o governo militar britânico assumiu o controle da unidade, com sua força de trabalho de cerca de seis mil pessoas. Em 22 de agosto de 1945, o recém-designado oficial residente sênior, Major Ivan Hirst, obteve um pedido inicial de 20 mil Sedans, assegurando assim o futuro da fábrica e seus trabalhadores e evitando a ameaça de desativação e desmontagem.

Os veículos deveriam ser usados principalmente pelos ocupantes aliados, mas também para prestação de serviços de saúde em áreas rurais. A produção ficou praticamente estagnada em torno de 1 mil veículos mensais durante 1946 e 47. Somente após a reforma monetária de junho de 1948 surgiria um número significativo de compradores privados.

Linha de montagem em Wolfsburg, AlemanhaVolkswagen/Divulgação

Legado britânico

As raízes britânicas da Volkswagen ainda podem ser percebidas na atualidade. Foram os ingleses que converteram a fábrica para a produção civil e focaram na qualidade dos veículos. Eles dedicaram muita atenção aos serviços e à satisfação das necessidades dos clientes, estabelecendo uma rede de concessionários que, já em 1948, cobria todas as três zonas de ocupação ocidentais da Alemanha. O início das exportações, em outubro de 1947, marcou o primeiro passo em direção ao mercado internacional.

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As primeiras eleições para o Conselho de Trabalhadores, em novembro de 1945 - apenas seis meses após o final da guerra - introduziram os princípios para a participação democrática dos empregados na fábrica. Quando a empresa Volkswagenwerk GmbH foi repassada para o controle alemão, em outubro de 1949, estava posicionada na pole position para a largada do Milagre Econômico da Alemanha.

A fábrica Volkswagenwerk GmbH em Berlim, na Alemanha, no século passado.Volkswagen/Divulgação

O Dr. Manfred Grieger, chefe do Departamento de História Corporativa da Volkswagen Aktiengesellschaft, resume: “A Volkswagen teve muita sorte pelo robusto Sedan ter ajudado o governo militar britânico a levar adiante suas funções administrativas e por Ivan Hirst ter sido o homem certo em seu comando. Seu hábil pragmatismo proporcionou uma visão de futuro para a fábrica e seus trabalhadores, motivando tanto o pessoal militar britânico como os trabalhadores alemães a transformar as precárias instalações numa empresa de sucesso voltada para o mercado. Ele reconheceu as qualidades do Sedan Volkswagen e teve a capacidade de concretiza-las.”

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Fuca e Fuque

A denominação Fusca foi dada no Brasil, que o produziu de 1959 a 1986 e de 1993 a 1996. O carismático carrinho teve mais de 3 milhões de unidades feitas em solo brasileiro, tornando-se um ícone nacional.

A combinação de baixo custo de aquisição e manutenção com uma resistência capaz de afrontar os caminhos e condições de uso mais difíceis transformou logo o pequeno Volkswagen em ponta de lança da motorização do país. Mais de uma geração de motoristas brasileiros aprendeu a dirigir em um Fusca e optou por ele ao adquirir seu primeiro carro.

O carro também ganhou outros apelidos de âmbito regional, como Fuque, no Paraná, e Fuca, no Rio Grande do Sul. Ao redor do mundo, a semelhança do carro com um besouro levou à consagrada designação como Beetle.

A produção do Fusca em sua última fábrica, em Puebla, no México, foi descontinuada no final de julho de 2003.

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