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Maurício Neves e seu  Peugeot 207 XRC. | Fernando JS/ PhotoAction
Maurício Neves e seu Peugeot 207 XRC.| Foto: Fernando JS/ PhotoAction

A fila quilométrica de carros estacionados às margens da rodovia que leva à Jazida Rio Bonito resumiu o que foi a Subida da Montanha, ocorrida neste domingo (29), em Campo Largo. Cerca de 5 mil pessoas prestigiaram à prova, registrando o maior público nas três edições já realizadas no local. Recorde também na pista, com o curitibano Maurício Neves cumprindo os 6 km do trecho sinuoso em 2m42s93 a bordo de seu Peugeot 207 XRC, de 510 cv - ele foi 3 segundos mais rápido que a sua própria marca obtida há dois anos.

O sucesso desta edição, aliado à participação mais numerosa de carros preparados para a competição e somente conduzidos por pilotos federados, motivou a organização do evento a batalhar um espaço no calendário anual do automobilismo paranaense. A previsão é repetir a dose no segundo semestre do próximo ano, provavelmente dezembro, e, até quem, fazê-lo duas vezes ao ano.

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“Eu ainda não consegui escrever no Facebook o que realmente eu gostaria para descrever a grande presença de pessoas nos morros e acostamentos e no alto nível dos veículos”, ressalta Marcelo Preiss, idealizador do evento.

Público aproveita o intervalo das baterias e procura os diferentes lugares nas margens e nos morros para acompanhar a prova.Renyere Trovão/Gazeta do Povo
Estacionamento às margens da estrada formou uma fila quilométrica.Renyere Trovão/Gazeta do Povo
Rodrigo Flausino/Divulgação

Ele lembra que na 1.ª edição, em 2010, era alguns poucos apaixonados por velocidade distribuídos pelas encostas da pista de concreto e apenas um profissional brigando contra o relógio. “Agora tivemos quatro pilotos de rali, outros dois de Turismo, além dos demais também serem habilitados com a carteira de piloto pela CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo)”, salienta o organizador ao definir o nível conquistado em três edições. A disputa contou com participantes da Bahia, São Paulo, São Paulo, Santa Catarina, além de todo o Paraná.

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Curitibano Maurício Neves faz o tempo de 2m42s93, 8 segundos mais rápido que o segundo colocado

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Preiss frisa que esta é única Subida da Montanha do país em formato de competição, a entregar troféus e ter cronometragem oficial. “A de Jaraguá (SP), por exemplo, é uma das mais famosas e antigas do Brasil, porém não é aberta ao público”, afirma. Neste ano, pela primeira vez a prova teve a supervisão da Federação Paranaense de Automobilismo, o que confere maior segurança e controle durante as disputas.

A ideia de tornar a prova anual terá uma contribuição de peso: a do campeão Maurício Neves, que pretende oferecer um know how de quem já participou de inúmeras modalidades pelo mundo, como Rally dos Sertões e Dakar.

“Na edição passada, já me chamou a atenção a enorme presença do público. Neste domingo, superou as expectativas, como também o nível dos adversários. Tínhamos pilotos profissionais e carros competitivos, como Mitsubishi Lancer EVO e Subaru. Temos de fazer duas edições por ano, especialmente depois que o Autódromo de Pinhais fechar e público ficar carente de provas de velocidade”, destaca.

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Faltou alimentação e caminhada até a prova foi longa

Apesar do sucesso na pista e nos morros, a organização reconhece que a estrutura oferecida às pessoas ficou a desejar, principalmente pela ‘invasão’ que se viu nesta edição. Muitas pessoas se precaveram e levaram lanches, barracas e churrasqueiras, munidos de muita água, refrigerante e cerveja. No entanto, várias famílias, boa parte presente ao evento pela primeira vez, estavam com crianças pequenas e até bebê de colo e sentiram a falta de locais para alimentação e um número maior de banheiros químicos.

Sem contar que à medida que os veículos eram deixados estacionados às margens da estrada, mais longa era a caminhada até o local da prova. “Acertamos a ida de alguns food trucks, mas, infelizmente, apenas um compareceu e ficou posicionado na largada (ou seja, 6 km morro abaixo desde o ponto de acesso à pista)”, justifica o organizador Marcelo Preiss.

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Acir Andre/Curitiba Racing

Ele diz que a Subida da Montanha ainda carece de um maior patrocínio que possibilite criar uma estrutura compatível à dimensão que se transformou o evento. “Precisamos de parceiros que banquem os custos e viabilizem uma estrutura adequada, como por exemplo, ônibus e vans que transportem as pessoas do estacionamento à área da prova”.

Outra queixa observada durante as disputas foi a longa espera entre a segunda e a terceira baterias. O que era para ser apenas meia hora durou mais de 1h30 e sob o sol escaldante do meio-dia. Preiss explica que foi obrigado a adiar a largada porque havia dois carros estacionados em lugares de risco. Eles se posicionaram durante o intervalo das passagens, quando o acesso é permitido para que moradores da região possam usar a estrada. “Havia o perigo de os veículos de corrida escaparem da pista e atingir aqueles carros. Acionamos duas plataformas para retirá-los do espaço, o que levou bastante tempo”.

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