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O modelo 2010 traz as mesmas especificações do 2009, com motor de 999 cm³ de 178 cv de potência máxima | Fotos: Mario Villaescusa/Agência Infomoto
O modelo 2010 traz as mesmas especificações do 2009, com motor de 999 cm³ de 178 cv de potência máxima| Foto: Fotos: Mario Villaescusa/Agência Infomoto
  • Sinal do ABS pode ser conferido no painel de instrumentos
  • O sistema C-ABS foi feito especificamente para motos superesportivas
  • Veja a ficha técnica da Honda CBR 1000 RR

A grande novidade da Honda CBR 1000 RR em sua versão 2010 são os novos freios C-ABS controlados eletronicamente. Lançada pela Honda em 2008, a nova geração de freios foi desenvolvida especificamente para motos superesportivas e desembarcou no Brasil em junho do ano passado.

Em freios a disco convencionais, quando o motociclista aper­­ta o manete ou pisa no pedal o fluido "viaja" diretamente do cilindro mestre pelas mangueiras até as pinças. Com isso vai fazer a moto parar com segurança na distância desejada com base na pressão aplicada no manete ou no pedal. No sistema ABS normal, há sensores de velocidade nas rodas que detectam uma possível derrapagem e aliviam essa pressão por meio de uma válvula controlada por uma central eletrônica. Já no C-ABS, que equipa a nova Honda, o sistema é completamente diferente. Além dos sensores de velocidade nas rodas, há uma válvula de pressão e um modulador para cada roda. E também o cérebro do C-ABS, chamado de módulo eletrônico central (ECM).

Quando o piloto aperta o manete, o fluido aciona um relé na válvula que manda para a ECM a informação de quanta pressão foi aplicada. A ECM então aciona os moduladores – unidades motrizes que acionam outro pistão para aumentar a pressão hidráulica na linha de freio até a pinça e parar a moto.

Mesmo com essa "intervenção" eletrônica, há a sensação de se estar freando um sistema comum.

"Além disso, o funcionamento é mais rápido do que em outros sistemas ABS", ressalta José Luiz Terwak, gerente de novos produtos da Honda. Outro ponto destacado por Terwak é que o desenvolvimento do sistema foi feito especificamente para motos superesportivas. "A dosagem não permite que, mesmo em frenagens bruscas, a roda traseira saia do chão", diz. Em função da curta distância entre-eixos, as motos da categoria têm a tendência de levantar a roda traseira quando se breca bruscamente, em uma situação de emergência ou mesmo em pilotagem mais esportiva na pista, por exemplo.

Mais segurança

No restante a superesportiva de 1.000 cc da Honda traz as mesmas especificações do modelo 2009. Motor de 999 cm³, 178 cv de po­­tência máxima, bastante torque mesmo em baixos giros, embreagem deslizante, amortecedor eletrônico de direção e o mesmo design de linhas arredondadas. As diferenças da versão com o Combined ABS são os 11 kg a mais – peso do sistema eletrônico, válvulas e moduladores –, além de estar disponível apenas na cor azul e prata. A versão normal é comercializada na cor azul, na versão HRC (branca, azul e vermelha) e na versão Repsol, uma réplica da moto Honda que disputa o Mundial de Moto GP.

Segundo Terwak, isso foi uma estratégia comercial da empresa. "Sabíamos que a procura por essa versão seria menor. Atual­mente apenas 10% das CBR 1000 RR são vendidas com C-ABS", afirma. Para o gerente da Honda, isso acontece porque os motociclistas ainda não conhecem o fun­­cionamento do sistema. "Pre­­cisamos divulgar mais o C-ABS. A partir do momento que os consumidores conhecerem o sistema, espero que passem a optar pela segurança".

A Honda CBR 1000 RR com C-ABS custa R$ 65.142, quase R$ 4.000 a mais que a versão standard, cotada a R$ 61.342. Em função da eficiência do sistema e da segurança que esses freios oferecem, os técnicos dizem que o incremento no preço vale a pena.

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