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O Eclipse Cross ficará posicionado entre o ASX e o Outlander. | Mitsubishi/  Divulgação
O Eclipse Cross ficará posicionado entre o ASX e o Outlander.| Foto: Mitsubishi/ Divulgação

Lembra do Mitsubishi Eclipse, esportivo  japonês que ganhou as ruas brasileiras na década de 1990 com o abertura das importações de veículos e virou um clássico dos cinemas no filme Velozes & Furiosos

Pois ele está de volta, agora como um SUV intermediário de estilo cupê, recheado de tecnologia e com o sobrenome ‘Cross’ para engrossar a lista de utilitários da marca. 

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A novidade chega às lojas do país a partir de novembro, posicionando-se entre o ASX e o Outlander, e em duas versões: a HPE-S 4x2, por R$ 149.990, e a HPE S-AWC (4x4), por R$ 155.990. 

Faróis afilados e grade cromada com apêndices em formato de bumerangue são a nova assinatura da Mitsubishi.Mitsubishi/ Divulgação

A traseira pode gerar controvérsia pelo estilo incomum. A luz de freio divide o vidro e liga os faróis em formato de bumerangue.Mitsubishi / Divulgação

Segundo a Mitsubishi, o Eclipse Cross é um dos lançamentos mais importantes da empresa em solo nacional nos últimos anos. Terá como rivais Jeep Compass, líder do segmento, Hyundai TucsonKia Sportage, com o objetivo de emplacar 300 unidades/mês. 

O volume é tímido perto dos 5 mil ao mês do Compass, mas para a montadora é  significativo, quase na faixa do ASX, que comercializa uma média de 470 unidades ao mês e custa R$ 20 mil a menos na sua versão topo de linha.

A fabricante estuda nacionalizar o Eclipse Cross, com produção em Catalão (GO), o que certamente elevaria essa projeção nas lojas.

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O interior oferece um acabamento que mescla material emborachado no painel, couro nas portas e detalhes cromados.Mitsubishi/ Divulgação

Pré-venda garante preço 

A pré-venda já foi aberta no hotsite, onde o interessado pode realizar um cadastro para depois ser convidado pela concessionária mais próxima a conhecer o veículo e efetuar a reserva. 

Este cliente não só ganhará a preferência na compra quando os carros começarem a desembarcar por aqui como terá a garantia de que pagará o mesmo valor anunciado agora, uma vez que a tabela pode mudar lá na frente com a variação constante do dólar.

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A confiança da Mitsubishi em repetir o relativo sucesso do Eclipse original se justifica pelos predicados do modelo. 

Ele se destaca logo de cara pelo visual. A frente é marcante, com detalhes que remetem ao irmão maior Outlander, e alinhada à nova assinatura da marca, batizada de Advanced Dynamic Shield.

A frente exibe a nova assinatura da Mitsubishi, com faróis bem afilados e o complemento da grade em forma de bumerangue cromado cortando o para-choques. Mitsubishi / Divulgação

Nela, os faróis são bem afilados e a grade se completa com dois bumerangues cromados combinados ao para-choques. 

A traseira exibe lanternas também em formato de bumerangue, de tamanho reduzido que remetem ao desenho da Volvo. 

Elas se interligam por uma barra luminosa que forma a terceira luz de freio e divide o vidro detrás. 

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Há um forte caimento da coluna C que transmite um ar de cupê, seguindo a receita dos BMWs X4X6 e dos Mercedes GLEGLC Coupé. O vidro duplo atrás também aumenta a visibilidade para o motorista.

O utilitário apresenta um caimento traseiro que deixa o SUV com um ar de cupê.Mitsubishi / Divulgação

Este teto mais rebaixado não implica num incômodo para a cabeça dos mais altos, mas se preferir há possibilidade de reclinar um pouco o assento para gerar mais conforto. Só que aí o capacidade do porta-malas cai de 488 litros para 341 l.

Motor agrada sem ser esportivo

Importado do japão, o Eclipse Cross estreia a nova plataforma global da marca e ainda um novo conjunto mecânico no Brasil, seguindo a tecnologia downsizingque diminui a litragem do motor ao mesmo tempo que proporciona uma tocada mais arisca e bons índices no consumo, principalmente com o uso do turbo.

O propulsor é o Mivec 1.5 turbo  a gasolina com injeção direta, associado ao câmbio automático do tipo CVT, que simula 8 marchas e traz paddle shifters (borboletas) atrás do volante para quem curte uma condução mais divertida com a troca manual.

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O câmbio automático do tipo CVT vem com a opção das borboletas atrás do volante para a troca manual das 8 marchas simuladas.Mitsubishi / Divulgação

O motor com 4 cilindros rende 165 cv e 25,5 kgfm de torque, disponíveis entre 1.800 e 4.500 rpm, e com tração integral na opção mais cara.

É claro que está distante do V6 3.0 turbo, de 210 cv, do antigo Eclipse cupê, mas a proposta do SUV é outra em tempos em que o consumo e a emissão de poluentes ditam as regras.

Mesmo assim são números similares aos elogiados 1.4 TSI, da Volkswagen (150 cv e 25,5 kgfm), e o 1.6 THP (165 cv e 24,5 kgfm),  da PeugeotCitroën/ BMW.

O modelo possui 2,67 m de entre-eixos e 20 cm de altura livre do solo.Mitsubishi / Divulgação

No test drive realizado entre Porto Alegre e Caxias do Sul, durante a apresentação do modelo à imprensa, constatamos que a escolha da marca pelo 1.5 turbo não decepciona.

Esqueça um comportamento esportivo como sugere o resgate do nome Eclipse. Trata-se de um carro feito para rodar com conforto em diferentes tipos de terreno. 

A presença do turbo até faz as respostas serem mais diretas nas saídas de cruzamentos, compensando a perda natural de agressividade do câmbio CVT. 

O carro resgata o nome Eclipse, usado pelo cupê esportivo que fez relativo sucesso no Brasil na década de 1990.Mitsubishi / Divulgação

Já em rodovia avalie bem na hora de ultrapassar um veículo num trecho curto de pista. A transmissão não é tão morosa como vemos em outros veículos com motorização aspirada, porém lembre-se que não há troca de marcha no modo automático, o que torna o ganho de velocidade mais demorado. 

O zero a 100 km/h acontece em longos 11,1 segundos no 4x2 e 11,4 s, no 4x4. O comportamento pode ser melhorado com a utilização do paddle shift no volantes.

Ao menos o bom isolamento acústico minimiza aquela gritaria típica do CVT invadindo a cabine à medida que rotação vai subindo.

O isolamento acústica da cabine miniminiza a invasão do grito do motor, típico quando vem associado ao câmbio CVT.Mitsubishi / Divulgação 

Confortável e sempre a mão

A suspensão independente nos dois eixos, com sistema McPherson na frente e Multilink atrás, absorve bem as imperfeições do piso sem transmitir a trepidação e solavancos aos ocupantes.

Encaramos pavimentos irregulares e trechos de terra com tranquilidade, longe de se incomodar com os buracos.

A suspensão bem calibrada, com sistema multilink na traseira, favaroce o rodar mais macio e sem solavancos, mesmo em pisos irregulares.Mitsubishi / Divulgação

Um dos destaques do carro é o comportamento em curvas. A rolagem da carroceria é mínima, mesmo quando pisamos mais fundo. Fruto de uma suspensão bem calibrada, que é o DNA dos carros da Mitsubishi.  

O nível de reforço estrutural, de equipamentos de segurança (são 7 airbags) e de tecnologia de assistência ao condutor garantiu ao Eclipse Cross a nota máxima (5 estrelas) no crash test realizado pelo Euro NCap (Europa), Latin NCap (América do Sul) e Asean NCap (Ásia).

Tecnologia de sobra

Eclipse Cross chega para ser um dos mais completos e modernos do segmento. A começar pelo sistema de tração integral, um dos pilares da Mitsubishi, chamado de S-AWC e que atua todo o tempo.

Com o auxílio de três modos de condução, que pode ser ativado por um botão no console, ela calcula a quantidade necessária de força a ser transmitida para as rodas conforme a exigência do terreno, ajudando também na estabilidade em pista escorregadia e facilitando transpor lamaçais e aclives acentuados.

SUV é uma verdadeira ‘sopa de letrinhas’ quando o assunto são dispositivos de segurança e comodidade. 

O pacote é formado pelos mais comuns, como o controle de estabilidade (ASC) e de tração (ATC), assistente de partida em rampa (HSA) e aviso sonoro e de luz nos espelhos de ponto cego (BSW).

O botão no console ativa o sistema o supercontrole da tração integral que calcula a necessidade de força em cada rodo conforme a exigência do piso.Mitsubishi / Divulgação

E também por outros recursos menos recorrentes na categoria, como os sistemas de prevenção de aceleração involuntária, que reduz os riscos de atingir obstáculos a até quatro metros (UMS); de aviso de tráfego traseiro, que ajuda a evitar colisões ao sair de uma vaga em marcha a ré (RCTA); e de aviso de saída de faixa de rolamento (LDW), caso o motorista se distraia e invada a faixa contrária ou saia no acostamento.

O modelo vem ainda com dois sistemas de condução semiautônoma: o piloto automático inteligente (ACC), que diminui e acompanha automaticamente a velocidade do veículo à frente, e a frenagem autônoma (FCM), que libera o carro a frear sozinho diante de uma iminente colisão frontal, seja com veículo ou pedestre.

A falta de um painel todo digital em um carro de R$ 150 mil é um dos poucos deslizes do Eclipse Cross.Mitsubishi / Divulgação

No Compass, por exemplo, o ACC vem apenas como opcional e nas versões mais caras, subindo o preço do modelo do Jeep em R$ 11 mil. A versão Limited pula para R$ 150.990, R$ 1 mil a mais que o valor de saída do Eclipse

O ACC empregado pela Mitsubishi é bem funcional, especialmente em trânsito pesado, pois ele não desativa quando o veículo faz rápidas paradas, como ocorre na maioria dos dispositivos existente no mercado. 

Porém se ele desarmar caso o tempo de imobilidade seja longo, basta pressionar o acelerador para reativar o piloto automático inteligente.

O head-up display colorido no alto do painel exibe informações do carro, como velocidade e piloto automático adaptativo.Mitsubishi / Divulgação

O motorista tem também à disposição facilidade e conforto para a condução. O head-up display projeta numa tela na parte de cima do painel informações do carro, como velocidade e avisos de assistência à direção.

Os bancos e o volante são revestidos em couro e o acabamento do painel traz material agradável ao toque (emborrachado estilo soft touch). 

O assento do motorista possui ajuste elétrico e todos os assentos - na frente e atrás - têm aquecimento, além disso o ar-condicionado digital é de duas zonas. 

Em resumo o Eclipse Cross é uma opção interessante para quem busca um SUV que ofereça muito conforto, tecnologia e segurança. Mas o preço pode ser um inibidor diante da oferta generosa de modelos no segmento.

O teto panorâmico duplo cria uma sensação de bem-estar dentro da cabine.Mitsubishi / Divulgação
Importado em versão única e completa, o modelo é farto em itens de série:

Eclipse Cross HPE-S 

R$ 149.990

Direção elétrica; faróis full led com luz diurna e regulagem de altura; luz alta automática; lanternas em led; ar-condicionado digital de duas zonas; banco do motorista com ajustes elétricos e aquecimento; interior na cor preta com detalhes metálicos; acabamento em couro e borracha em soft-touch; bancos traseiros bipartidos; controlador de velocidade automático adaptativo (ACC) e head-up display colorido.

Sistema multimídia com tela de sete polegadas, wifi e conexão com celulares e conexão com celulares via Apple CarPlay e Android Auto; câmera de ré; volante multifuncional; sensores de estacionamento dianteiro e traseiro; chave inteligente (keyless) com abertura e fechamento das portas sem chave; botão de partida; freio de estacionamento eletrônico; teto solar panorâmico duplo; e rodas de liga leve diamantadas de 18 polegadas com pneus Toyo.

Sete airbags; alerta de saída de faixa (apenas aviso, sem correção de volante); sistema de frenagem de emergência e de tráfego traseiro; assistente de partida em rampa; bancos traseiros declináveis e deslizantes; e isofix para cadeirinhas.

Eclipse Cross HPE-S AWC 

R$ 155.990

Agrega o sistema de tração integral inteligente S-AWC (Super-All Whee Control), expressão em inglês para Supercontrole de todas as rodas.

O jornalista viajou a convite da Mitsubishi

A primeir geração do Eclipse chegou no início da década de 1990 ao Brasil.Reprodução / Internet

O esportivo Eclipse virou estrela de cinema ao ser pilotado por Paul Walker no filme Velozes e Furiosos.Reprodução / internet
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