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Foto: Volkswagen/ Divulgação
Foto: Volkswagen/ Divulgação| Foto:

Enquanto que no Brasil a produção da sétima geração do Golf se despediu este ano da fábrica no Paraná e, consequentemente do mercado, na Europa o modelo mais vendido da Volkswagen no mundo é revelado em sua oitava geração.

E a estreia prevista para dezembro promete revolucionar o segmento. O destaque do Golf Mk8 está no interior. A maioria dos botões no console central foi eliminado, e os que sobraram estão quase ocultos no acabamento.

A alavanca do câmbio na versão automática é reduzida, similar a do Porsche 911. Já o volante é novo e repete o desenho do T-Cross europeu.

Foto: Volkswagen/ Divulgação
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O novo hatch médio oferece ainda o que há de mais moderno na marca em relação a ambiente digital. Ele estreia uma nova versão do painel de instrumentos 100% digital, com tela de 10,25 polegadas, que se une à central multimídia de 8,25", formando uma peça única - solução lançada no novo Touareg.

Essa combinação é chamada pela VW de Innovision Cockpit. Ela permite receber uma central maior, de 10”, e o head-up display, que projeta informações de condução no para-brisa.

O sistema é compatível com Amazon Alexa, um assistente por voz que pode tocar músicas ou notícias e também se comunicar com equipamentos da casa do motorista que funcionam também pelo Alexa.

O carro é conectado ainda com a internet por meio de um eSIM - evolução do SIM Card que elimina o uso de chip no celular.

O motorista pode, por exemplo, abrir e fechar as portas ou ligar o carro e o ar-condicionado pelo smartphone, encontrá-lo em um estacionamento ou marcar uma revisão nas concessionárias, além de obter informações do trânsito em tempo real.

Aviso de acidentes e congestionamento

O Golf 8 também é o primeiro Volkswagen a vir com tecnologia Car2X. Ela possibilita a comunicação entre veículos e a infraestrutura de trânsito, num raio de até 800 metros. Desta forma, o motorista é avisado de engarrafamentos, acidentes, veículos quebrados, entre outros.

A condução do modelo passa a ser semi-autônoma, com a presença do controle de cruzeiro adaptativo. Além de manter automaticamente o veículo na faixa da via em velocidades de até 210 km/h e curvas leves, também acelera e freia sozinho para seguir o ritmo do trânsito à frente.

O sistema ainda detecta placas de trânsito, alterando a velocidade programada conforme o limite da via.

Eletrificação domina o hatch

A Volkswagen está empenhada em pulverizar a eletrificação na sua gama, por isso, o Golf será o primeiro da fabricante a vir com cinco versões híbridas, sendo três delas com um sistema leve de 48V, no motor 1.0 TSI (turbo), de 110 cv, e duas como propulsor plug-in, com potências de 204 e 245 cv.

No primeiro caso, atuará com um gerador e um conjunto de baterias, que fornecerão energia para o carro em situações como saídas e acelerações. E também em velocidade de cruzeiro, desligando o motor a combustão a favor do consumo de combustível (cerca de 10%, segundo a VW).

O motor é religado instantaneamente sem que o motorista perceba essa transição, garante a montadora. A recuperação da energia ocorre nas frenagens e desacelerações.

Já na híbrida plug-in, as opções são o Golf eHybrid e o GTE, ambos com motor 1.4 TSI a combustão atuando em conjunto com uma unidade elétrica e câmbio DSG de 6 posições.

As baterias tem 50% mais capacidade do que o GTE anterior, que estreia no Brasil em novembro. A autonomia no modo elétrico é de 65 quilômetros.

A gama do novo Golf conta ainda com os motores convencionais. A opção de entrada é o 1.0 TSI, com três cilindros e potência de 90 a 110 cv. Há ainda o 1.5 TSI, de 130 ou 150 cv, com desativação de cilindro. E há ainda o 2.0 TSI, em diferentes configurações que podem alcançar 300 cv.

O pacote de motorização não para por aí. A lista conta com o 2.0 TDI a diesel, de 115 cv ou 150 cv, e o 1.5 TGI movido a gás natural. Neste último, a VW fala em redução de 17% nas emissões de gás carbônico e de 80%, nas de óxidos de nitrogênio (NOx). Justamente os gases "envolvidos" no escândalo do Dieselgate.

Led por todos os lados

Visualmente, o Golf 8 apresenta mudanças pontuais. A grade frontal está bem fina, com uma linha em led que une a parte de cima dos faróis nas versões híbridas e esportivas - nas demais, ela é cromada. O led está presente em toda a iluminação do carro.

A entrada de ar no para-choque está mais larga e as luzes de neblina têm formato horizontal. Destaque ainda para a linha de cintura mais alta na traseira, valorizando uma maior robustez ao carro. Já as lanternas exibem um novo desenho.

O modelo cresceu pouco. São 4,28 m de comprimento (4,25 m no anterior) e os mesmo 2,63 m de entre-eixos do G7. A Volks diz o coeficiente aerodinâmico foi aprimorado, com um Cx de 0,275.

O Golf 8 ao lado das outras gerações do carro. Foto: Volkswagen/ Divulgação
O Golf 8 ao lado das outras gerações do carro. Foto: Volkswagen/ Divulgação

Oitava geração no Brasil? Só carro de nicho

A oitava geração do Golf não tem previsão para estrear no Brasil. Mas se chegar, será em versões específicas, como GTI e GTE, pois a marca não tem planos por aqui de investir no segmento de hatches médios. Do Golf, teremos apenas a versão híbrida GTE da sétima geração.

O modelo foi lançado pela Volkswagen em 1974 e já teve cerca de 35 milhões de unidades vendidas globalmente, sendo o carro de maior sucesso da história da marca. No Brasil, o Golf foi fabricado durante 25 anos.

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