O movimentado segmento dos SUVs compactos ganhará no início de abril um dos competidores mais agressivos e esperados do ano: o Jeep Renegade, que representa uma mudança tanto para a categoria quanto para os rumos da marca no Brasil. Até então conhecida apenas por oferecer produtos premium com preços superiores aos R$ 105 mil, a montadora pertencente ao grupo FCA (Fiat Chrysler) trará no início de abril um carro mais acessível, com valores na casa dos R$ 70 mil aos R$ 117 mil.
De série
Veja os principais itens de cada versão:
Jeep Renegade Sport 1.8 flex MT - R$ 69.900
Câmbio manual de 5 marchas, direção e freio de estacionamento elétricos, volante multifuncional com ajuste de altura e profundidade, banco do motorista com regulagem de altura, banco traseiro bipartido e cintos de três pontos, Isofix, controle eletrônico de estabilidade e de tração, assistente de subida em rampa, faróis de neblina, freios a disco nas quatro rodas, sensor de estacionamento traseiro, rádio com bluetooth e USB, repetidores de seta no retrovisor e rodas 16”.
Jeep Renegade Sport 1.8 Flex AT6 - 75.900
Acrescenta o câmbio automático de 6 marchas.
Jeep Renegade Sport 2.0 4x4 AT9 - 99.900
Todos os itens da versão anterior, mais motor a diesel 2.0 e câmbio automático de 9 marchas, tração 4x4 Jeep Active Drive Low, controle eletrônico de descida, luzes diurnas e seletor com quatro tipos de
terreno.
Jeep Renegade Longitude 1.8 AT6 - R$ 80.900
Motor 1.8 e câmbio de 6 marchas, volante com acabamento em couro, aletas, ar de duas zonas, câmera de estacionamento traseira, ganchos de fixação de carga no porta-malas, rack de teto, central multimídia com tela de 5” com GPS integrado e rodas 17”.
Jeep Renegade Longitude 2.0 AT9 - R$ 109.900
Todos os itens da versão anterior, mais motor diesel 2.0 e câmbio de 9 velocidades, aletas atrás do volante, controle eletrônico em descida , seletor para quatro tipo de terreno e tração 4x4 Jeep Active Drive Low.
Jeep Renegade Trailhawk 2.0 4x4 AT9 - R$ 116.900
Motor 2.0 turbodiesel e câmbio de 9 velocidades, aletas para troca de marchas, manopla de câmbio com revestimento em couro, acendimento automático dos faróis, painel de instrumentos de 7” colorido, seletor para cinco tipos de terreno, sensor de chuva e suspensão off-road.
Até maio, a previsão é que a Jeep mostre uma versão ainda mais barata, de R$ 66.900. Por ora, o utilitário será oferecido nas versões Sport (R$ 69,9 mil a R$ 99,9 mil), Longitude (R$ 80,9 mil a R$ 109,9 mil) e Trailhawk (R$ 116,9 mil), com as opções de motor 1.8 flex e 2.0 turbodiesel, associadas aos câmbios manual de cinco marchas (exclusiva da Sport) e automáticos de seis e de nove velocidades (esta disponível apenas para o propulsor mais potente).
ENKONTRA.COM VEÍCULOS: Renegade com preços a partir de R$ 70 mil
Com o lançamento, a montadora tem em vista aquele que deverá ser o único segmento a prosperar no desaquecido ano de 2015, segundo o diretor da marca Jeep para a América Latina, Sérgio Ferreira. E a competição será voraz. Enquanto a Honda mostrou neste mês o seu HR-V, a Renault exibirá em breve o Duster reestilizado e a Peugeot trará em abril o crossover 2008. Para encarar os oponentes, porém, a Jeep terá um produto que aposta no design e nas tecnologias e itens de série.
2 concessionárias
Venderão o Jeep Renegade em Curitiba: a Jeep Florença e a Divesa, cada uma com duas unidades. Os carros estão disponíveis apenas no show room. A previsão é que os test drives começarão a partir desta semana.
No visual, as linhas do Renegade se inspiram no desenho do clássico Willys e do Wrangler, mas com formas mais arredondadas e modernas. De série, o modelo tem suspensão independente nas quatro rodas, controle de tração e de estabilidade, faróis de neblina, sensores de estacionamento traseiros e repetidores de seta nos retrovisores em todas as configurações. Entre as demais tecnologias disponíveis estão o sistema de estacionamento autônomo park assist, câmera de ré traseira, monitoramento de pontos cegos, air bags laterais, de cortina e de joelhos, ar de duas zonas, controles de estabilidade e anticapotamento e assistência em subida e descida. A fabricante oferece central multimídia com telas touchscreen de 5” e de 6,5”e sistema UConnect, com conexão bluetooth, GPS e comandos de voz.
Motores
A gama de motores à disposição do público é a 1.8 E torq Evo flex, de 132 cv e 19,1 kgfm de torque máximo as 3.750 rpm, e a 2.0 MultiJet II turbodiesel, de 170 cv e 35,7 kgfm às 1.750 rotações. O propulsor de 1,8 litro tem como base o mesmo usado em carros da Fiat, como o Punto e o Bravo. Entretanto, segundo a Jeep, o bloco passou por ajustes para entregar um torque mais elevado em um giro mais baixo – o motor dos hatches, por exemplo, chega aos 18,9 kgfm as 4.500 rpm.
Com isso, o Renegade será o primeiro veículo da categoria a possuir um bloco movido a diesel e com preço inferior aos R$ 100 mil. Outra novidade é a caixa automática de nove marchas, a mesma que equipa outros modelos da marca, como o Cherokee, e o inédito câmbio de seis velocidades.
Além disso, a Jeep mantém no modelo o DNA fora de estrada que tornou a marca famosa, ao equipá-lo com o sistema 4x4 Jeep Active Drive Low, que aciona eletronicamente a tração nas quatro rodas apenas quando necessário. As versões com essa tecnologia possuem quatro opções de modo de condução de acordo com os terrenos: a automática, a Snow (neve), a Sand/Mud (areia/lama) e a Rock (pedra), esta última apenas para a topo de linha.
Utilitário urbano com DNA aventureiro
Utilitários compactos são carros urbanos em essência, com pouca vocação para a terra, mas o Jeep Renegade muda essa lógica de figura. Primeiro, porque o carro carrega em si o DNA da marca, que se notabilizou pela força e pela valentia. O SUV é parrudo e a impressão de robustez não se dá só quando ele é visto de fora. Ao volante, a versão Sport 2.0 turbodiesel dá a sensação de que o motorista está de fato à frente de um carro de grandes proporções, embora seja menor que os demais carros da marca.
O câmbio de nove marchas responde bem às retomadas e o interior é ousado e refinado, com materiais agradáveis ao toque e 25 ‘surpresas’ espalhadas na cabine – os chamados easter eggs, que, no caso, são logos da Jeep escondidas no veículo. A direção não é tão macia quanto a de rivais como o HR-V, e a suspensão é mais dura que a do oponente.
Mas a justificativa está no fato de o Renegade ser um carro tanto para a rua quanto para o off-road. No curto ‘rali’ feito durante o test drive, o modelo se saiu melhor na terra do que no asfalto. A tração nas quatro rodas, aliada às tecnologias de seleção de terrenos e de distribuição de tração, fizeram com que o jipinho superasse pedras, pequenos atoleiros e subidas e descidas íngremes com facilidade.
Mais do que um carro com apelo aventureiro, o utilitário dá ao comprador a possibilidade de colocá-lo na lama sem dó, mas no quesito maciez no volante, ele ainda fica trás do HR-V.
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