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(Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados)
(Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados)| Foto:

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entendeu que a pesquisa eleitoral Datafolha questionada pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), pré-candidato ao Planalto, não o prejudicava. Em janeiro, Bolsonaro tentou barrar a divulgação da pesquisa sob argumento de que as perguntas feitas aos eleitores eram “tendenciosas”, o difamavam e favoreciam o ex-presidente Lula (PT).

O pedido foi negado pelo ministro Sergio Banhos, mas a defesa de Bolsonaro recorreu da decisão. Nessa quinta-feira (17), os ministros validaram a pesquisa em decisão unânime.

Bolsonaro contestava a pergunta 19 do questionário: “Você tomou conhecimento sobre denúncias envolvendo o aumento do patrimônio da família do deputado Jair Bolsonaro desde o início da sua carreira política?”. Para a defesa, a pergunta insinuava que o deputado se enriquecera de forma imoral e ilícita, aumentando a rejeição do eleitor a seu nome.

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Em seu voto, Banhos argumentou que a palavra “denúncias” é amplamente usada pela sociedade e havia sido empregada na pergunta de forma coloquial e genérica, e não em sentido jurídico. O ministro defendeu ainda que apenas uma das questões mencionava Bolsonaro e que o uso da palavra “denúncias”, no plural, não seria capaz de prejudicar o pré-candidato.

O ministro Napoleão Nunes Maia Filho seguiu o entendimento da maioria, mas ressalvou que há perguntas “venenosas”, que são formuladas com a inserção de outras informações. “A palavra denúncia, na minha opinião, nunca é neutra. Está claro que na palavra [denúncias] há a expressão ilícito. Eu sinto um venenozinho em muitas perguntas feitas em pesquisas. A pergunta que se faz em uma pesquisa pode, subliminarmente, ministrar uma informação desfavorável [a alguém]”, afirmou.

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