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O ministro que aprendeu retórica com Dilma
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Num primeiro momento, confesso ter julgado se tratar de um meme. Confesso que ri. Parecia que tinham pedido à Dilma para fazer a sinopse completa de Arquivo X em um parágrafo. Infelizmente, trata-se de um documento oficial do Ministério da Educação – justo o da Educação. Bom, poderia ser que um estagiário tivesse sido chamado a redigir o documento às pressas, no meio da noite, depois de umas cervejas para aplacar o calor de Brasília. Não era.

O Ministro da Educação em pessoa postou a imagem do comunicado na conta de twitter que utiliza para comunicados especiais. Não demorou muito, o Presidente da República retuitou. Mas, para Jair Bolsonaro, devemos dar um desconto. Está sob efeito de remédios e em recuperação de uma cirurgia extensa e delicadíssima, pode ser que não tenha lido nos mínimos detalhes, apenas mandado adiante na conta que usa para informações oficiais algo que viu ter sido escrito por seu ministro.

Sinceramente, nem Dilma Rousseff em seus dias mais divertidos começou numa resposta sobre vídeo que foi retirado do YouTube e, dois parágrafos depois, estava falando sobre KGB e Partido Comunista Soviético – sem falar no assassinato da Língua Portuguesa.

Em 3 parágrafos e 2 tweets, o governo Jair Bolsonaro joga um balde de água fria nos que esperavam “Escola sem Partido”, o projeto em si ou qualquer coisa que o valha, como o fim da doutrinação ideológica dos alunos. Agora, a regra está claríssima: a prioridade é ideológica, ter competência é detalhe. Não entro aqui no mérito do currículo do Ministro da Educação, mas na evidente falta de estatura para o cargo. É uma resposta imatura, de moleque, de quem julga não dever satisfações e ter o condão de fazer ataques pessoais escorado em seu cargo no governo.

A argumentação não é típica de documento oficial, mas de formuladores de Teorias da Conspiração: pega um fato e tenta forçar a relação dele com outro, trabalhando na penumbra da emoção e das meias-verdades.

Com toda sinceridade, uma nota do Ministério da Educação sobre vídeos oficiais descambar para KGB e Partido Comunista Soviético, se não é delírio ou possessão, é má-fé. Faz tanto sentido quanto aquela absurda teoria dos petistas de que Sergio Moro é um agente infiltrado da CIA com a intenção de entregar a Petrobras aos EUA. É a mesma técnica narrativa usada pelo ministro da educação, a de pegar um fato – Moro estudou nos EUA a convite do State Department – e encontrar uma relação entre ele e uma teoria conspiratória com palavras fortes.

Ressalva seja feita: as teorias conspiratórias sobre Moro jamais foram tão mal escritas nem apareceram em documentos oficiais. O Ministério da Educação, que vai cuidar do futuro das nossas crianças e do nosso Brasil, agora é um órgão que mal sabe utilizar a versão oficial da Língua Portuguesa. Fora a pontuação maluca, o texto está gritando por consistência, coerência e coesão. Sendo texto oficial, também por objetividade.

Em seu twitter, o ministro Ricardo Vélez-Rodríguez pediu: “Deixem-nos trabalhar”. No dia seguinte, não compareceu à divulgação do Censo da Educação 2018, foi à posse do presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. A não ser que pretenda botar a Educação na UTI, não entendi bem o que o ministro chama de trabalho.

O fato é que a promessa de campanha de preenchimento de cargos de acordo com critérios técnicos foi cumprida à brasileira, sempre com o famoso jeitinho. Temos de reconhecer que Jair Bolsonaro não fez o famoso leilão partidário, fechando alianças por meio da concessão de cargos e ministérios. Mas também não é verdade que os cargos foram preenchidos de acordo com critérios técnicos. A medida que a incompetência e inadequação do staff é esfregada na cara da sociedade, sabemos que técnica não foi o fiel da balança: o que importa é o viés ideológico.

Vou me ater ao Ministério da Educação porque, além de ser o exemplo mais recente, creio que colocá-lo nos trilhos é a maior urgência para que o Brasil tenha um futuro melhor. Para ocupar essa cadeira pouco importa a experiência de sucesso em cargos semelhantes, pouco importa saber escrever um texto conciso, nada importa entender o cargo que ocupa, as próprias funções e os princípios da administração pública. O critério é puramente ideológico: vai livrar o país do comunismo e tem uma formação mais ou menos justificável? Ministro, pronto!

Assim como a horda de gritadores profissionais de redes sociais, os atuais governantes têm desprezo pelo conhecimento e pela experiência. E um ministro escolhido por seus méritos ideológicos tende a indicar pessoas igualmente inadequadas e despreparadas para cargos importantes. Quantas vezes já vimos esse filme antes? Continua com o mesmo final, de fazer chorar.

O ENEM estava mal, muito mal. Era uma coisa ideológica atrás da outra em vez de educação. Botaram questão com Pajubá, a língua travesti, com avó lésbica e outras centenas que não importam porque a maioria não entende essas coisas de matéria de escola mesmo. Daí o presidente da República, praticamente um Machado de Assis, decide que vai ver todas as provas antes de publicadas. A diretora do Inep, que organiza o ENEM, diz que não vai ver nada. Pronto, doutrinadora: caiu do cargo.

E quem foi indicado para a posição por Ricardo Vélez-Rodrigues? Um senhor que fez um discurso exclusivamente sobre ideologia política em que usou cidadÕEs como plural de cidadão e inventou a palavra mais auto-explicativa do universo: pseudoS-intelectuais.

Não é “Escola sem Partido”, não é o fim da priorização da ideologia sobre o conhecimento, é só a mudança da ideologia utilizada e uma desvalorização ainda maior do conhecimento.

Mas esse senhor, apesar de ser da Bancada dos Assassinos da Língua Portuguesa, ainda diz ter formação na área. Que dizer de quem se escolheu para decidir sobre a alfabetização das crianças brasileiras? É uma moça de 27 anos, sem nenhuma experiência em funções públicas, que jamais pisou numa sala de aula como professora, não tem nenhuma formação na área de educação, infância ou desenvolvimento. Trata-se de uma advogada escolhida por qual mérito? Defender o ensino domiciliar e ser indicada por seu superior, o dono de uma escola para 150 crianças em Londrina e de um canal de YouTube que ensina a educar filhos em casa.

Só quem não deu aulas ou não tem filhos pensa que o home-schooling tem potencial para uma adesão em massa. Qualquer um que já presenciou os sorrisos nos rostos dos pais no primeiro dia de volta às aulas ou realmente teve de pagar boleto com o suor do próprio rosto sabe que trata-se de algo realmente viável para muito poucas famílias. Mas também já é outra discussão. Meu ponto aqui é: por que cargas d’água não se coloca esse pessoal para fazer o que domina e, em vez disso, se dá uma ajeitadinha sacrificando todo o processo de alfabetização no país? É o elogio do amadorismo.

Quem já viu o canal do Secretário de Alfabetização sabe que ele defende o método de alfabetização fônico, que prioriza a decodificação dos sons das letras. É, por isso, forte adversário do método Paulo Freire, que tem atenção primeira no significado das palavras e foi aplicado, no exterior, para alfabetização rápida de jovens e adultos. Há educadores favoráveis e contrários aos dois métodos. A questão é que o dono da Escola Balão Mágico jamais comprovou na prática suas teorias num universo de crianças vindas de diferentes realidades sociais, culturas e áreas do país. Agora, as crianças brasileiras serão cobaias para que o governo possa abrigar quem foi favorecido por questão ideológico.

O mais estarrecedor é que “meritocracia” e critérios técnicos para preencher funções públicas foram vendidos como prioridades pela campanha de Jair Bolsonaro à presidência da República.

Se o criador da palavra meritocracia fosse vivo, provavelmente documentaria a formação do governo, que transforma seu livro satírico “The Rise of Meritocracy” em livro profético. Michael Young escreveu há 60 anos uma obra de ficção, ironia e sarcasmo em que uma sociedade passava a ser governada de acordo com os méritos de seus integrantes, daí inventou o termo “Meritocracia”. Só que, na prática, nada foi feito levando em conta méritos reais, é exatamente como vemos no atual governo.

No livro, para escolher quem tem mais mérito, o critério é – grosso modo – saber o que se ensina somente nas escolas de quem já está no topo da pirâmide social. Não se trata de coisas mais profundas, mais úteis à sociedade ou mais inovadoras, apenas de algumas informações aleatórias específicas dadas apenas a quem já faz parte da elite britânica. Na hora de avaliar o “mérito”, as provas são todas só sobre essas informações, desprezando qualquer avaliação real de mérito, desempenho ou potencial individual. No final, a população é convencida de que mérito é algo diferente de esforço e conquista individual, trata-se de ter qualidades específicas de um grupo que, no final das contas, não têm nenhuma serventia a não ser identificar quem deve ser artificialmente reconhecido.

Como se pode enganar uma sociedade dessa forma? Não deveria ser possível, por isso o livro é uma ficção satírica. No entanto, há uma onda mundial de justificar desigualdades sociais estruturais com mérito individual, exatamente como está descrito na obra de Michael Young. A natureza humana, no final das contas, agarra-se às crenças necessárias para conseguir tocar a vida sem tombar. O que seria de uma pessoa se não sonhasse vencer todas as dificuldades que a sociedade lhe impõe e chegar ao mesmo nível social de pessoas que já nasceram beneficiadas e são imunes a regras e punições?

É por isso que, quanto mais desigual a sociedade, mais as pessoas acreditam em “meritocracia”, não no sentido original dado por Michael Young, mas no sentido em que a maioria usa hoje, de se reconhecer as pessoas pelo mérito ou de que o mérito individual vence todas as dificuldades estruturais. Quem vive em sociedades mais igualitárias tende a se preocupar mais com o que causa desigualdade estrutural – é exatamente por isso que essas sociedades são igualitárias, por construção.

A conclusão não é minha, é de um trabalho feito em conjunto pela Universidade de Harvard e a London School of Economics & Political Science, assinado por Jonathan J.B.Mijs. O estudo mostra que os grupos privilegiados, toda vez em que começam a ter seus privilégios ameaçados, precisam se justificar de alguma forma. Trata-se de uma reunião de estudos feitos em mais de 30 países durante décadas. Ultimamente, a saída tem sido espalhar o conceito de “meritocracia”, apoiado em casos isolados de pessoas que venceram todas as barreiras que lhes foram impostas e, sendo a mais absoluta exceção, chegam ao nível em que os grupos privilegiados estão sem ter de fazer nenhum esforço, ou seja, sem nenhum mérito próprio.

É interessante notar que não se trata de engano ou maldade. “Pessoas em posições privilegiadas desenvolvem crenças que legitimam a distância entre elas e quem está abaixo”, diz o estudo. Existe um componente moral forte aí, mais forte dependendo da cultura de cada sociedade. Muitas pessoas realmente acreditam que não deve haver desigualdade e privilégios mas, quando são detentoras dos privilégios, não conseguem admitir nem intimamente que são beneficiadas por uma estrutura social viciada: é absolutamente contrário às crenças morais dessas pessoas. Elas passam legitimamente a acreditar que mereceram a posição, não que estão ali sem ter de fazer esforço.

O estudo também mostra o oposto: pessoas pobres e esmagadas por barreiras sociais quase intransponíveis tendem a minimizar a própria pobreza e utilizar como válvula de escape os casos relatados como “sonho americano”, aqueles em que alguém vence na vida apesar de tudo e de todos. Os fatos – ou seja, o número de pessoas que realmente consegue derrubar essas barreiras contrastado com o número de pessoas que não têm nenhum mérito para estar onde estão, mas recebem privilégios pelo círculo social em que foram criadas – acabam não tendo nenhuma importância, principalmente nas sociedades mais desiguais em que o andar de baixo e o de cima praticamente não convivem fora de relações de trabalho.

“Em suma, minha hipótese é que o consentimento dos cidadãos para a desigualdade pode ser explicado pela sua crença de que desigualdades refletem conquistas legítimas e trabalho duro em vez da ação de forças estruturais (injustas) além do seu controle”, sintetiza Jonathan J.B. Mijs

Recomendo que os realmente interessados nesse tema da meritocracia leiam o estudo completo. Ele mostra inúmeras pesquisas feitas em vários países e tenta fazer relações de causa e consequência. Realmente faz a gente conseguir pensar fora das nossas circunstâncias individuais, com base em números e tendências de diversas sociedades diferentes em torno das mesmas crenças na legitimidade da conquista. A base dos dados é o International Social Survey Programme (ISSP), iniciado em 1980, com entrevistas regulares sobre questões sociais envolvendo adultos de diversos países. Há um gráfico que sintetiza numa imagem todas as palavras:

Não há dúvidas. Repare nos eixos do gráfico: a crença em “meritocracia” é diametralmente oposta à igualdade no país. Quanto mais desigual, maior é a porcentagem da população que crê no conceito de meritocracia não como foi criado, significando a justificativa do privilégio, mas como foi adaptado, a da recompensa pelo esforço. É importante deixar claro que não se pode negar que há muitas pessoas com méritos, que se esforçam diariamente e que já nasceram com privilégios. Não se questiona o mérito dessas pessoas, mas a falta de oportunidades para pessoas com o mesmo mérito que não nasceram no mesmo círculo social ou de poder.
Nos países mais igualitários, as pessoas realmente experimentam colher frutos exclusivamente pelo mérito. Como há uma proximidade maior com a igualdade de oportunidades, os que se destacam vêm de pontos de partida muito próximos. Nos países desiguais, as pessoas acreditam que o mérito é vencer a corrida, não percebem que a largada de alguns está a 100 metros da chegada e a de outros a um quilômetro. Haverá os recordistas genuínos dos 100 metros, os incríveis que vencerão o quilômetro no mesmo tempo em que muita gente correu 100 metros e a massa: os que ganham só porque a trajetória é curta, os que são mais rápidos que o pessoal dos 100 metros mas não na proporção necessária, os que são iguais a quem venceu os 100 metros, mas não chegarão e os que são realmente incapazes de vencer qualquer distância.
E o que isso tem com o governo e a montagem do Ministério da Educação? Assim como mostra o estudo, vende-se a crença no “mérito” mas a avaliação é feita por outros parâmetros, no caso o ideológico e só.
É evidente que todos os governos querem pessoas alinhadas à sua ideologia. Se há uma proposta de governo que foi sufragada pela maioria da população, nada mais natural que colocar à frente dela pessoas que acreditem no jeito de governar que a população escolheu. A questão é que a ordem dos fatores altera o produto. É possível buscar os melhores especialistas e depois verificar, entre eles, qual tem mais disposição de levar adiante a proposta do governo e as medidas que prometeu à população. Aqui a ordem é inversa: procura-se apenas a ideologia, sem buscar nem em que a pessoa se fundamenta para defendê-la, daí encontra-se quem tem um mínimo de qualificação apenas para não ficar ridícula demais a indicação.
É a aplicação do conceito satírico de meritocracia: se prega a seleção pelo mérito mas os critérios não são de quem mais se esforça, melhor entrega ou cujo perfil é o melhor para o país, tudo isso é substituído por posicionamento ideológico. No caso, em vez de reservar as melhores posições para aqueles que fazem parte de um grupo já privilegiado, elas são reservadas para aqueles que fazem parte de um grupo que tem a mesma ideologia.
Se, no caso dos privilégios a grupos de elite, é a minoria que permanece em posições de destaque sem ter a menor condição para ocupá-la, na formação do governo de agora, o destino de 200 milhões de brasileiros é sacrificado numa guerra santa pela extinção do comunismo e do socialismo. Admira muito a falta de quadros qualificados e com equilíbrio emocional nesse grupo. O talento para ser inadequado e dar vexame é absolutamente impressionante.
Não bastasse a dedicação exclusiva a questões ideológicas, existe o abandono do trabalho do dia-a-dia de ministro ou se ignora completamente qual é esse papel. Ricardo Vélez-Rodrigues simplesmente faltou à apresentação do Censo da Educação 2018. Estava na posse da presidência da EBSERH, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Talvez pretenda colocar a Educação na UTI. Não sabemos.
A liturgia do cargo não é o forte do ministro, aliás tenho dúvidas se ele já entendeu a dimensão do cargo que ocupa ou apenas está deslumbrado com a possibilidade de tirar do armário, de ofício, todos os comunistas do Brasil. Em discussão recente com o teólogo Leonardo Boff  – (!!!) sim, ele bate boca no twitter com o Boff… -, o ministro recebeu uma resposta xenofóbica, uma espécie de “volta para a Colômbia”, que chocou até seguidores do religioso.
Mas o ministro não se abalou com isso, preferiu responder mais uma vez com aquela resenha de Arquivo X em Dilmês misturando comunismo e Teologia da Libertação. Estranhei o uso do argumento ruim em vez do objetivo, mas ninguém esconde as tintas do próprio espírito nas reações rápidas. Só entendi realmente no dia seguinte: nem gostar de brasileiro o ministro gosta. Pela frase que disse à revista Veja, pretende tratar nossas crianças como se todas estivessem no Carandiru.
“O brasileiro viajando é um canibal. Rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião; ele acha que pode sair de casa e carregar tudo. Esse é o tipo de coisa que tem de ser revertido na escola.”, disse o ministro da Educação à revista Veja.
A afirmação, obviamente, fala mais sobre o ministro do que sobre “o brasileiro”, que ele generaliza como um cleptomaníaco. Me dá até um pouco de medo imaginar quem são os amigos brasileiros com quem viaja o ministro. Todos nós já ouvimos falar de gente que rouba coisa de hotel, poucos presenciamos. Mas conhecer gente que rouba assento salva-vidas já passa um pouco dos meus critérios para escolher companhia.
Sinceramente, se eu fosse a oposição, entraria no CADE contra a equipe de Jair Bolsonaro por monopólio. Nunca antes na história desse país alguém fez um presidente da República cair no ridículo tantas vezes por dia. Cada enxadada, uma minhoca.
O resumo da ópera é: ainda que escreva pior que um nota 3 do ENEM, que desmoralize o Ministério da Educação com notas oficiais delirantes, que falte a seus compromissos de trabalho, que exponha abertamente seu desprezo pelos 200 milhões de brasileiros – inclusive os eleitores do presidente Bolsonaro – o ministro tem “mérito” para cuidar da educação das nossas crianças. No caso, a palavra “mérito” significa uma ideologia de caça ao comunismo até em barraquinha de cachorro-quente.
Aparentemente, o presidente, diante de fatos desfavoráveis envolvendo sua entourage, reage apenas com vitimização e posts lacradores com erros de português no twitter. Oremos pelo Brasil. Quem sabe, Deus leve a gente mais a sério.
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