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Agora é oficial. Depois de 22 anos em fabricação, a Volkswagen anuncia que o Santana deixará de ser produzido no fim de maio. Vale lembrar que o Caderno de Automóveis já havia antecipado, no mês passado, a aposentadoria do sed㠖 um dos modelos preferidos dos taxistas.

A fabricação do Santana será encerrada devido à drástica queda nas vendas do modelo nos últimos anos. Em 2002, foram 19.567 carros. Em 2005, foram apenas 4.695 unidades. Desde junho de 1984, quando começou a sair da linha de montagem em São Paulo, já foram produzidos 548.494 veículos.

Com os estoques de Santana que serão formados até o fim de maio, a Volkswagen espera suprir a demanda pelo modelo até dezembro. Durante este período, para não perder clientes (em especial os donos de táxis), a montadora irá trabalhar a imagem do substituto natural do veterano carro, o Polo Sedan – que, apesar de ter menos espaço no banco traseiro – oferece um porta-malas mais generoso (432 litros contra os 413 litros do Santana) e tem versões 1.6 bicombustível e 1.6 Triflex (gasolina, álcool e gás natural). O Santana possui apenas versões 1.8 gasolina e 1.8 álcool.

A Volkswagen também aposta no preço do Polo Sedan para conquistar os atuais donos de Santana. Para os taxistas, por exemplo, com o abatimento concedido em tributos como ICMS e IPI na venda para esses profissionais, o primo mais novo custa R$ 28 mil (com direção e 1.6 bicombustível), R$ 33,7 mil (com direção, conjunto elétrico, ar-condicionado e 1.6 bicombustível) e R$ 37,4 mil (com os itens anteriores e 1.6 tricombustível). Já o Santana, hoje, custa R$ 31,6 mil (com direção e 1.8 a álcool), R$ 35,7 mil (com direção e 1.8 a gasolina) e R$ 37,1 mil (com direção, conjunto elétrico, ar-condicionado e 1.8 a álcool).

No caso do consumidor comum, o Polo Sedan 1.6 bicombustível custa a partir de R$ 45 mil e o Santana a partir de R$ 48 mil (1.8 a álcool) – ambos com direção, ar-condicionado e conjunto elétrico.

Com o fim da produção do Santana, taxistas garantem que vão sentir saudades do modelo quando ele começar desaparecer das ruas. "É um carro que oferece bastante espaço tanto para os passageiros como para a bagagem", salienta o taxista Aires Miretzki, 62 anos, proprietário de um modelo 1.8 a álcool (2002). Bianquine Fulquine, que há 32 anos trabalha com táxi em Curitiba e é proprietário de um Santana 2.0 a gasolina (1998), concorda com o colega que o conforto oferecido pelo carro é um dos grandes trunfos. Mas ele aponta outras qualidades: mecânica confiável e baixo custo de manutenção. "A despesa com revisões é baixa. Além disso, viajei mais de 2.800 km e o carro não apresentou nenhum problema", conta o taxista.

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