Se você pudesse mudar o placar de um só jogo na história, qual seria?
O alemão DW Sports lançou uma pergunta no Twitter capaz de arremessar qualquer apaixonado por futebol num universo paralelo, um labirinto de possibilidades e indecisões. Se você pudesse mudar o placar de um só jogo na história, qual alteraria?
Imagine you can change the result of one game in sports history.
Which one do you pick?
— DW Sports (@dw_sports) 17 de janeiro de 2019
Parece óbvia a questão. Afinal, o futebol é um poço de ressentimentos, mágoas, decepções e outros sentimentos escuros. Todos os torcedores, de qualquer time, dos mais vencedores aos mais losers, carregam a cicatriz de uma derrota.
Está posto um desafio e tanto. A começar, pela chance de escolher apenas uma partida. São aqueles noventa minutos, ou 120 com pênaltis, e nada mais. Você ganha uma chance de ser o Marty McFly da bola, mas a passagem é só de ida. E o que virá pelo caminho só dá para imaginar.
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Você, torcedor do Athletico, Coritiba e Paraná, qual placar mudaria? Claro, pode ser aquele duelo que, com outro resultado, provavelmente desviaria o destino para sempre. Mas serve também aquele revés que é só teu, que foi preciso esconder o choro na arquibancada.
De primeira, lembro de alguns jogos relacionados aos nossos três representantes…
E se o Atlético tivesse batido o Flamengo no Brasileiro de 83? Ficaria com a mão na taça do Nacional. E se o Furacão tivesse segurado o triunfo diante do Grêmio em 2004? O bicampeonato seria questão de tempo. Como estaria o Rubro-Negro hoje em dia?
Agora, pergunto: e se o Coritiba tivesse atropelado o Vasco na Copa do Brasil de 2011? Era mais um título de porte na galeria do Couto. E se o Coxa tivesse viajado para Juiz de Fora e vencido o Santos em 1989? A história poderia ter sido diferente graças ao timaço de Tostão.
Fantasiar outra caminhada para o Paraná é também uma tentação. E se o Tricolor derrotasse o Grêmio na final da Copa Sul de 99? Era um caneco interestadual com só 10 anos de clube. E se os paranistas superassem o Libertad na Libertadores de 2007? Jogaria com o Boca Juniors e…
Ninguém sabe. E ninguém jamais saberá. A vida é assim, não dá para ganhar todas — o duro é não ganhar quase nada. Mas a pergunta da DW é boa demais. Daria um livro, uma série, um filme. E, ao menos, é uma oportunidade de expiar, mesmo somente na fantasia, tristezas eternas.
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