Avaliação
Conjunto mecânico é silencioso
Em um trecho de aproximadamente 80 quilômetros, entre ruas e rodovias congestionadas em São Paulo, avaliamos a versão top de linha Privilége. Como o carro conta com regulagens de altura do assento e de profundidade e altura da coluna de direção fica fácil de encontrar a melhor posição para dirigir. E como o Fluence assim como o antecessor Mégane possui cartão em vez de chave, basta estar com ele por perto e apertar o botão Start/Stop no console central para dar a partida no carro.
Como já é característica da transmissão continuamente variável (CVT), a condução é linear e não há solavancos. Nas trocas sequenciais, as trocas de marcha também são realizadas de forma suave. Mesmo quando o pedal do acelerador é pressionado com mais força e o giro chegando perto dos 5.000 rpm, quase não se nota ruído do motor. O conjunto mecânico é silencioso e não gera incômodo dentro da cabine. Quem está na posição do carona, conta com um banco confortável e desfruta de saída de ventilção independente e que permite ajustar a temperatura ideal.
Saiba Mais
Conheça algumas curiosidades relacionadas ao novo sedã:
- O Renault Mégane foi lançado no Brasil em 2006, mas nunca deslanchou em vendas. Em quatro anos de produção, apenas 34.369 unidades foram comercializadas.
- O Fluence foi desenvolvido na Coreia do Sul e é vendido lá como Samsung SM3.
- No Fluence, a chave- cartão agora possui a função hands free, ou seja, não é preciso tirá-lo do bolso para travar ou destravar as portas e até para dar a partida no motor (acionado por um botão no painel).
- Já o sistema de navegação, desenvolvido em parceria com a TomTom, tem tela colorida de cinco polegadas com controle remoto, disponível apenas na versão Privilège.
Como o Mégane não teve forças suficientes para enfrentar seus concorrentes na briga dentro do segmento dos sedãs médios, atualmente liderado pelas marcas japonesas Toyota e Honda, a francesa Renault tenta nova investida lançando o Fluence. Revelado no Salão do Automóvel de São Paulo, o sedã só chega às concessionárias em fevereiro de 2011, com preços a partir de R$ 59.900, mas a sua pré-venda será iniciada nesta semana.Enquanto o Mégane era produzido na planta da Renault em São José dos Pinhais (PR), o Fluence é fabricado na Argentina, em Córdoba, e já está à venda naquele mercado. No Brasil, ele terá duas versões de acabamento: Dynamique e a top de linha Privilège e apenas uma motorização, a 2.0 16V que rende 143 cv (etanol) e 140 cv (gasolina). Haverá duas caixas de marchas, a manual de seis velocidades ou a continuamente variável (CVT) com opção de troca sequencial ( as caixas são as mesmas que equipam modelos da Nissan). Embora pertença ao segmento dos sedãs médios, o Fluence visto de fora passa a impressão de que pertence ao time dos sedãs grandes. Essa sensação tem certo fundamento pois as dimensões do Fluence são, em alguns casos, maiores que as de seus concorrentes diretos. De comprimento, ele mede 4,62 metros, 13 centímetros a mais que o Civic e 8 cm maior que o Corolla. A distância entre-eixos, de 2,70 m, leva 10 cm de vantagem em comparação ao Toyota. A largura do Fluence é de 1,81 m, 6 cm a mais que a do Civic, e 5 cm maior que o Corolla. Ao confrontar os 530 litros disponíveis no porta-malas, o novo Renault também sai na frente dos japoneses. Em relação ao modelo da Honda, a vantagem é de 190 litros e comparando com o modelo da Toyota, são 60 litros a mais.
Desde o modelo mais básico, o sedã oferece seis air bags (frontais, laterais e tipo cortina), acendimento automático dos faróis, freios ABS com EBD distribuição eletrônica da força de frenagem (EBD) e assistência a frenagem de emergência (AFU), faróis de neblina, sensor de chuva, ar-condicionado digital de duas zonas, chave-cartão e rádio-CD MP3. No modelo mais equipado são incorporados controle eletrônico de estabilidade (ESP) e controle de tração (ASR), sensor de estacionamento traseiro, banco com revestimento em couro, dois tons no acabamento interno, retrovisores rebatíveis, piloto automático, sistema de som 3D e um sistema de navegação GPS desenvolvido em parceria com a TomTom.
Como opcionais, o Fluence Dynamique oferece bancos em couro por R$ 1.800 e teto solar elétrico por mais R$ 2.500. A versão Privilège pode ser equipada com o teto solar, faróis de xenônio e sistema antiesmagamento por R$ 4 mil. Completa, o preço da versão top de linha chega a R$ 79.990.
A meta de Renault é vender 20 mil unidades do novo sedã em 2011, montante que tira a terceira posição no ranking de vendas do segmento do Chevrolet Vectra. Em participação de mercado, a fabricante pretende saltar dos 7% obtidos com o Mégane para 12% com o Fluence. Se a previsão se confirmar, o sedã médio terá pela frente somente os rivais Corolla e Civic.
Conjunto mecânico
O Renault Fluence ganhou um novo conjunto mecânico em relação ao Mégane. Ele também dispensou a motorização de menor cilindrada (a 1.6 16V) que equipava seu antecessor. O novo sedã médio é impulsionado por um propulsor 2.0 16V desenvolvido pela aliança Renault-Nissan que se destaca por ser 38 quilos mais leve que o anterior, de mesma cilindrada, que equipava o Mégane.
O motor rende 143 cv de potência com etanol e 140 cv com gasolina a 6.000 rpm e torque máximo de 19,9 kgfm e 20,3 kgfm a 3.750 rpm, com os mesmos combustíveis, respectivamente, ou seja, o tempo em que motores multiválvulas tinham o pico de torque em rotações altas ficou para trás.
A versão Dynamique vem de série com câmbio manual de seis marchas, enquanto a top Privilège é equipada com uma transmissão continuamente variável CVT opcional na de entrada. Batizada de X-Tronic, ela ainda permite trocas sequenciais, também de seis velocidades. Esse tipo de caixa se destaca pela operação suave.
De acordo com dados fornecidos pela Renault, o Fluence com a transmissão manual acelera de 0 a 100 km/h em 9,7 s e atinge a velocidade máxima de 200 km/h. Com o câmbio CVT, os números são ligeiramente piores. O 0 a 100 km/h é feito em 9,9 s e a velocidade máxima é de 195 km/h também com combustível vegetal.
O jornalista viajou a convite da Renault.
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