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Quando menos se espera o motor do carro aquece e trava sem nenhum aviso. Ao abri-lo surge o pesadelo de muitos donos de automóveis atualmente. É a temível borra negra, um fenômeno dos novos tempos e que pode acabar pesando muito no bolso dos motoristas. Essa espécie de graxa surge devido à solidificação do óleo lubrificante do propulsor, podendo entupir vários componentes como corpo da injeção, coletor de admissão, válvulas e cabeças de pistões.

Dois fatores estariam contribuindo para o surgimento deste problema. O primeiro motivo, explica Marcel Mokwa, proprietário da Especializada Saint Germani, oficina mecânica em Curitiba, é que muitos motoristas estão demorando para fazer a troca do óleo do motor. "Quanto mais cedo ele for substituído, menor a probabilidade de se formar a borra. O líquido velho forma uma graxa no fundo do cárter (reservatório de óleo embaixo do propulsor) provocando o entupimento do sistema e até travando o motor. Por isso é importante ficar atento ao prazo estipulado pelo fabricante", salienta. Mokwa aconselha, no entanto, que os motoristas realizem as trocas a cada 5 mil quilômetro se for óleo mineral e 7,5 mil quilômetros se o produto for sintético ou semi-sintético. Mas de nada adiantará trocar o óleo e não substituir o filtro do lubrificante. A dica é trocar o componente a cada duas trocas de óleo.

O uso de combustível de má qualidade seria a outra causa para o aumento dos casos de borra negra nos propulsores. "A gasolina adulterada que contém solventes faz com que o combustível não queime direito dentro do motor. Os resíduos não queimados portanto, descem para o cárter e iniciam o processo de contaminação do óleo. Quanto mais o motor funciona, mais borra é formada", salienta Valdir Ribas Júnior, proprietário da oficina Di Auti, também na capital. Por isso, recomenda ele, os motoristas devem sempre optar por postos que comprovadamente ofereçam combustível de qualidade.

Existem, inclusive, alguns sintomas que podem indicar que o motor do carro está sofrendo do "mal da borra negra". "Se a luz do óleo acender com o carro em movimento, já fique atento", alerta José Ricardo de Souza, gerente da Injetec Tecnologia Automotiva. Além disso, se o motorista começar a ouvir um barulho estranho vindo do propulsor – algo como um "tac, tac, tac" – vale a pena procurar um mecânico de confiança para fazer uma inspeção.

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