A Kia Motors anunciou que lançará pelo menos quatro novidades em 2016 para tentar virar a mesa depois de sofrer com a forte queda das vendas nos últimos anos (leia mais abaixo).
Em março, a marca fará duas estreias. A primeira será a quarta geração do Sportage, apresentada durante o Salão de Frankfurt, em setembro, e atual carro-chefe da Kia no país. O desenho ficou mais agressivo que o atual. A dianteira segue com a grade no estilo ‘nariz de tigre’, além de luzes em led no formato de cubos de gelo.
A traseira recebeu barra horizontal cromada que liga as lanternas, enquanto que as setas e as luzes de ré ficaram logo acima das ponteiras duplas do escapamento. Logo depois chegará a reestilização do sedã Optima feita recentemente na Europa.
O próximo da lista será o novo Cerato, que começa a ser fabricado no México e de lá deve desembarcar no país em meados de junho. O modelo, que já foi sucesso de emplacamentos no país, ganhou retoques visuais, porém de manter o mesmo conjunto mecânico da linha atual.
México
A nova fábrica da montadora no México começará a operar em março de 2016 e deve ampliar a gama de produtos ofertada no Brasil. Com a nova operação, a montadora sul-coreana espera ampliar sua cota de importação para o país e ampliar o portfólio. A Kia planeja conquistar novamente 1% de share no mercado, já em 2016.
Em novembro será a vez do hatch e sedã premium Rio, que também começará a ser feito no México no início do segundo semestre. O modelo, no entanto, deve pintar antes. Segundo José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors no Brasil, a intenção é trazer um lote especial do modelo em junho, ainda importado da Coreia do Sul, para lançá-lo durante as Olimpíadas do Rio, aproveitando que as atenções estarão voltadas para o evento.
“ Sabemos que a patrocinadora oficial é a Nissan, mas seria um oportunidade de marketing interessante para lançar o carro no país”, disse o executivo.
O Rio deverá ser equipado com o motor 1.6 flex, de 128 cv, e câmbio manual de cinco marchas, o mesmo conjunto ofertado por Hyundai HB20 e Kia Cerato.
Para 2016, marca espera recuperação
Em 2011, a Kia Motors vendeu no Brasil cerca de 80 mil carros. Em 2015, o volume da marca sul-coreana não deve passar de 16 mil unidades. Números que, segundo a empresa, refletem as limitações impostas pelo programa Inovar Auto, lançados pelo governo em 2012 e que fez em vigorar o IPI adicional de 30% para importados.
As vendas da marca caíram mais de 30% só neste ano e por conta disso, o importador foi obrigado a fechar 55 lojas pelo país - atualmente conta com 125 concessionárias.
De acordo com a Kia, a cota de 4.800 carros importados para quem não possui fábrica, mas ainda é muito pequena e vender fora desse limite não dá. Além disso, o dólar muito alto afeta diretamente as operações dos importadores.
Para a empresa, 2016 pode ser um pouco melhor, devido a importação do México, sem IPI majorado e sem imposto de importação.
“Depois de cinco anos, pressionados pela imposição de 30% no IPI, tudo indica que teremos em 2016 uma pequena recuperação. Projetamos para o próximo ano 21 mil unidades, crescimento de 31%, voltando a ter market share acima de 1%”, destaca José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasil.
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