Seguindo com nossas entrevistas durante essa semana com os responsáveis pela TribalTech, hoje a vez é de Mohamad Hajar Neto, mais conhecido como Moha, para nos ceder a palavra. Ele vem de longa estrada na cena eletrônica curitibana, praticamente desde a origem do site Psicodelia.org. Batemos um papo rápido sobre a expectativa para este sábado, dia que teremos a TribalTech Enlighten na cidade de Curitiba.
Moha, além de ser um dos curadores do festival ao lado do Jeje e Dudu (demais responsáveis pelo evento), também está por trás do marketing e divulgação da TribalTech, fazendo parte juntamente com uma equipe de mais 4 pessoas.
No lado artístico, Moha compõe o duo Kultra ao lado do irmão e parceiro Tharik Hajar, que irá se apresentar na pista Timetech do festival. O duo toca techno e se apresenta regularmente no Club Vibe.
Vamos ao papo:
01 – A divulgação de cada TribalTech começa quando a anterior termina. É muito complicado planejar algo com um ano de antecedência?
Sem dúvidas, especialmente quando a TribalTech não é o único evento que nós fazemos.
02 – Em que momento vocês fecham o line up?
As ideias começam a surgir durante o evento anterior, analisando a recepção do público. Depois dele começamos a desenhar os palcos e horários e só então começamos a parte mais difícil que é ir atrás pra negociar e contratar. Muitos podem achar que é só escolher como se estivesse montando uma playlist, mas a verdade é que existem inúmeros fatores que influenciam as escolhas, desde a cotação do dólar e do euro até a indisponibilidade de alguns artistas para vir para o nosso país. Pode-se dizer que a primeira atração é fechada pouco tempo após a edição anterior, enquanto a última é contratada dias antes de lançá-lo ao público.
03 – Esse ano teremos uma mistura de black music, techno, house e prog. O termo “multicultural” sempre foi característica da TribalTech, mas a veia sempre foi underground. Vale a pena investir em eventos fora do mainstream?
Depende dos parâmetros que você usa para determinar se vale a pena ou não. Se você pensa apenas no faturamento, certamente investir no mainstream vai trazer melhores resultados, mas se sua prioridade é diferente, pode valer muito a pena sim. É claro que ninguém vive uma utopia, no underground gira bastante dinheiro, mas os números não são estratosféricos. Investir nessa cena compensa pela satisfação de ver a arte mudar a vida das pessoas e, por consequência, mudar aos poucos nossa sociedade.
04 – O convite da pré-festa Timetech foi uma boa forma de divulgação para o festival. De onde veio essa ideia?
A ideia de ter um convite diferente, tecnológico, veio da necessidade de causar impacto, alinhado ao tema espacial da edição de 2018. Já a ideia do holograma 3D veio de um dos nossos produtores que viu uma versão totem dele, com mais de 1m de altura, em uma apresentação publicitária há algum tempo. Pesquisamos na internet como funcionava e descobrimos que era extremamente simples, fizemos um protótipo reduzido utilizando capas de CD e a mágica aconteceu!
05 – A TribalTech se fixa como um dos maiores festivais de música eletrônica de Curitiba. Pode nos adiantar alguma coisa sobre as próximas edições ?
Com certeza esse é o nosso objetivo, inclusive em uma entrevista passada já disse que gostaríamos que ela se tornasse um evento “cartão-postal” de Curitiba. A capital paranaense sempre teve vocação para absorver novas culturas antes do resto do país e com a música eletrônica não foi diferente, a TribalTech completa 15 anos em 2019 e não tenho dúvidas de que teve papel fundamental no desenvolvimento da cena curitibana, que é hoje uma das principais do país. Para nós essa energia está longe de se esgotar, podem esperar edições cada vez mais ousadas e mais preocupadas com o desenvolvimento cultural e social do nosso público.
A TribalTech Enlighten acontece no próximo Sábado dia 22 de Setembro no Usina 5.
Ingressos: http://www.aloingressos.com.
Mais infos: tribaltech.com.br
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