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O londrinense Amauri Vitório, de 41 anos, radicado em Curitiba há 30 anos, era um daqueles empresários cuja vida se resumia a horas intermináveis de trabalho. E o triste resultado disto foi a descoberta de um câncer que acabou forçando-o a trocar de vida e a recorrer a pescarias como forma de "tratamento".

Como as viagens para Mato Grosso se tornaram freqüentes, Vitório precisava encontrar um veículo espaçoso e confortável. Ele acabou optando pelo Renault Master e tão logo o retirou zero-quilômetro da concessionária colocou sua criatividade em ação. Primeiro colocou sete bancos da Kia Carnival. Depois revestiu a parede interior com feltro, a fim de reduzir o nível de ruído externo, e compensado naval para que pudesse fixar ferramentas como pá e machado. Dois tubos de PVC forrados em couro foram colocados nas laterais do teto para armazenar as varas de pesca. Objetos usados na beira do rio como cadeiras, cordas e um gerador de energia de 950 Watts, além dos mantimentos, ficam guardados num compartimento de madeira junto ao assoalho, na parte traseira do utilitário, local que também ganhou uma pequena cama e um bagageiro em estilo rede para comportar pequenos objetos e outros produtos mais frágeis. E o espaço embaixo do banco traseiro foi transformado em guarda-roupa.

Nas aventuras pelo pantanal matogrossense, o empresário, que sempre vai acompanhado dos amigos e familiares, costuma levar uma barraca iglu que é montada em cima do furgão. "Pretendo ainda colocar um suporte na lateral externa para a fixação de um toldo e uma segunda cama. A idéia é deixar o carro inteiramente com característica de camping", ressalta.

E para qualquer imprevisto nas estradas ou trilhas, o Master está equipado com um guincho elétrico que pode arrastar até 5,4 mil quilos.

As modificações feitas deram ao furgão o status de camionete, alteração de categoria registrada na documentação do automóvel e aprovada após vistoria do Inmetro. A funcionalidade da Master fez com que o empresário abrisse mão de um outro carro para o dia-dia. Ele a utiliza para levar os filhos a escola, ir ao trabalho e até realizar ações sociais em instituições de caridade.

"Depois que descobri o câncer cheguei a conclusão de que o estilo de vida tem que ser construído antes da necessidade. Aprendi que a quantia gasta em dez dias de pescaria não paga uma diária na UTI", conclui.

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