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André Pugliesi
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Conmebol proíbe bandeirões na Libertadores. Ufa, violência vai acabar!

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André Pugliesi
09/01/2019 20:35 - Atualizado: 29/09/2023 23:38
Photo by Alejandro PAGNI / AFP
Photo by Alejandro PAGNI / AFP

O que seria a maior decisão de todos os tempos acabou numa patifaria sem precedentes. Numa comédia/tragédia de erros, a finalíssima Boca Juniors e River Plate só existiu pela metade. Um jogo na Bombonera, em Buenos Aires, e a volta em Madri, no Santiago Bernabeu, estádio que tem lenço umedecido no banheiro.

E nunca mais teremos um duelo de tamanha rivalidade por taça tão significativa, com jogos nas canchas dos clubes. Sim, afinal, a Conmebol instituiu para as próximas finais de Libertadores e Sul-Americana o mesmo sistema da Liga dos Campeões: um jogo, campo neutro.

Desastre esportivo no superclássico, como sempre, plenamente evitável. Resultado da falta de organização geral e do desleixo absoluto das forças de segurança. Guiaram o ônibus dos bosteros para passar em frente da torcida millonaria, transformando a nave num pato gigante de banca de tiro ao alvo. Um texto do Mauro Cezar, nesta Gazeta, detalha os bastidores de toda a confusão que consumiu o duelo argentino.

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É óbvio que há inúmeros e antiquíssimos problemas relacionados, especialmente, aos torcedores organizados. Não se trata de eximir de culpa as barras e aliviar para uma cultura torpe de agressão. Agora, para se resolver o problema, com eficácia, é preciso conhecê-lo, estudá-lo.

Claro que as novas medidas da Conmebol para jogos internacionais não passam de bobagens, sem atacar problema algum, apenas para pasteurizar o ambiente do esporte e vendê-lo para consumidores bundas de veludo (culos aterciopelados, na tradução para o espanhol) ávidos por entretenimento.

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O texto da entidade aumenta de 18 para 21 os itens proibidos nas partidas de La Copa e na Sula. Bandeiras são permitidas só com 1m de largura e 1,5m de comprimento, ou seja, pequenas. Fumaça não pode mais e torcedores terão que ficar sentados e com lugares marcados, entre outras coisas.

Sim, é bem mais fácil fazer alterações meramente cosméticas — como o plano de “torcida humana”, do Athletico e do Ministério Público do Paraná — do que enfrentar um complexo cenário de violência e problemas sociais, fatores que, naturalmente, repercutem no futebol.

E, não bastasse, vale sempre lembrar de quem se trata a Conmebol. É aquela organização, responsável por dirigir o precário futebol da América do Sul, que tem os seus três últimos presidentes presos por corrupção: Nicolás Leoz, Eugenio Figueiredo e Juan Angel Napout.

São eles quem decidem como devemos torcer.

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