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Imagine unir o perfeccionismo norte-americano em restaurar carros antigos com a criatividade brasileira de projetar veículos de motor potente e design moderno e sob a carroceria original de um Ford ou um Mercury da década de 30 e 40. Pois essa alquimia foi possível graças a habilidade em customização do curitibano Rafael Glaser, de 33 anos, e a experiência de nove anos no mercado ianque de Lúcio Alves de Oliveira, de 31 anos.

Apaixonados por modelos hot rods, conceito de carros do início do século passado com mecânica atualizada, a dupla uniu as forças há pouco mais de dois meses para fazer da oficina Totty’s Hot Toys uma referência no segmento dentro e fora do país.

Localizada no bairro do Atuba, em Curitiba, a oficina funciona há 8 anos pelas mãos de Glaser e já produziu verdadeiras obras-primas sobre rodas. Que diga o empresário curitibano Renato Meneghini. Há seis anos ele viu seu Ford 1937 ganhar um sistema de suspensão pneumática, motor V8 de Mustang com 220 cavalos (mais 80 cv com o nitro) e câmbio automático, além de rodas em alumínio produzidas especialmente para o carro no aro 20". Como toque final, uma pintura agressiva nas cores preta e laranja, estilizada com labaredas de fogo por toda a lateral do Ford. O trabalho ficou tão fascinante que meses após sair oficina acabou parando numa garagem de Belo Horizonte (MG) depois que um empresário mineiro fez uma proposta irrecusável a Meneghini. Algo acima de R$ 150 mil, valor estimado nos dias de hoje para um projeto arrojado como este.

"Podemos criar modelos tão bons quanto os americanos, que são soberanos neste conceito de carro. Um dos nossos desafios é construir um hot rods 100% brasileiro. Claro, com peças vindas de fora, mas com a concepção e estilo nacional. Um projeto que seja capaz de disputar de igual para igual o Concurso Nacional dos Hot Rods, nos Estados Unidos", revela Lúcio Alves, que ainda mantém uma loja em San Diego, na Califórnia.

Atualmente trabalhando na construção de 12 novos hot rods, a dupla pretende reduzir o número da demanda para quatro e assim buscar a excelência no desenvolvimento e execução do projeto. "As principais lojas americanas trabalham com essa demanda. A idéia é oferecer para o cliente o modelo mais personalizado e exclusivo possível. Com uma concepção única no mundo. E só com tempo e dedicação é possível atingir o resultado desejado", salienta Rafael Glaser.

Para se ter uma idéia, o tempo gasto em média na transformação de um carro da década de 30, muitas vezes em estado deplorável de conservação, em um hot rods de R$ 200 mil chega a ser superior a um ano. O resultado final, porém, compensa a longa espera.

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