Carro de colecionador é uma atração à parte. Quando passa pela rua é inevitável que as pessoas não torçam o pescoço e comentem sobre a conservação do veículo. Dentre essa galeria de relíquias sobre quatro rodas que trafegam por Curitiba, a ambulância militar VTE (Viatura de Transporte Especializada), modelo F81, tem obtido destaque. O responsável pela restauração da relíquia é o procurador federal aposentado Sérgio Bartachevits. Segundo ele, existem apenas quatro modelos preservados no país, sendo o dele o único no Paraná os outros estão em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A paixão por carros militares começou ainda quando criança. Bartachevits cresceu escutando as histórias do avô Frederico Dalmann que lutou pela Alemanha na 1° Guerra Mundial e do tio Curt Dalmann que defendeu o Brasil na 2° Guerra Mundial. "Não cheguei a servir o Exército. Mas, tinha uma grande ligação com meu avô e meu tio, e ficava escutando as histórias. Foi aí que surgiu a paixão."
O projeto de ter mais um veículo militar o procurador já possui um jipe começou há três anos, durante viagem ao Rio Grande do Sul. Bartachevits foi visitar um amigo colecionador de viaturas militares e se deparou com a ambulância, na época em estado precário e, por coincidência, à venda. O procurador não teve dúvida e arrematou o veículo por R$ 10,5 mil. "O estado do carro era de verdadeira miséria, mas a estrutura estava boa. Vi que a ambulância ficaria perfeita", diz.
O veículo ficou um ano parado em um estacionamento enquanto o procurador construía a oficina. Depois do local pronto, ao lado do especialista em funilaria e pintura automotiva Sandro Stremel, Bartachevits começou o trabalho de manutenção que levaria mais um ano e meio e investimento de R$ 15 mil.
"A pintura foi o mais difícil e o que deu mais trabalho. Ver o resultado é gratificante. Agora está pronta para mais 30 anos", afirma, orgulhoso. "Já ofereceram até uma Hilux 2006 em troca. A ambulância é para uso pessoal, não está a venda", garante.
Hoje, o proprietário realiza poucos passeios pelas ruas da cidade. Na maior parte do tempo, a ambulância fica guardada, inclusive por questão de segurança pública, já que não deixa de ser um veículo militar autêntico com acessórios, capota e emblemas idênticos aos originais. Até mesmo a sirene e as quatro macas médicas na parte traseira do veículo foram restauradas. "Tem que ter limite para usar, pois o povo não sabe distinguir e pode criar confusão", explica.
Os admiradores de carros antigos poderão conferir o trabalho em eventos do segmento, promete o proprietário. "Sempre que tiver oportunidade eu vou levar para exposição e eventos. É um veículo que precisa ser mostrado."
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