Desafio do Atlético é se livrar do ‘legado’ Petraglia/Diniz e abraçar a Sula
O Atlético-PR chegou de forma brilhante às oitavas da Sul-Americana. Arrebentou com o Peñarol, adversário tradicionalíssimo, e pega o Caracas, o 15º colocado do campeonato da Venezuela (que ainda está no início). Ou seja, o El Paranaense, a versão sudaca do Furacão, tem tudo para ir adiante.
Entretanto, há um problema seríssimo: o Rubro-Negro está afundado na zona de rebaixamento do Brasileirão. Com apenas 14 pontos, a quatro do primeiro time fora da faixa do desespero, a Chapecoense, com 18. Menos mal, tem um jogo a menos.
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Assim sendo, será preciso conciliar as duas frentes, nacional e internacional. E aí, claro, as dificuldades aumentam. Equilibrar a participação dos atletas, o desgaste com viagens, tudo isso num calendário apertado e de partidas complicadas.
Até então, os dois times brasileiros que foram campeões da Sul-Americana, Internacional (2008) e São Paulo (2012), enfrentaram cenários diferentes. Ambos navegaram em águas tranquilas no Brasileirão na temporada respectiva. O Tricolor fechou o Nacional em 4º e o Colorado em 6º.
A Chapecoense também venceu a Sul-Americana, em 2016, quando acabou declarada a campeã, sem a disputa da final com o Atlético Nacional por causa da tragédia na Colômbia. E, naquele ano, fez Brasileirão razoavelmente tranquilo.
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O desafio atleticano é contra o “legado” deixado por Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do clube, e o ex-técnico do Furacão, Fernando Diniz. Com os dois, o Atlético perdeu tempo e jogos. E, agora, se vê diante de um dilema ou de uma tarefa e tanto.
Mesmo diante da série de insucessos de Diniz — foram 12 jogos no Brasileiro, com duas vitórias, três empates e sete derrotas — e, pior, um futebol que chegou a virar piada, Petraglia insistiu com Diniz e disse que time poderia até cair pra Segundona. E só demitiu o treinador, segundo o próprio cartola, por “pressão”.
Foram, ao menos, 12 dias jogados fora pelo clube. Tempo do último jogo do Brasileiro com Diniz no comando, derrota por 2 a 0 para o Botafogo, dia 12 de junho, antes da parada para a Copa do Mundo, até a demissão do treinador, em 25 de junho.
Quase duas semanas em que o clube poderia ter procurado outro comandante ou já passar o bastão para Thiago Nunes. Novato que, até então, vem fazendo trabalho elogiável. Mais do que os resultados, que melhoraram sensivelmente, o Atlético mostra um futebol consistente.
De certo que, dentro do possível, o Furacão tem que abraçar a Sul-Americana. Claro, é uma disputa que não tem o prestígio da Libertadores. Mas, para o porte dos clubes paranaenses, e mesmo o histórico dos times brasileiros no cenário internacional, é uma conquista que vale e muito.
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