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Foto: Ford/ Divulgação
Foto: Ford/ Divulgação| Foto:

Acabamos de virar o semestre de 2019 e alguns carros já ficaram pelo caminho, sendo aposentados do nosso mercado. De hatch a minivan, a lista possui modelos importantes, que marcaram a história automotiva brasileira. Confira quais são eles e os motivos para saírem de cena:

FORD FOCUS

Foto: Ford/ Divulgação
Foto: Ford/ Divulgação

Para muitos, o Focus foi um eterno injustiçado. Com 19 anos de mercado nacional e três gerações, deixou de ser fabricado na Argentina, de onde vinha para o Brasil.

O modelo foi sinônimo de inovação e arrojo no desenho. De mecânica refinada, com suspensão traseira multilink, passou a ser referência no segmento pelo ótima dirigibilidade.

As vendas estavam em baixa há um bom tempo, com o declínio do segmento de hatches médios no país e o sucesso crescente dos SUVs compactos. A extinção do Focus faz parte da estratégia da marca de investir só em SUVs e picapes.

FORD FIESTA

Presente no mercado brasileiro há 24 anos, o Fiesta chegou primeiro importado da Espanha em sua terceira geração. Depois foi nacionalizado e virou um sucesso de vendas.

Ganhou alguns apelidos, como 'chorão', pelos faróis arredondados, e depois de 'Fiesta gatinho', já com os faróis mais angulados. O nome de New Fiesta veio na quinta geração e inaugurou a fábrica de Camaçari (BA), em 2002.

Mais tarde passou a ser importado novamente, desta vez do México, até ser produzido em São Bernardo do Campo (SP) já na sexta geração. Com o fim da operação da fábrica paulista neste ano, o modelo sai do catálogo da Ford.

A modernização do Ka também canibalizou o Fiesta, que em 2018 emplacou 14,5 mil unidades, contra 103,2 mil do irmão de entrada.

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PEUGEOT 308 e 408

Foto: Peugeot/ Divulgação
Foto: Peugeot/ Divulgação

Ambos era produzidos na Argentina e amargavam uma procura baixa nos últimos dois anos, mesmo com a reestilização de 2015 quando o visual dos modelos ficaram mais próximos ao da versão europeia.

O hatch acompanhou a derrocada do segmento de sedãs médios, que vem encolhendo drasticamente com o sucesso dos SUVs compactos. Já o sedã foi engolido pela evolução dos principais concorrentes, como Toyota Corolla, Honda Civic e Chevrolet Cruze.

Foto: Peugeot/ Divulgação
Foto: Peugeot/ Divulgação

A dupla possuía uma boa relação custo-benefício, especialmente no fim da vida brasileira, quando era oferecido sempre com motor 1.6 turbo, de 173 cv.

Os números de emplacamentos em 2018 decretaram a decisão da Peugeot em abrir mão dos modelos em fevereiro deste ano: foram apenas 434 unidades do 308 e 739 do 408.

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MERCEDES-BENZ VITO

Ela estreou por aqui no fim de 2015 disposta a ser a 'Kombi de luxo' para o transporte de carga e passageiros. Foi bastante elogiada, especialmente pelo bom motor 2.0 turboflex, de 184 cv.

Só que o modelo vinha da Argentina e por lá a produção foi encerrada neste ano. Apesar de não confirmado pela Mercedes, o motivo teria sido o baixo número nas vendas.

No Brasil, por xemplo, a Vito emplacou 864 unidades em pouco mais de três anos de mercado no segmento de van e furgão. Já o Citroën Jumpy, seu rival direto, licenciou 1.137 exemplares só em 2018.

KIA PICANTO

Foto: Kia/ Divulgação
Foto: Kia/ Divulgação| Seagram Pearce

O pequenino hatch se despediu novamente do mercado brasileiro, após a Kia ter interrompido a importação em 2017. No ano passado, o modelo voltou em nova geração apenas na versão mais completa, a GT, que trazia um visual mais esportivo.

Quando chegou ao Brasil em 2006, o Picanto se destacava pela ampla lista de itens de série. Por um preço até acessível para os padrões brasileiros, as versões mais completas ofereciam ar-condicionado digital, teto solar e lanternas em led.

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Em 2010, viveu o auge com quase 9,5 mil unidades vendidas. No ano seguinte, o governo começou a fechar o cerco aos importados e carro urbano viu a procura cair drasticamente. Em 2018, foram só 115 exemplares negociados. A variação constante do dólar fez a marca sul-coreano sepultar o Picanto de vez.

HYUNDAI TUCSON

Foto: Hyundai Caoa/ Divulgação
Foto: Hyundai Caoa/ Divulgação

Após 15 anos de mercado a Hyundai decidiu aposentar a primeira geração do Tucson, que ainda era vendida como zero km no Brasil, mesmo com as presenças no mercado nacional do ix35 (segunda geração do Tucson na Europa) e o New Tucson (terceira geração).

O modelo era feito na fábrica da Hyundai Caoa em Anápolis (GO). A linha de montagem do velho Tucson foi substituída por outra que atende à nova família de SUVs da parceria Caoa Chery, formada pelo Tiggo 5X, o Tiggo 7 e o Tiggo 8 - este último programados para o fim de 2019.

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Lançado na Europa em 2004, o Tucson chegou ao Brasil no ano seguinte e só começou a ser montado no por aqui no fim de 2009. O modelo se destacava pelo amplo espaço na cabine, bom nível de equipamentos de série e preço mais convidativo em relação à média de mercado.

Com a chegada do Creta, que virou um sucesso de mercado, a saída de cena do Tucson era certa.

VOLKSWAGEN GOLF VARIANT

Foto: Volkswagen/ Divulgação
Foto: Volkswagen/ Divulgação

Mais uma vítima da febre dos utilitários esportivos compactos. E dentro da mesma marca. A Volkswagen anunciou que deixaria de importar o Golf Variant, coincidentemente na semana que abriu a pré-venda do T-Cross.

A marca também culpou as vendas baixas no segmento pelo fim da importação do carro. Em 2018 foram apenas 503 unidades emplacadas do modelo, abaixo de Fiat Weekend (3.165) e da VW SpaceFox (5.573).

Importado do México, o Golf Variant foi lançado por aqui em 2015. Passou por uma reestilização em 2018 e era vendida com motor 1.4 TSI turboflex, de 150 cv e 25,4 kgfm e câmbio automático de 6 marchas.

CITROËN C4 PICASSO

Foto: Citroën/ Divulgação
Foto: Citroën/ Divulgação

Os 18 anos de Brasil da linha Picasso chegou ao fim em maio, quando a Citroën anunciou que não importaria mais a terceira geração da família de minivans, que atendia pelo nome de C4 Picasso.

O modelo se destacava pelo amplo espaço interno e a sofisticação à bordo, como massageadores para a primeiro fileira de bancos. O motor 1.6 turbo, de 165 cv, também era outro ponto alto.

No entanto a minivan foi afetada pela nova ordem dos SUVs, com a própria concorrência caseira do C4 Cactus. No ano passado, foram comercializadas somente 298 unidades.

VOLKSWAGEN GOLF 1.0 e 1.4 TSI

Foto: Volkswagen/ Divulgação
Foto: Volkswagen/ Divulgação| Pedro Danthas

As motorizações de menor cilindrada do Golf não estão mais disponíveis no modelo, que ainda é feito em São José dos Pinhais (PR). O modelo agora só é vendido apenas na opção esportiva GTI e até o fim do ano também na híbrida GTE.

A decisão de enxugar a gama do hatch médio está relacionada à estratégia da montadora em apostar na trinca Polo, Virtus e T-Cross como produtos de volume.

O Golf já vinha mal das pernas em vendas e foi impactado diretamente com a chegada do inédito SUV compacto. As duas versões 'aposentadas' ocupavam a mesma faixa de preço do utilitário, entre R$ 90 mil e R$ 110 mil.

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