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O presidente eleito Jair Bolsonaro chega ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
O presidente eleito Jair Bolsonaro chega ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).| Foto:

Os encontros que o presidente eleito Jair Bolsonaro fará com as bancadas de MDB, PRB, PR e PSDB nesta semana acontecerão em um momento-chave para a articulação entre o futuro governo e o Congresso Nacional. O dia a dia atual de deputados federais e senadores está sendo ocupado pelas negociações na disputa pela presidência de Câmara e Senado e também pela formação de blocos – inclusive um que excluiria as duas maiores legendas da Câmara, PT e PSL.

As reuniões foram convocadas pelo futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. MDB e PRB estarão com Bolsonaro na terça-feira (4), e no dia seguinte será a vez de PR e PSDB. Juntas, as legendas somarão 126 deputados federais e 23 senadores na legislatura que se inicia em fevereiro.

Formalmente, a pauta dos encontros é a apresentação, por parte da equipe de Bolsonaro, das prioridades para 2019. Mas será impossível evitar que a conversa resvale nos outros temas.

“A gente não vai abordar esse assunto de início [Presidência da Câmara] porque foi pedida uma reunião com a bancada para o governo fazer uma explanação sobre o que ele pretende em relação ao nosso país. Lógico que nós temos o João Campos como candidato, e que isso deve ser tocado no assunto lá, em algum momento da reunião”, disse o deputado Jhonatan de Jesus (RR), que liderará a bancada do PRB no ano que vem. Seu partido apresentou João Campos (GO), que vai para o quinto mandato em 2019, como candidato a presidente da Câmara. O parlamentar é evangélico, apoiou Bolsonaro nas eleições e é tido como alguém com trânsito entre os diferentes grupos de parlamentares.

Do lado do PSDB, a expectativa oficial do encontro com Bolsonaro é também de observação. Líder do partido na Câmara, Nilson Leitão (MT) rejeita a ideia de que os tucanos possam embarcar, em definitivo, no governo Bolsonaro. “Não é essa a intenção. Não esperamos participação nenhuma, não é essa a ideia. A ideia é ter essa reunião apenas de cordialidade com o futuro presidente do Brasil”, apontou.

Já o MDB, que participou de todos os governos desde a redemocratização do país e fincou os pés na gestão de Bolsonaro com a indicação de Osmar Terra para o Ministério da Cidadania, tem procurado também passar a mensagem de que a reunião é apenas um “cafezinho” com o futuro presidente. O perfil oficial do partido no Twitter escreveu nesta segunda-feira (3), após o encontro ter se tornado público, que é “natural parlamentares do MDB conversarem com o novo governo” e que “no curto prazo não faremos oposição e nem seremos base”.

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