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Da nova linha de produção saem exclusivamente os modelos Pop 100,  Lead 110 e Biz 125 que são vendidos em toda a América do Sul. A fábrica é responsável, também, pela produção de peças | Fotos: Divulgação/Honda
Da nova linha de produção saem exclusivamente os modelos Pop 100, Lead 110 e Biz 125 que são vendidos em toda a América do Sul. A fábrica é responsável, também, pela produção de peças| Foto: Fotos: Divulgação/Honda
  • Expansão do complexo custou R$ 92 milhões
  • Honda garante que preços das motos não vão subir
  • São 760 pessoas envolvidas em todas as etapas do processo

Para suprir a demanda e aproveitar o bom momento do segmento, uma nova linha de montagem da Moto Honda da Ama­zônia já está em pleno funcionamento desde o mês passado em Ma­­­­naus. A extensão da fábrica prin­­cipal espanta pela grandiosidade e é responsável pela produção de peças e pela montagem das pe­­queninas da marca japonesa. De lá saem exclusivamente os mo­­delos Pop 100, Lead 110 e Biz 125 para toda a América do Sul.

A expectativa é de que a nova linha, batizada de HDA2, ajude a Honda a elevar o patamar de produção do ano passado de 1,24 milhão para 1,43 milhão de mo­­tocicletas neste ano. Futura­men­te, a marca quer chegar ao ousado número de 2 milhões de mo­­tos produzidas por ano.

Para desafogar a linha de montagem principal, de onde sai a campeã de vendas CG Titan, a nova linha foi criada em um es­­paço próprio: um galpão com mais de 21 mil metros quadrados. Segundo a fabricante, ela terá capacidade de produzir 500 mil motos de baixa cilindrada por ano. Em 2011, já deverá fazer 300 mil delas e em 2013 outras 415 mil. Para isso, a marca teve de investir pesado. Segundo Sho Minekawa, presidente da Honda South America, a expansão do complexo durou quase dois anos e custou R$ 92 milhões.

E dá para entender. A HDA2 segue um fluxo contínuo de produção. Por esteiras suspensas, cada parte da moto é transportada até um funcionário responsável pela sua montagem. Nada de carrinhos carregando peças. Tudo é extremamente organizado, moderno e sincronizado. São 760 pessoas envolvidas em todas as etapas do processo, como solda do chassi, pintura, fabricação do assento e do motor. O resultado disso é agilidade e eficiência na montagem: a Honda garante que a cada 39 segundos sai uma Biz 125 e uma Pop 100, e a cada 49 segundos é produzida uma Lead 110.

Inovações

Junto com a esteira aérea, a no­­va fábrica também traz outras inovações. As cabines de pintura, por exemplo, são vedadas pa­­ra evitar que a sujeira do am­­biente a contamine. A inspeção final é feita em uma esteira au­­tomática – o que agiliza os testes de funcionamento. Além disso, a linha investe, segundo executivos da Honda, em técnicas de produção amigáveis ao meio ambiente. As caldeiras de energia reaproveitam o calor que sai das chaminés e parte da água da chuva é captada por cisternas. Depois de utilizada, vai para uma estação de tratamento no próprio complexo.

Mesmo com tudo isso, a fabricante garante que não deve ha­ver aumento no preço dos modelos populares. A Pop 100 custa R$ 3,9 mil, a Biz 125 sai por R$ 5,2 mil e a Lead 100, R$ 6 mil.

Supremacia

Com a nova linha, a Honda deve manter-se à frente no segmento, tanto em venda como produção. Atualmente, calcula-se que a cada 100 motos vendidas, 77 sejam da marca nipônica. Na produção, os dados são ainda mais impactantes. A capacidade da Honda com a nova linha chega a 2 milhões de motos – nú­mero superior inclusive ao que o setor esperava para este ano. Segundo a Associação Bra­­sileira dos Fabricantes de Mo­­tocicletas (Abraciclo), em 2010 serão fabricadas 1,84 milhão de unidades.

Ainda de acordo com dados da Abraciclo, somente a nova linha da fábrica japonesa, com capacidade de montar meio milhão de veículos por ano, su­­pera a produção total de todas as outras montadoras que atuam no país juntas (são mais de 25 delas).

O jornalista viajou a convite da Moto Honda da Amazônia.

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