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Gol ganha certa robustez com adereços "mateiros" da versão Rallye, mas seu habitat segue sendo o asfalto | Fotos: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo
Gol ganha certa robustez com adereços "mateiros" da versão Rallye, mas seu habitat segue sendo o asfalto| Foto: Fotos: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo
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As rodas de liga leve aro 15 pintadas de cinza fo­­ram feitas especialmen­te para a versão Rallye

Histórico

A série nasceu em 2004, ainda na geração 3, e em dois anos chegou a 13 mil unidades. Em 2007, o Gol Rallye voltou para completar a gama da quarta geração, mas foi limitada a 3 mil modelos. Desta vez, a marca alemã diz que é o consumidor quem vai ditar a quantidade que será produzida e o tempo de mercado da nova versão.

Auxílio

O computador de bordo I-System traz alerta de velocidade e indicadores de au­­tonomia, consumo médio e instan­tâneo, distância percorrida, tempo de viagem e velocidade média.

Concorrência

O principal concorrente da versão aventureira light da VW é o Uno Way 1.4, que parte de R$ 32.480 e chega a R$ 36.321 na configuração semelhante ao do Gol, com desembaçador e ar quente, direção hidráulica, preparação para som e alto-falantes, vidros dianteiros elétricos, faróis de neblina, rodas de liga leve e adesivos na carroceria. A potência é de 88 cv.

  • Modelo segue
  • Volante multifuncional é opcional. Painel de instrumentos tem fundo preto e grafismo branco, com luzes avermelhadas
  • Câmbio automatizado no I-Motion

Quando a renovada versão Ral­­lye chegou às lojas na primeira se­­mana de outubro, o Gol enfrentava uma incômoda pressão do Novo Uno e do Mille na disputa pe­­lo topo no segmento de hatches. O Volks­wagem, líder absoluto e com boa folga há mais de 20 anos, emplacou em setembro apenas 1.458 unidades a mais do que a dupla da Fiat (25.338 contra 23.880). O Rallye viria como um trunfo da marca para manter o Gol na dianteira. Com apenas dois meses de mercado, parece que a versão "aventureira urbana" vem atendendo a ex­­pectativa da Volks. O volume de 1.150 unidades/mês projetado pela marca (5% do mix de vendas do Gol) está sendo cumprido, se­­gundo informou a assessoria de imprensa da corporação. Apesar de ser um porcentual pequeno, é o suficiente para neutralizar a ameaça da Fiat. A diferença subiu para 3.634 unidades em outubro e fe­­chou novembro com 5.415 emplacamentos pró VW.

A nova geração do Rallye realmente caiu no gosto daquele consumidor que busca um veículo mais completo e "quase exclusivo", como é o perfil das séries es­­peciais. A reportagem teve a oportunidade de avaliar a configuração com câmbio automatizado I-Mo­tion. O carro enviado pela mon­­tadora era completo, com todos os opcionais: ar-condicionado, air bags, freios com ABS, vo­­lante multifuncional (com borbletas de troca de marcha), sistema de som com entradas USB, pa­­ra iPod e para cartão SD, e interface Bluetooth. Tal pacote significa que os R$ 43.030 pedidos de fá­­brica pela versão, salta para R$ 50 mil com ela toda equipada. O ar-condicionado, por exemplo, agrega R$ 2.660 ao preço final.

De série, desde o acabamento com câmbio mecânico (a partir de R$ 40.370), o modelo traz vidros e travas elétricas, di­­reção hidráulica, sensor de estacionamento, re­­petidores de setas nos retrovisores, spoiler traseiro e luz de leitura para passageiros do banco de trás. O com­­putador de bordo I-System também vem de fábrica na transmissão automatizada.

Por fora, a receita é a mesma adotada pe­­la picape compacta Saveiro Cross, que por sua vez se inspirou no novo CrossFox: para-choques diferenciados (o frontal, todo em plástico preto, tem apliques que simulam alumínio), ade­­sivos exclusivos, spoilers pretos, faróis e lanternas com máscara negra e faróis de neblina que acumulam a função de luz de longo alcance. No interior, itens de personalização, como rede nas la­­terais dos bancos dianteiros, no­­me da versão bordado nos encostos, revestimento em tecido nas portas e console central pintado em preto.

Para deixar o carro um pouco mais off-road, o vão livre do solo foi aumentado para 15 cm. A diferença trouxe mais segurança ao transpor lombadas e ao trafegar por ter­­renos acidentados, pois livra o as­­soalho de raspadas indesejadas.

Porém, elevou o centro de gravidade, o que forçou a incorporação de novas molas e amortecedores para não deixar o carro tão instável nas curvas. Resultado: suspensão mais dura, que, aliada aos pneus com perfil mais baixo em relação a modelo convencional (205/55 aro 15 contra 170/55 aro 14), ficou mais sensível às irregularidades do piso. Quem busca extremo conforto no dirigir pode se ir­­ritar um pouco, no entanto as mu­­danças deixaram o hatch mais rí­­gido e confiável em rodovias sinuosas.

O desempenho do motor 1.6 litro – 101 cv (g) e 104 cv (a) e tor­­que de 15,4 e 15,6 kgfm, respectivamente – é o mesmo de sempre, bastante satisfatório, mesmo quando gerenciado pela caixa au­­tomatizada ASG. Responde prontamente nas ultrapassagens e re­­tomadas em rodovia, principalmente quando a função "S" é acio­­nada (modo esportivo de dirigir).

As mudanças de marchas são feitas com o giro lá em cima e, de­­pendendo da velocidade, pode oca­­sionar trancos que certamente vão incomodar os mais exigentes. Neste caso, a troca via aletas atrás do volante é uma alternativa para reduzir esse incômodo.

Na cidade, com álcool, o computador de bordo acusou um consumo médio de 6,5 km/l, enquanto que na rodovia foi de 9 km/l com o veículo carregado e transportando dois adultos e uma criança.

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