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Os mais antigos vão lembrar do Romi-Isetta, o primeiro carro fabricado no Brasil, na década de 1950, e que tinha como peculiaridade a abertura da porta pela dianteira e o tamanho reduzido, de apenas dois lugares. O modelo estranho, e ao mesmo tempo simpático aos olhos dos saudosistas, foi produzido por diferentes marcas, como a BMW, e fez fama mundo afora como o pequenino Isetta.

Pois o icônico carrinho está de volta, agora com o nome de Microlino. Desenhada pelo empresário suíço Wim Ouboter em parceria com a Universidade de Ciências Aplicadas de Zurique, a releitura está prevista para estrear na Europa em dezembro deste ano e o preço será na faixa de € 12 mil (cerca de R$ 54 mil). 

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Recentemente ele recebeu a homologação para trafegar nas ruas, cumprindo os requisitos de segurança. Pela imagem do interior divulgada pela marca, a versão protótipo não parecia trazer airbags, o que não é obrigatório em alguns países da União Europeia. 

Mas certamente pelo padrão de segurança europeu é provável que a versão final venha com um bom nível de proteção estrutural e até com os dispositivos citados acima. Se for vendido em países como EUA e Brasil, então, os itens serão indispensáveis.

>> Veja o vídeo de divulgação do Microlino

Em sintonia com os novos tempos, o modelo é totalmente elétrico e será vendido em duas versões: uma com autonomia de 120 km e a outra com 215 km, com a recarga total numa tomada doméstico em 4 horas. A potência máxima é de apenas 21 cv, porém o torque de 11,2 kgfm e peso reduzido de 500 kg fazem o veículo ir de 0 a 50 km/h em rápidos 5 segundos, com velocidade máxima de 90 km/h. 

Microlino mede somente 2,43 metros, o que permite estacionar de frente nas vagas de rua. Já o porta-malas leva 300 litros de bagagem. Apesar de ser maior que o Isetta (que media 2,28 m e pesada 300 kg), a novidade segue à risca a inspiração no modelo do passado, como a porta única com painel e direção integrados, espaço para duas pessoas e bitola traseira bem estreita. 

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Os faróis ficam posicionados nas laterais, na altura do retrovisor externo. Já a traseira conta com tampa de vidro tal qual no Fiat Mobi. O primeiro lote terá 25 unidades a serem entregues até o fim do ano na Suíça. Em 2019, ele chegará também à Alemanha e no futuro a outros mercados - ainda sem previsão de sair da Europa. O cliente terá ainda a opção de escolher uma versão que traz um patinete elétrico como acessório e também diferentes cores da carroceria combinando com a branca, como verde, azul, laranja, vermelha e a toda preta.

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História do Isetta

O Isetta foi uma modelo para dois ocupantes lançado em 1953 na Itália como um veículo urbano e baixo custo. Vendido também na Espanha, Bélgica, Alemanha, França e Reino Unido, fazia 25 km/l de combustível e era a opção para quem podia investir em um meio de transporte além de bicicletas e motonetas. 

Chegou ao Brasil em 1956, após uma parceria da italiana Iso com a Romi, empresa brasileira de máquinas e equipamentos agrícolas, sediada em Santa Bárbara d’Oeste (SP) - daí o nome Romi-Isetta. Foi o primeiro automóvel feito em série no Brasil - já que antes os veículos eram apenas montados por aqui. No total, fabricadas cerca de 3 mil unidades do carrinho até 1961. 

Produção do Romi-Isetta em Santa Bárbara d’Oeste (SP).
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