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O T-Cross é o lançamentos mais importante da Volkswagen nos últimos anos. Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo.
O T-Cross é o lançamentos mais importante da Volkswagen nos últimos anos. Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo.| Foto:

Quem acreditava que todo o utilitário esportivo precisa ter um motor 'grande', pode começar a rever o seu conceito. A tecnologia downsizing chegou para derrubar essa imagem.

Baixa cilindrada aliada ao turbo tem se mostrado uma boa combinação para quem busca força nas arrancadas e ultrapassagens, eliminando a frustração típica dos aspirados.

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A Volkswagen aposta tanto nisso que decidiu equipar o T-Cross somente com propulsores compactos e turbinados: o 1.0 e o 1.4 da família TSI.

O mais importante lançamento da marca alemã no Brasil nos últimos anos, segundo definição da própria montadora, chega às lojas em abril. No período de pré-venda, aberta em fevereiro, as 800 unidades disponíveis se esgotaram em uma semana.

Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo
Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo

A Gazeta do Povo já teve a oportunidade de testar a motorização 1.4 250 TSI, de 150 cv e 25,4 kgfm de torque, e você pode conferir a performance dele aqui.

Agora rodamos com a opção 1.0 200 TSI, com três cilindros e 128/ 116 cv (etanol/ gasolina), que também equipa a nova geração do Polo.

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No hatch ele caiu muito bem, porém para um SUV, mais pesado (1.250 kg x 1.050 kg), ele daria conta do recado?

Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo
Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo

Dobro do torque do 1.0 aspirado

Antes de colocar a impressão que tivemos do propulsor, vale ressaltar que as respostas mais firmes na aceleração estão relacionadas diretamente ao torque.

No caso do 1.0 TSI, são 20,5 kg entregues na plenitude a partir de 2.000 giros. Ou seja, o mínimo de pressão no acelerador já é capaz de uma reação quase imediata.

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E esqueça de comparar com o 1.0 aspirado que empurra os carros de entrada. O do Ford Ka, por exemplo, é um dos mais fortes entre os 'milzinhos' aspirados, com 10,7 kgfm, ou seja metade do torque do 1.0 turbo que equipa o T-Cross.

Com essas observações, praticamente já demos a resposta sobre o que achamos do comportamento dinâmico do SUV compacto.

Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo
Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo

Vigor na medida certa

Fizemos um test drive por rodovias e trechos urbanos entre Rio de Janeiro e Mangaratiba (a 100 km da capital), durante a apresentação da versão 1.0 à imprensa, realizada pela Volkswagen.

E pudemos constatar que ele empurra o T-Cross sem timidez. É claro que não espere acelerações vigorosas, daquelas de colar o corpo ao banco. Mas o propulsor não decepciona.

O 1.0 TSI mostra disposição em baixas rotações e quando a situação exige, como em subidas e ultrapassagens, faz um belo casamento com o câmbio automático de seis velocidades.

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A transmissão consegue explorar a potencialidade do turbo, efetuando as trocas de marchas no momento correto, conforme a exigência.

Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo
Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo

O ronco grave da turbina, misturado com o do motor com três cilindros, passa a sensação de que a entrega é ainda maior quando pisamos no pedal da direita.

No trânsito urbano, o motor mostra agilidade para as saídas de cruzamento e semáforos. Na rodovia, consegue subir rapidamente o ponteiro do velocímetro e manter a velocidade cruzeiro com fôlego de sobra.

Segundo dados da Volkswagen, o zero a 100 km/h é feito em 9,6 segundos no câmbio manual e 10,4 s, no automático.

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O desempenho do 1.0 turbo é superior ao dos principais concorrentes. Honda HR-V 1.8 (138 cv e 17,7 kgfm) cumpre o mesmo trecho em 10,7s no automático tipo CVT; o Renegade 1.8 (139 cv e 19,6 kgfm) faz em 11,1s no automático; e o Hyundai Creta 1.6 (130 cv e 16,5 kgfm) precisa de 12,0s no automático.

Saída de ar e duas entradas de USB para carregamento de celular na parte traseira. Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo
Saída de ar e duas entradas de USB para carregamento de celular na parte traseira. Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo

Consumo eficiente

A tecnologia downsizing também tem como proposta oferecer eficiência no consumo, sem abrir mão do desempenho.

O T-Cross 1.0 TSI faz 7,6/ 11,0 km/l na cidade e 9,5/ 13,5 km/l na estrada (etanol/ gasolina) com a opção automática.

No manual de seis marchas, são 8,5/ 12,2 km/l no ambiente urbano e 10,1/ 14,5 km/l no rodoviário.

Rodar sem solavancos

Assim como o Polo e o Virtus, que compartilham a mesma plataforma modular MQB, o T-Cross apresenta um ótimo acerto da suspensão.

Ela filtra bem as imperfeições do solo e mantém o veículo estável nas curvas em velocidade mais elevada.

Se precisar reduzir mais abruptamente, os freios discos nas quatro roda são bastante responsivos, bem como a direção elétrica, que dosa bem o peso e as respostas conforme a necessidade.

Mas nem tudo é elogio ao T-Cross. O acabamento peca para um carro que começa em R$ 85 mil.

Quase toda a forração é em plástico rígido e mesmo sendo de boa qualidade e com encaixes perfeitos, o ambiente do carro parece mais empobrecido quando comparado aos principais concorrentes.

O SUV da Volkswagen perde pontos também na capacidade do porta-malas. São 373 litros, o que o coloca entre as menores do segmento. Fica atrás da maioria dos rivais, como HR-V (437 l), Kicks (432 l) e Creta (431 l).

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Ao que parece, a Volks aposta na motorização 1.0 turbo para fazer volume de vendas com o T-Cross. Afinal os preços das três versões disponíveis nesta configuração ficam abaixo dos R$ 100 mil e trazem um pacote interessante de equipamentos e itens até ausentes nos modelos com que irá brigar.

O 1.4 250 TSI Highline é mais completo e oferece mais tecnologia, porém o seu preço alcança R$ 110 mil e pode bater quase em R$ 130 mil com todos os opcionais.

É tabela de SUV médio em corpo de compacto, apesar dele oferecer um ótimo espaço interno, com entre-eixos de 2,65 m, que só perde em distância para Renault Duster e Captur.

Confira os itens de série e opcionais de cada versão:

T-Cross 1.0 200 TSI manual

R$ 84.990

  • Direção elétrica com ajuste de altura e profundidade; controle de estabilidade (ESC); câmbio manual de seis marchas; seis airbags; rodas de liga aro 16; freios a disco nas quatro rodas; limpeza automática dos discos de freios; bloqueio eletrônico do diferencial; assistente para partida em rampas (Hill Hold); sensor de ré; sistema Isofix para cadeirinhas infantis; faróis de neblina com função 'cornering light' (iluminam no sentido da conversão); luzes diurnas em led; lanternas em led; banco dianteiro do passageiro com encosto rebatível; suporte para smartphone com entrada USB para carregamento; travas, vidros e retrovisores elétricos (com função tilt down); sistema de som Media Plus com conexão bluetooth e entrada USB; e volante multifuncional.

Opcionais

  • Pacote Interactive I (R$ 1.720): som Composition Touch com App-Connect; dois alto-falantes adicionais, além dos quatro de série; câmera de ré para auxílio em manobras; e sensores dianteiros de estacionamento.

T-Cross 1.0 200 TSI AT

R$ 94.490

  • + câmbio automático Tiptronic de seis marchas; grade dianteira em preto brilhante; controle automático de velocidade; apoio de braço central com porta-objetos; volante multifuncional revestido de couro com 'shift paddles' (trocas de marchas por aletas atrás do volante); duas entradas USB para o banco traseiro; saída traseira de ar-condicionado; sistema de som Composition Touch, com tela colorida sensível ao toque de 6,5 polegadas e App-Connect.

Opcionais

  • Pacote Interactive II (R$ 1.590): câmera de ré; sensores dianteiros de estacionamento; e retrovisores externos com rebatimento elétrico.

T-Cross 1.0 200 TSI Comfortline AT

R$ 99.990

  • + detalhes cromados na grade dianteira; colunas centrais em preto brilhante; para-choque traseiro com apliques cromados na região inferior; ar-condicionado digital; banco do motorista com ajuste lombar; câmera de ré; indicador de pressão dos pneus; manopla do câmbio revestida de couro; porta-luvas refrigerado; revestimento interno na cor azul-escura; e insertos decorativos no painel; sistema "Save" de variação do espaço do porta-malas; rodas de liga aro 17; sensores dianteiros de estacionamento; e sistema de frenagem automática pós-colisão.

Opcionais

  • Pacote Design View (R$ 1.950): bancos em couro com detalhes na cor marrom; aplicações decorativas no painel com detalhes na cor bronze.
  • Pacote Exclusive & Interactive (R$ 3.950): sistema Discover Media com navegador, tela de 8 polegadas e comando por voz; entrada USB no console central; iluminação ambiente em led; seletor do modo de condução; sistema 'Kessy' de abertura das portas sem chave e partida do motor por botão; retrovisores externos com rebatimento elétrico; e tapetes adicionais de carpete.
  • Pacote Sky View II (R$ 4.800): teto solar panorâmico; retrovisor interno eletrocrômico; e sensores de chuva e crepuscular.
  • Pacote Premium (R$ 6.050): assistente automático de estacionamento (Park Assist 3.0); faróis full led com luz de condução diurna em led; e sistema de som Beats com subwoofer.

T-Cross 1.4 250 TSI Highline AT

R$ 109.990

  • + rack de teto; moldura cromada para os faróis de neblina e para a grade dianteira; frisos laterais na região inferior dos vidros; bancos revestidos de couro; iluminação ambiente em led; manopla da alavanca de freio de estacionamento revestida de couro; cobertura dos pedais de alumínio; retrovisor interno eletrocrômico; retrovisores externos com rebatimento automático; detector de fadiga; sistema 'Kessy', sistema start&stop; e sensores de chuva e crepuscular.

Opcionais

Os mesmos do 1.0 200 TSI Comfortline, e também:

Pacote Innovation (R$ 4.000)

  • quadro de instrumentos digital; central multimídia com tela de 8 polegadas, GPS e comandos por voz ; USB no console; e seletor de modos de condução.

São oito as opções de cores: branco, preto, prata, cinza, vermelho, azul e os novos tons laranja e bronze – haverá também opção de teto na cor preta.

*O jornalista viajou a convite da Volkswagen

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INDENIZAÇÃO PARA FIAT TIPO INCENDIADO Se você não teve um Fiat Tipo, pelo menos deve ter ouvido a história de que o modelo pegava fogo espontaneamente. Vários casos foram relatados e vídeos com o hatch em chamas invadiram a internet. A maioria dos episódios ocorreu em meados da década de 1990, quando o carro chegou importado ao Brasil na versão 1.6. Em 1996 foi movida uma ação civil pública contra a montadora pelos proprietários das unidades incendiadas. E, 23 anos depois, a Justiça decide em caráter definitivo que as vítimas deverão ser indenizadas. A Fiat já se pronunciou afirmando que irá cumprir as determinações judiciais. O valor da indenização pode chegar a R$ 500 mil, considerando o preço original do Tipo 1.6 zero km à época (cerca de R$ 18 mil) e somadas a correção da inflação e a incidência de 1% de juro ao mês. O montante pode até aumentar com uma eventual reparação por danos morais, além do ressarcimento por prejuízo a terceiros devido ao incêndio. A combustão ocorria por que uma das mangueiras de alta pressão que conduzia o fluido hidráulico da direção estourava e derramava o fluido (altamente inflamável) sobre o coletor de escape do motor, causando incêndios repentinos. Confira mais detalhes do caso clicando no endereço do Auto da Gazeta do Povo que está na bio ⬆⬆. #fiattipo #justica #hatch #fogo #incendio #indenizacao #carros #automoveis #gazetadopovo

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