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MDB promete “independência”, mas quer continuar no comando do Senado
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O presidente do MDB, senador Romero Jucá (RR), afirmou nesta quarta-feira (7) que o partido vai adotar uma postura de independência em relação ao governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Segundo Jucá, o partido não discutirá cargos e nem ministérios com o futuro presidente da República. O emedebista disse também que a legenda vai buscar continuar na presidência do Senado, que atualmente é ocupada por Eunício Oliveira (CE).

As declarações foram dadas durante entrevista coletiva que Jucá concedeu após o lançamento do “Caminho para o Futuro”, um documento elaborado pelo partido que destaca realizações da gestão de Michel Temer e elenca prioridades para o setor econômico no futuro governo. O texto enaltece a queda da inflação e das taxas de juros e diz que Temer não avançou mais por “desorganização do sistema político” e “certas intervenções do sistema judicial”.

Em relação ao Senado, Jucá disse que o partido “tem vários nomes em condição de fazer essa disputa”, e que considera “importante que o MDB mantenha a presidência do Senado”. O partido comanda a Casa desde 2007, com mandatos de Garibaldi Alves (RN), José Sarney (AP), Renan Calheiros (AL) e, atualmente, Eunício Oliveira.

O senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito, disse na terça-feira (6) que não descarta falar com o MDB para discutir a presidência do Congresso – e nem com Calheiros, que foi um dos principais cabos eleitorais de Fernando Haddad (PT) na região Nordeste.

Novos rumos
Tanto Jucá quanto Oliveira não conseguiram se reeleger no mês passado. O presidente do MDB lembrou que a sigla se consolidou, desde a redemocratização, como “o partido da governabilidade”. Mas segundo Jucá, as eleições mostraram que “esse modelo acabou”.

“O MDB pode ajudar, o MDB pode se posicionar, mas não é indo atrás de ministério, de cargo que nós vamos ter consolidado uma imagem de partido que vai ajudar o povo brasileiro. Eu acho que isso foi banido nessa eleição. Eu não defendo o partilhamento de cargos com o MDB no atual governo que vai assumir”, afirmou.

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