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Funcionários da fábrica da Renault em Córdoba (Argentina) anunciam o fim da produção me mensagem no Whatsapp. | Reprodução/Whatsapp
Funcionários da fábrica da Renault em Córdoba (Argentina) anunciam o fim da produção me mensagem no Whatsapp.| Foto: Reprodução/Whatsapp

A agonia do Renault Clio chega ao fim. Após se arrastar em vendas há um bom tempo o hatch será descontinuado na fábrica da Argentina, de onde vem para o Brasil. É mais um clássico de entrada a dar adeus em menos de dois anos - antes o Chevrolet Classic e o Celta também saíram de cena.

O Clio teve uma trajetória de 16 anos no mercado nacional. Chegou a ser considerado um modelo premium quando foi pioneiro no segmento a vir de série com airbag duplo frontal, no início da década passada.

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Ele abrirá espaço ao Kwid, compacto com estilo de SUV que será uma das estrelas da Renault no Salão de São Paulo, em novembro, e que começa a ser vendido no primeiro trimestre de 2017.

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Por enquanto, a aposentadoria é extraoficial. A ‘notícia’ foi divulgada por meio de um grupo de WhatsApp formado por funcionários da linha Clio no complexo de Córdoba, na Argentina. A imagem que correu as redes sociais mostra duas ‘placas’ improvisadas com a inscrição “Último Clio – 549.948”.

A Renault do país vizinho evitou se pronunciar a respeito, mas informa que o fará mais adiante. Já os sites argentinos dizem que brigas entre a montadora e o sindicato motivaram os empregados a vazar a antecipação do fim do modelo.

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O Clio que se despede teve uma trajetória que não passou da segunda geração - na Europa, está na quarta geração e é um dos campeões de venda da marca francesa.

A fabricante deu uma sobrevida ao hatch apostando apenas nas reestilizações para mantê-lo alinhado com o restante da gama.

A mais recente aconteceu em 2012, quando o compacto adotou a nova identidade visual da marca, valorizada pelo enorme logotipo em destaque na renovada grade frontal.

A estratégia teve reflexo e o Clio viu as vendas crescerem em 2013, quando o seu motor 1.0, de 80 cv, ganhou o título de o mais econômico do Brasil.

O esboço de sucesso, porém, durou pouco, perdendo ritmo no ano seguinte. Fechou em 2015 na penúltima posição no ranking de emplacamentos dos carros de entrada, à frente apenas do que restou do estoque do Peugeot 207.

Neste ano, manteve a mesma posição, com média de 1,2 unidades emplacadas ao mês. Ele superou somente as sobras de estoque do Chevrolet Celta, aposentado no ano passado. Atualmente vendido por R$ 34.985.

Kwid com airbags laterais

A vaga do Clio de carro de entrada da Renault no Brasil será ocupada pelo Kwid. O hatch com jeitão de SUV subcompacto ficará numa faixa de preço ligeiramente abaixo do Sandero, com tabela inicial entre R$ 35 mil e R$ 40 mil, e será produzido na fábrica de São José dos Pinhais.

Será o primeiro da categoria de entrada no mercado brasileiro a oferecer airbags laterais de série, além dos obrigatórias bolsas frontais. Atualmente, o modelo mais em conta a dispor das airbags adicionais é o Fiat Palio na versão Essence 1.6. O item de segurança é opcional (R$ 1.998) e faria o modelo custar R$ 52.138.

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Os sidebags, como são conhecidos, geralmente são instalados ao lado dos encostos dos bancos dianteiros e/ou traseiros. Têm a função de proteger o tronco dos ocupantes de lesões ocasionadas pela invasão da coluna B em caso de impacto lateral. Ombros, costelas, braços e até as cabeças ficam menos expostos durante a colisão.

O Kwid virá ainda com o sistema Isofix para ancoragem da cadeira infantil, também disponível em um dos seus concorrentes diretos, o up! (a partir de R$ 36.750 com 4 portas). Já o Fiat Mobi (R$ 31.900), outro rival, não oferece o sistema de fixação.

Projeto global, o exemplar já é vendido na Índia. Por lá, ele tem uma proposta bem popular, sem recursos de segurança, como airbag duplo frontal e ABS (obrigatórios no Brasil), e acabamento simples.

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A montadora ressalta que o modelo será adaptado para o mercado brasileiro pela Renault Technology Americas, um dos seus sete centros de engenharia ao redor do mundo, localizado na planta brasileira. Além das adições de equipamentos de segurança, haverá também modificações na parte estrutural.

Ele terá aumento em cerca de 20% no peso total, na comparação com o indiano (passará de cerca de 650 kg para perto de 800 kg - só o banco do motorista pesa 9 kg a mais). A gordura a mais se deve pelos reforços no monobloco e uso de aços de maior resistência.

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O peso ‘leve’ do veículo (o Mobi pesa 907 kg) e o motor eficiente devem resultar num consumo digno para brigar pelo posto de o carro flex mais econômico do país - a Renault desenvolveu um motor 1.0, com três cilindros, que também migrará para o Sandero e o Logan.O câmbio será manual de cinco velocidades.

A eficiência no consumo pode ser ainda melhor caso se confirme a expectativa de que também utilize o motor 0.8 indiano, com 62 cv e que faz 25,17 km/l. Neste caso, equiparia a versão mais cara do Kwid.

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