• Carregando...
A representante de medicamentos Andréa Gouveia localizou com facilidade o extintor, mas não sabia se ele estava dentro do prazo de validade nem se seria capaz de usar o equipamento se fosse necessário. Cleversson Muzica, da CM Prestadora de Serviços, explicou a ela que, em caso de necessidade, é preciso romper o lacre do extintor e manter o cilindro em pé, apontando para a base da chama | Hugo Harada/Gazeta do Povo
A representante de medicamentos Andréa Gouveia localizou com facilidade o extintor, mas não sabia se ele estava dentro do prazo de validade nem se seria capaz de usar o equipamento se fosse necessário. Cleversson Muzica, da CM Prestadora de Serviços, explicou a ela que, em caso de necessidade, é preciso romper o lacre do extintor e manter o cilindro em pé, apontando para a base da chama| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo
  • Dalmir César Varela, agente de merchandising, não havia percebido que o extintor do seu veículo vence neste mês de setembro. Ele contou que, normalmente, troca por um novo no posto de combustível. Muzica lembrou que ele pode fazer a recarga e deu uma dica: esvazie o cilindro antes. Segundo ele, empresas mal intencionadas costumam apenas peneirar o pó e recolocar, o que pode trazer problemas
  • O aposentado Uderlei Luiz Alves Taborda tem um carro zero, que já veio com o novo extintor, uma exigência desde janeiro deste ano para os veículos que saem de fábrica. Taborda contou que não teria problemas para usar o equipamento porque já precisou dele uma vez, há muitos anos, quando começou um pequeno incêndio no catalisador do seu carro. Ele afirmou que conseguiu conter o fogo
  • Viviane Camargo, enfermeira, dirige há oito anos. Ela garantiu que fica atenta ao prazo de validade do extintor e que não teria dificuldade para usar o equipamento caso fosse necessário. Agora ela está usando um do modelo novo, com validade até o primeiro semestre de 2013, que não tem recarga. Segundo Muzica, o cilindro custa cerca de R$ 50. Uma recarga dos modelos antigos sai a partir de R$ 15

No ano passado, o Corpo de Bom­­beiros registrou 311 casos de incêndio em veículos em Curi­­­­tiba e na região metropolitana. Isso sem contar aquelas ocorrências que não são notificadas, esclarece o tenente Leo­­nardo Mendes dos Santos. Nu­­ma situação dessas, o motorista deve tentar apagar o fogo ainda no início, mas desde que isso não o coloque em risco. Por isso é importante manter o extintor de incêndio do carro sempre em ordem.

Santos diz que o motorista de­­ve, preventivamente, observar o local em que o extintor es­­tá localizado, a forma de retirar o cilindro do local e ler as instruções de uso. De acordo com ele, num caso de emergência não há tempo para fazer tudo isso. A ação deve ser rápida, completa o tenente, porque a partir de um certo estágio do fo­­go não é mais eficaz o uso do ex­­tintor do veículo.

Para saber como os motoristas lidam com esse equipamento, a reportagem do caderno Au­­tomóveis, Motos & Cia. foi para a rua conversar com alguns proprietários de veículos. As orientações técnicas foram dadas por Cleversson Muzica, pro­­prie­­­tário da CM Prestadora de Ser­­vi­­ços, empresa especializada em equipamentos e sistemas de pre­­ven­ção e combate a incêndio. Apesar da im­­portância do extintor, en­­contramos dois veículos sem o equipamento.

Tipos de incêndio

Muzica lembra que os carros fa­­bricados a partir deste ano já de­­vem sair de fábrica com o ex­­tin­tor de incêndio ABC, que tem validade de cinco anos e não é recarregável. A grande vantagem desse extintor é que ele apa­­ga as três classes de incêndio existentes, que se caracterizam pelo tipo de material em com­bus­­­tão: A (ocorre em materiais sólidos, como plásticos, borrachas, tecidos e madeiras), B (lí­­quidos inflamáveis, como gasolina, álcool, óleo e querosene) e C (tem início em equipamentos elétricos energizados).

Segundo Muzica, essa exigência de uso do extintor ABC veio porque 90% dos incêndios que começam no compartimento do motor (B e C) passam para o painel, carpete e estofamento (A), onde estão os ocupantes do veículo.

Ele explica que é fácil perceber se há fogo no motor. Fumaça branca e sem cheiro é vapor d'água e indica problemas no radiador. Já a fumaça escura e com cheiro forte é princípio de incêndio. Nessa situação, o mo­­torista deve parar o veículo em local seguro e retirar todos os ocupantes. Em seguida, retirar o extintor do suporte, romper o lacre e fazer uma pequena abertura no capô para abafar o fogo. O capô nunca deve ser aberto totalmente porque a entrada de ar alimenta o fogo e propaga as chamas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]