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A solução para a Primeira Liga: tirem os cariocas e os traidores

Por
Rodrigo Fernandes
28/10/2016 14:58 - Atualizado: 27/09/2023 20:04

O impasse sobre o rateio das cotas de televisão da Primeira Liga expõe a dificuldade dos clubes de tratarem de forma igual os desiguais. Flamengo, Fluminense (e um mineiro não identificado, supostamente convencido pelos cariocas) se sentem melhores do que os rivais gaúchos, catarinenses e paranaenses. Usam como argumento sua força na audiência. Querem mais grana do que os demais simplesmente por existirem, por servirem de chamariz para a peleja.

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É impossível conciliar o interesse técnico com financeiro neste caso. Os cariocas não vão abrir mão da força que inegavelmente possuem em termos de exposição – Cruzeiro e Atlético-MG, mais cedo ou mais tarde, tendem a fazer o mesmo.

A única saída é óbvia para a liga prosperar sem se submeter aos “poderosos”: tirem os cariocas e, se necessário, qualquer outro traidor à ideia original. Quem não aceita as regras de equilíbrio financeiro, núcleo da formação da competição, deve ser colocado para escanteio.

Vamos aos fatos.

Aceita por 15 dos 16 participantes na semana passada (exceto pelo Atlético), a proposta da Rede Globo – cerca de R$ 70 milhões pelas próximas três edições – seria dividida da seguinte forma: 45% (entre todos os clubes) 32,5% (audiência) e 22,5% (premiação). Não se questiona a oferta da emissora, mas como será feito o rateio.

O assunto nem deveria entrar na pauta, mas a dupla Fla-Flu e um gigante de BH sugeriram que fosse esquecida a distribuição acordada inicialmente, quando da criação da liga, espelhada no modelo inglês: 50% do montante reservado para divisão entre todos os membros, e o restante repartido igualmente em dois, entre prêmios pela campanha em campo e audiência (50/25/25).

Os cariocas fizeram um complozinho com um dos mineiros para mudar o que tinha sido decidido quando da formação da liga. Roeram a corda”, revela o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto, que teve participação decisiva na CBF para o torneio sair do papel no início deste ano.

Três “grandes”, sedentos por dinheiro, engoliram os pequenos, que aparentemente cederam à pressão. Uma distorção criada pelo desequilíbrio de marcas (grifes, peso da camisa, chame do que quiser) e que, em um círculo vicioso, aumenta a disparidade entre os concorrentes.

A tevê tem interesse na Primeira Liga com as cifras atuais por causa dos “campeões de audiência”, sem dúvida. Sem eles, por esse raciocínio, o torneio valeria menos. Há dois caminhos: pagar quanto cada um vale para a mídia, mantendo o abismo financeiro recebido pelos participantes, ou afastar quem cria o impasse e lutar por um modelo que beneficie mais o campeonato (o coletivo) do que os clubes (o individual). É hora de mostrar coragem.

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