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O que esperar do “novo” MDB no Congresso?
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O MDB segue como o maior partido do Brasil em número de filiados e terá a mais numerosa bancada do Senado, com 11 parlamentares. Mas elegeu 32 deputados federais a menos do que em 2014 e viu alguns dos seus principais figurões, como os senadores Romero Jucá (RR), Roberto Requião (PR) e Eunício Oliveira (CE), serem derrotados nas eleições de outubro.

O blog A Protagonista conversou com novos integrantes da bancada federal do MDB para compreender o que esperar do partido. O ex-deputado federal Márcio Bittar voltará ao Congresso, agora na condição de senador – recebeu 185.066 votos no Acre e desbancou uma figura relevante na política nacional, o senador Jorge Viana (PT).

Ele disse “não fazer ideia” de como será postura da bancada do MDB. Fala de si próprio: aderiu às propostas de Jair Bolsonaro (PSL), a dobradinha “liberal na economia, conservador nos costumes”. O senador eleito disse também que pretende defender bandeiras como a reforma trabalhista, implantada durante o governo do correligionário Michel Temer, que lamentou ver criticada por outro expoente do seu partido: “o Renan Calheiros tem aderido a propostas de esquerda”.

Bittar cita ainda a “Ponte para o futuro”, documento criado pelo MDB à época das negociações para o impeachment de Dilma Rousseff que acabou norteando a política econômica de Temer. “Aquilo acenava claramente uma guinada do MDB mais à direita”, destacou.

Adesismo?
A dificuldade de coesão dentro do MDB é uma das principais marcas históricas do partido. A outra é seu adesismo – invariavelmente os emedebistas costumam estar ao lado dos governos de ocasião, independentemente do partido ou da linha ideológica de quem estiver no poder.

Bittar defende que tal postura não deve ser repetida a partir do ano que vem. A opinião é endossada por outro emedebista que tomará posse em Brasília em 2019, o futuro deputado federal Carlos Chiodini, que atualmente é deputado estadual em Santa Catarina.

Chiodini entende o momento atual como “ideal para uma renovação” dentro do partido. “Temos uma militância forte, boa quantidade de prefeitos, base, e ativos para continuar exercendo um papel protagonista no cenário político. Agora é hora de novas lideranças tomarem o espaço, e manter viva a história do MDB”, disse.

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